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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
O Facebook e a difusão das temáticas: Igualdade de gênero e empoderamento feminino na visão de atletas de corfebol
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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O FACEBOOK E A DIFUSÃO DAS TEMÁTICAS: IGUALDADE DE
GÊNERO E EMPODERAMENTO FEMININO NA VISÃO DE ATLETAS
DE CORFEBOL
FACEBOOK Y LA DIFUSIÓN DE TEMAS: IGUALDAD DE GÉNERO Y
EMPODERAMIENTO FEMENINO EN LA VISIÓN DE LAS ATLETAS
CORFEBOL
FACEBOOK AND THE DIFFUSION OF THEMES: GENDER EQUALITY
AND FEMALE EMPOWERMENT IN THE VISION OF KORFBALL
ATHLETES
Renata Laudares SILVA
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
e-mail: renatalaudares@gmail.com
Giselle Helena TAVARES
Universidade Federal de Uberlândia
e-mail: gi_htavares@yahoo.com.br
Afonso Antônio MACHADO
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
e-mail: afonsoa@gmail.com
Como referenciar este artigo
MACHADO, A. A.; SILVA, R. L.; TAVARES, G. H. O Facebook e a difusão das temáticas:
Igualdade de gênero e empoderamento feminino na visão de atletas de corfebol.
Revista
Hipótese
, Bauru, v. 8, n. único, e022006, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2446-7154. DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
Submetido em
: 10/05/2021
Revisões requeridas em
: 15/06/2021
Aprovado em
: 10/10/2021
Publicado em
: 01/01/2022
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES e Afonso Antônio MACHADO
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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RESUMO
: Analisou-se o papel do Facebook na difusão das temáticas relacionadas à igualdade
de gênero e o empoderamento feminino, na visão de atletas de corfebol do Brasil. Estudo
qualitativo que se fez uso de um questionário aplicado à 12 atletas de corfebol do Brasil. Os
dados foram analisados descritivamente por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Os
resultados evidenciaram que o(a)s atletas possuem conhecimento acerca das questões de gênero
e empoderamento feminino no corfebol, enfatizaram ser o Facebook uma importante
ferramenta na divulgação da modalidade e das temáticas, da igualdade de gênero e do
empoderamento feminino da mulher no corfebol.
PALAVRAS-CHAVE
: Esporte. Corfebol. Empoderamento feminino. Igualdade de gênero.
Facebook.
RESUMEN
: Se analizó el papel de Facebook en la difusión de temas relacionados con la
igualdad de género y el empoderamiento de las mujeres, en opinión de los deportistas de
corfball en Brasil. Estudio cualitativo que utilizó un cuestionario aplicado a 12 atletas de
Korfball de Brasil. Los datos se analizaron de forma descriptiva mediante la técnica de análisis
de contenido. Los resultados mostraron que las deportistas tienen conocimiento sobre temas
de género y empoderamiento femenino en Korfball, enfatizaron que Facebook es una
herramienta importante en la difusión del deporte y los temas, igualdad de género y
empoderamiento femenino de las mujeres en Korfball.
PALABRAS CLAVE
: Deporte. Korfball. Empoderamiento femenino. Igualdad de género.
Facebook.
ABSTRACT
: The role of Facebook in the dissemination of themes related to gender equality
and female empowerment was analyzed, in the view of Korfball athletes in Brazil. Qualitative
study that used a questionnaire applied to 12 Korfball athletes from Brazil. Data were
descriptively analyzed using the Content Analysis Technique. The results showed that the
athletes have knowledge about gender issues and female empowerment in Korfball, they
emphasized that Facebook is an important tool in the dissemination of the sport and the themes,
gender equality and female empowerment of women in Korfball.
KEYWORDS
: Sport. Korfball. Female empowerment. Gender equality. Facebook.
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
O Facebook e a difusão das temáticas: Igualdade de gênero e empoderamento feminino na visão de atletas de corfebol
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Introdução
Por mídias sociais entende-se um conjunto de aplicativos da Internet, cujos conceitos se
encontram embasados na WEB 2.0, a qual possibilita a criação e o intercâmbio de conteúdos
variados, muitos dos quais, concebidos pelo próprio usuário (KAPLAN; HAENLEIN, 2010).
Dentre os vários tipos de mídias sociais, como os
blogs/microblogs
(
Twitter
), os sites utilizados
para compartilhar conteúdo multimídia (
Youtube, Instagram
) e as redes sociais, a exemplo, o
Facebook
, são o objeto de análise desse estudo.
Conforme Iosifidis e Nicoli (2019), o
Facebook
promoveu uma revolução no processo
comunicacional e impactou profundamente a vida das pessoas. Este foi lançado em 2004 e os
números relacionados às contas abertas na plataforma, como os acessos dos usuários
diariamente, ultrapassam a casa dos bilhões de indivíduos conectados à rede. Segundo Kemp
(2020), dentre as plataformas sociais de interação e comunicação mais usadas no mundo, o
Facebook
continua a ser o site de rede social mais popular da web, com cerca de 2,5 bilhões de
usuários ativos mensais.
Esta plataforma vem sendo utilizada com bastante frequência na área acadêmica. No
campo da Educação (PESSOA; PANIAGO, 2018; LINHARES; CHAGAS, 2015), na
Sociologia (MESCH, 2017; ABBAS; MESCH, 2016), na Educação Física e nos Esportes
(LINKER
et al.
, 2018; FERNANDEZ-RIO, BERNABE-MARTÍN, 2018; PEDROSO
et al.
,
2017) sua aplicabilidade têm sido ratificada nos mais diferentes âmbitos, como espaço de coleta
de dados (COSTA, 2018; BUZZI
et al.
, 2016) e de divulgação científica (BARBOSA; SOUZA,
2017).
Autores como Garcia
et al.
(2018), em estudo pioneiro sobre as questões de gênero no
âmbito das redes sociais, exploraram a divisão de gênero no
Facebook
, em diferentes países, as
interfaces com alguns setores sociais, como a economia, a educação e a saúde. Fizeram uso da
ferramenta
Facebook Gender Divide
(FGD), uma métrica composta de dados de mais de 1,4
bilhões de usuários, dispersos em 217 países e tiveram acesso a interessantes dados dos aspectos
relativos à desigualdade de gênero, de forma global. Os autores evidenciaram que o FGD
compila os indicadores de igualdade de gênero nos diferentes cenários da sociedade, como na
educação e na saúde e os aspectos relativos às oportunidades econômicas, a exemplo da questão
do emprego.
Vários movimentos sociais tem se utilizado das redes sociais no fomento de suas causas
e têm somado ganhos importantes, como visibilidade e reconhecimento. Algumas campanhas
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podem ser evidenciadas: na militância contra o assédio sexual
#MexeuComUmamexeuComTodas (ROMEIRO; SILVA, 2018), no cenário de segregação
racial #BlackLivesMatter (INCE, ROJAS, DAVIS, 2017), no esporte, contra a desigualdade de
gênero #LikeAGirl, #GirlsCan (RODRIGUES, 2016; DELUCHI, 2016) são alguns exemplos.
Neste sentido, Loiseau e Nowacka (2015) apostam nas redes sociais como uma poderosa
fonte de se evidenciar as questões de gênero, dos direitos das mulheres e, com isso, alavancar
os compromissos com a igualdade de oportunidades. As autoras enxergam nas tecnologias, nas
mídias sociais e nas redes sociais, uma importante ferramenta para mobilizar o público diante
das diferenças de gênero, em todos os setores da sociedade, inclusive no esporte. Oliveira
(2019) e Perez e Ricoldi (2019) corroboram as autoras e evidenciam que se trata de um
feminismo da
hashtag
, o qual visa promover um ativismo acerca das temáticas relacionadas às
questões de gênero. E que estas são características da quarta onda do feminismo, a qual tem
como ambiente de discussão o espaço digital.
Segundo Cooky e Antunovic (2020) esse formato novo de promover conhecimento, via
ativismo digital, acerca das narrativas de gênero no âmbito do esporte, tende a promover um
rompimento da hegemonia masculina que vem norteando os conteúdos evidenciados pelos
diferentes canais esportivos. Para as autoras, ao dar voz as atletas e suas histórias, tem-se o
fortalecimento de diferentes coletivos.
Diante do exposto, pode-se perceber que as ferramentas disponibilizadas pelo
Facebook
tendem a mostrar que as construções de contextos são possíveis, os quais permitem fazer
comentários, compartilhamentos, ou, apenas, curtir o conteúdo, tornando-se um interessante
ponto de referência para a coleta de informações acerca da temática de gênero no âmbito
esportivo. No entanto, pouco se conhece sobre a potencialidade da rede social
Facebook
no que
tange a promover discussões efetivas no campo de gênero, das questões relativas à igualdade
de oportunidades e do empoderamento feminino da mulher no esporte.
Ao focar a questão igualitária no contexto esportivo, o corfebol preconiza a participação
de ambos os gêneros, pois traduz uma realidade diferenciada de outras modalidades esportivas,
haja vista que os times são formados por homens e mulheres, a marcação dos atletas se dá por
gênero, enfraquecendo as prerrogativas tradicionais do esporte e promovendo um equilíbrio nas
performances, como força, altura, velocidade (GUBBY; WELLARD, 2016). De acordo com os
autores, estas são características únicas do corfebol e podem romper com o pensamento binário
de masculinidade e de feminilidade hegemônica no campo das práticas corporais, tornando-as
mais inclusivas e possivelmente alcançáveis, no que tange a igualdade de oportunidades entre
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os gêneros no esporte.
Diante dessas questões, tornou-se interessante analisar o papel do
Facebook
na difusão
das temáticas relacionadas à igualdade de gênero e o empoderamento feminino, na visão de
atletas de corfebol do Brasil.
Metodologia
Esta pesquisa é de natureza qualitativa e foi desenvolvida por meio de pesquisa
exploratória. Fez-se uso de um questionário autoaplicado para a coleta dos dados
(RICHARDSON, 2017) via plataforma
on-line
,
Google Forms
, a qual gerou um
link
que foi
enviado para o(a)s atletas pelo
WhatsApp
. As tecnologias de informação tornaram-se aliadas,
devido a popularização destas e as quais podem ser acessadas de diferentes locais, além de
serem atrativas e de promoverem o acesso rápido às respostas, quase em tempo real (ARAÚJO
et al.,
2019).
A técnica de amostragem utilizada neste estudo se caracterizou como não-probabilística
e por conveniência. A amostra foi composta de 12 participantes, jogadores de corfebol da
seleção brasileira, sendo seis atletas do gênero masculino e seis atletas do gênero feminino, que
se dispuserem a participar do estudo, o qual foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP)
sob o parecer de número: 2.318.775. Todos os participantes, ainda, assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O material coletado foi analisado descritivamente e os dados foram analisados por meio
da utilização da Técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2017). Para tanto, as
respostas provenientes do questionário foram agrupadas em duas categorias temáticas
elaborados à priori. A categoria 1, corfebol, igualdade de gênero e empoderamento feminino, a
qual foi subdividida em três eixos temáticos: 1.1) Compreensão do(a)s atletas sobre igualdade
de gênero;1.2) Compreensão dos atletas sobre empoderamento feminino; e 1.3) Difusão do
corfebol. Quanto a categoria 2, Interfaces entre o corfebol e o
Facebook
, esta foi subdividida
em dois eixos temáticos: 2.1) O papel do
Facebook
na difusão/disseminação do conhecimento
sobre o corfebol; e 2.2) O
Facebook
como espaço de compartilhamento de conteúdo sobre
gênero e empoderamento no corfebol.
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Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES e Afonso Antônio MACHADO
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Resultados e Discussão
A análise dos depoimentos teve como base as respostas provenientes do questionário
aplicado aos atletas da seleção brasileira de corfebol de ambas as federações, as quais se
localizam nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Constatou-se que, quanto a faixa etária,
esta variou entre 17 à 32 anos. Concernente ao estado civil, todo(a)s o(a)s atletas são
solteiro(a)s. Quanto à escolaridade, cinco atletas possuem Ensino Superior Incompleto, cinco
atletas possuem Ensino Superior Completo e dois atletas possuem Ensino Médio Completo.
Estes atletas não se dedicam exclusivamente à modalidade. Exercem outras profissões
para se manter financeiramente. Concernente à frequência da prática do corfebol, oito atletas
praticam duas vezes por semana, um atleta afirmou praticar uma vez por semana, enquanto um
atleta afirmou praticar três vezes por semana e outro disse praticar semanalmente. Finalmente,
um atleta afirmou praticar mensalmente.
Quanto a renda salarial, 41,66% do(a)s atletas afirmaram não possuir renda; 41,66% da
amostra relataram que ganham de um a dois salários mínimos e 16,66% da amostra
evidenciaram que recebem de três a quatro salários mínimos mensais. Os dados relativos à
profissão exercida, constatou-se que 41,66% da amostra são professores de Educação Física;
41,66% de estudantes; 8,33% de estudantes do Ensino Superior e 8,33% da amostra são
autônomos. Quanto ao tempo de prática, este variou entre 2 e 9 anos.
Como alegado anteriormente, as respostas foram agrupadas em duas categorias
temáticas elaborados à priori, de acordo com os temas, conforme já explicitado nos
procedimentos para a análise dos dados. Torna-se premente enfatizar que algumas questões
tiveram mais de uma resposta, alterando, dessa forma, o valor percentual; e que as informações
apresentadas são referentes aos dados que obtiveram maior incidência de respostas.
Com relação à
categoria 1)
Corfebol, igualdade de gênero e empoderamento feminino,
discutiu-se os eixos temáticos - compreensão dos atletas de corfebol sobre igualdade de gênero,
empoderamento feminino e a difusão do corfebol. Igualdade de gênero na visão dos atletas está
relacionada às questões dos direitos e condições igualitárias para ambos, assim como a não
existência de diferenças quanto às oportunidades entre homens e mulheres. Subentende-se aqui
a compreensão, mesmo que de maneira não tão aprofundada, que o(a)s atletas possuem um
entendimento sobre a igualdade de gênero, no entanto, percebe-se, ainda, a necessidade de
conceber maiores informações sobre a equidade de gênero. Segundo Alves (2016), equidade é
um conceito mais amplo, remete à justiça e à construção de políticas especificas que garantam
esse equilíbrio.
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Para os atletas, o corfebol ajuda na promoção da igualdade de gênero no contexto
esportivo. Segundo 50% dos atletas, no corfebol, os jogadores (as) atuam em igualdade de
condições e as diferenças entre os gêneros não prevalecem e sim, o respeito, a cooperação e a
inclusão, devido às suas regras. Pode-se corroborar esse fato, nas falas dos (as) atletas:
[...] por ser o único esporte de quadra que seja misto por regra e obrigatório,
pode sim promover a igualdade por conta disso (Atleta 12).
[...] pois é oficialmente misto então homens precisam das mulheres jogando
assim como o contrário, o que faz com que haja um respeito de ambos os
lados (Atleta 9).
[...] o corfebol visa a cooperação e a inclusão entre jogadores, todos
dependem de todos para ganhar, não dependendo do jogador que sobressai,
assim se tem um jogador que é mais fraco, o time precisa fortalece-lo [...]. E
como jogam homens e mulheres tendo as mesmas funções dentro do jogo, é
necessário a interação dos dois de uma forma positiva para sair vitorioso
(Atleta 10).
Outros 41,66% dos (as) atletas afirmaram que o corfebol se mostra como um espaço
no qual as mulheres podem mostrar suas capacidades sem serem discriminadas. Essa questão
pode ser evidenciada na fala de uma entrevistada:
[...] o corfebol proporciona a possibilidade de as mulheres mostrarem seu
potencial sem segregação, diferente do que acontece na maioria dos esportes
(Atleta 8).
Raj (2020) atesta as informações dos (as) atletas, evidenciando uma perspectiva positiva
sobre a igualdade de oportunidades entre os gêneros no esporte, em um futuro próximo. O autor
cita a Agenda 2020, referente a igualdade de gênero no esporte, proposta pelo Comitê Olímpico
Internacional (COI). No entanto, algumas barreiras ainda precisam ser superadas. O autor listou
seis obstáculos que ainda contribuem para essa disparidade. A desigualdade em termos de
salários e premiações, as diferenças biológicas, o retorno financeiro diferenciado, no que tange
a receita gerada, a cobertura midiática, os papeis sociais designados aos homens e às mulheres
e a gravidez. Romper essas barreiras se fazem necessárias, por meio de elaboração de políticas
públicas para acabar com o preconceito de gênero, bem como para prover acesso à educação e
suporte financeiro aos projetos que versam sobre a inclusão da mulher no esporte.
Empoderamento feminino na visão dos(as) atletas está relacionado à participação ativa
da mulher na sociedade, fazendo valer sua voz, seus valores, seus direitos. Esse entendimento
vai ao encontro do que Brauner (2015) e Stromquist (1995) enfatizaram acerca do
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empoderamento. Para os autores, ao empoderar um indivíduo, lhe dando voz ativa e
visibilidade, contribui-se para a sua emancipação e fortalecimento. Esses elementos
influenciam suas ações.
Quando questionados(as) sobre a relação corfebol e empoderamento feminino, 50% dos
atletas ressaltaram que a modalidade enfatiza à igualdade entre os gêneros e, a mulher,
empodera-se e assume seu espaço por direito dentro das quadras, quer seja como atleta, técnica
ou árbitra. Essa questão pode ser evidenciada em uma fala de um(a) entrevistado(a):
[...] muitas vezes as mulheres perdem espaço para os homens no esporte em
geral, mas no corfebol as mulheres tem um papel importante em conjunto com
os homens o que faz com que as mulheres se valorizem mais, assim como, os
homens também (Atleta 9).
Outros 41,66% do(a)s atletas afirmaram que se trata de um esporte no qual a presença
da mulher é essencial desde a sua origem, tem seu espaço garantido. Devido a isso, a mulher já
está empoderada. Esse fato pode ser atestado na fala de um(a) entrevistado(a):
[...] é nítido nas escolas os meninos jogarem e participarem das aulas de
educação física, enquanto as meninas ficam sentadas. Em um esporte que é
necessário a participação dos dois, ambos precisam se esforçar para que a
menina seja boa, assim ocorre o incentivo da participação feminina no
esporte e até mesmo seu empoderamento porque uma porta se abre para sua
participação (Atleta 10).
A fala do(a) atleta 10 pode ser corroborada no estudo de Khan e Khan (2020), no qual
os autores fomentaram a existência de programas que promovem o empoderamento feminino
por meio das práticas esportivas e atividades físicas. Os autores enfatizaram que algumas
estratégias advindas de programas como o “
Woman Win
” (primeira organização internacional
que visa empoderar meninas e mulheres por meio do esporte) geram efeitos positivos na
população feminina. O esporte é um potencializador na capacitação de meninas e mulheres, no
âmbito econômico e social.
Quanto à difusão do corfebol no Brasil e as possíveis maneiras de difundir a modalidade,
constatou-se que 75% dos (as) atletas evidenciaram que o esporte não é popular no Brasil
devido ao desconhecimento, à desinformação e ao preconceito, como também à valorização dos
esportes tradicionais em detrimento das novas modalidades, pois o corfebol difere dos esportes
tradicionais devido suas regras.
Essa questão pode ser corroborada na fala do(a) atleta:
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O Brasil tem uma cultura esportiva com maior quantidade de contato físico e
geralmente ocorrendo a segregação dos gêneros. O formato do corfebol as
vezes frustra novos participantes por conta de desinformação e preconceito
(Atleta 8).
Contudo, essa situação poderia ser revertida na visão dos (as) atletas. De acordo com
50% destes, ações como os cursos de formação/capacitação de profissionais em diferentes
estados do Brasil e a inserção no ensino superior, em cursos de Educação Física, poderiam
contribuir efetivamente para a difusão da modalidade. Outros 41,66% dos (as) entrevistados
(as) afirmaram a inserção do corfebol nas escolas, em aulas de Educação Física ou em
campeonatos escolares. Essas questões podem ser corroboradas nas falas de alguns atletas:
[...] nas aulas de Educação Física na faculdade. Porque aí os professores iam
conhecer o esporte e ajudar na divulgação (Atleta 3).
[...] cursos em diferentes estados para que todos conheçam a modalidade
(Atleta 1).
Escolas, sem dúvida... não há melhor modalidade para ser trabalhada na
realidade escolar, com meninas e meninos juntos nas aulas de Educação
Física (Atleta 4).
Concernente aos conteúdos novos no âmbito das aulas de Educação Física e ao
rompimento de preconceito quanto às modalidades menos tradicionais, podem ser visualizadas
no estudo de Tucunduva e Bortoleto (2019). Os autores discorreram sobre a inserção de uma
prática corporal, no caso, o circo, no âmbito dos cursos de formação de professores em
Educação Física, no sentido de se acrescentar conteúdos novos, para além das modalidades
tradicionais. Essa reflexão corrobora a visão dos (as) atletas acerca da difusão do corfebol por
meio de cursos de capacitação de professores.
Assim, Gubby (2018) salienta que, ao inserir práticas esportivas nas aulas de Educação
Física, que promovam a vivência coletiva de meninos e meninas jogando juntos, como é o
corfebol, podem contribuir para o rompimento da hegemonia masculina no contexto esportivo,
auxiliando na promoção da igualdade de gênero. No contexto da BNCC (BRASIL, 2020), a
modalidade esportiva corfebol é tida como um jogo de invasão e o esporte está centrado como
uma unidade temática da Educação Física, bem como classificado sob vários critérios, dentre
eles a cooperação, uma das premissas do corfebol.
Com relação à
categoria 2)
Interfaces entre o corfebol e o
Facebook
, procurou se
discorrer sobre as interfaces entre o corfebol e o
Facebook
, na visão dos (as) atletas brasileiros
de corfebol. Este eixo temático foi subdividido em duas subcategorias: o papel do
Facebook
na
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difusão/disseminação do conhecimento sobre o corfebol e o
Facebook
como espaço de
compartilhamento de conteúdo sobre gênero e empoderamento no corfebol.
Concernente a primeira subcategoria, pode-se perceber que 83,33% dos (as) atletas se
mostraram ativos na rede social
Facebook
de alguma maneira, seja curtindo, postando ou
compartilhando conteúdos relacionados à modalidade, ajudando assim, na difusão do corfebol.
Essas informações podem ser visualizadas em algumas falas:
Sim, pois sou jogador e quero difundir o esporte que eu pratico (Atleta 1).
Sim. Os jogos oficiais da IKF são transmitidos no YouTube, o que permite
compartilhar no Facebook e possibilitar que olhos curiosos conheçam o
esporte, assim como fotos, resultados de jogos etc. (Atleta 5).
Segundo a pesquisa de Achen
et al.
(2020), o uso inteligente das diferentes redes sociais,
no caso do estudo, o
Twitter
e o
Facebook
, pode ajudar na promoção dos conteúdos difundidos
pelos clubes esportivos, favorecendo positivamente a disseminação, por parte dos fãs e usuários
das redes sociais, do esporte o qual é fã. Essa construção de relacionamentos evidenciada pelos
autores, levando em consideração a tríade, fãs, atletas e mídias sociais, tende a alcançar,
globalmente, milhares de pessoas, contribuindo assim, para a propagação do esporte. Pode-se
assim constatar que o
Facebook
se mostrou eficaz, haja vista que essa eficiência se deve às suas
ferramentas de curtir, comentar e compartilhar conteúdo. A fala de um(a) atleta corrobora esta
questão:
[...] é um esporte que chama a atenção, e as redes sociais atingem números
grandes em pouco tempo (Atleta 4).
Nesta perspectiva, uma matéria publicada por Gough (2020) no
site Statista
, a autora
cita uma pesquisa realizada pela Capgemini, empresa que presta serviços de consultoria, e os
dados revelaram que os conteúdos esportivos têm sido consumidos por meio das diferentes
mídias sociais, dentre elas, tem-se o
Youtube
,
Twitter
e
Facebook
, as quais possuem plataformas
de
streaming
, que transmitem jogos ao vivo, como também disseminam outros conteúdos.
Quanto à subcategoria relacionada ao
Facebook
enquanto espaço de compartilhamento
de conteúdo concernente à igualdade de gênero, 41,66% dos (as) atletas afirmaram que suas
postagens abordam esse tema. Os
posts
versavam sobre as diferenças entre o futebol (salário,
contratos, cargos de gestão e arbitragem) e o corfebol (promove à igualdade em todos os
sentidos). A fala do(a) atleta pode corroborar essa questão:
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Sim, fiz uma comparação com o futebol, que historicamente é tido como um
“esporte masculino”, altamente agressivo e exclui as mulheres de sua prática,
mesmo esse cenário estando mudando hoje. O corfebol, ao contrário, permite
que todos joguem de igual para igual e incentiva a prática de ambos os gêneros
e o Fair Play (Atleta 8).
Segundo Pereira e Brito (2020), ao usarmos os espaços das redes sociais como território
de práticas sociais, tem-se a formação de coletivos de pessoas que se organizam a partir de
valores partilhados socialmente comuns a todos. Pode-se, assim, aferir que as falas dos (as)
atletas são permeados por valores em que acreditam, o corfebol como espaço de igualdade de
oportunidades entre os gêneros. Outras falas também evidenciam conteúdos relacionados as
essas questões:
Sim, como o esporte é misto, sempre que fala sobre inclusão, cooperação
entre os jogadores eu compartilho, porque acredito que é um dos objetivos
principais do esporte (Atleta 10).
Sim. Também publicações explicando o que é corfebol e fala sobre igualdade
de gênero (Atleta 11).
[...] já postei entrevistas de alguns atletas que já foram para a seleção
brasileira falando sobre como o Corfebol mudou a cabeça deles em relação
a como ver a igualdade de gênero (Atleta 12).
Outros 33,33% dos (as) atletas enfatizaram não postar conteúdos ligados à essa temática.
Acerca das postagens que relacionavam o corfebol com o empoderamento feminino,
pode-se constatar que 50% da amostra não publica conteúdos sobre essa temática. Uma possível
justificativa para corroborar esse número pode ser evidenciada na fala de Berth (2018), quando
a autora fomenta um esvaziamento na forma que se utiliza o tema nos dias atuais, assim como
a falta de entendimento e compreensão acerca de um conceito tão complexo sobre o que seja o
empoderamento. Outra justificativa centra na tímida produção científica sobre empoderamento
feminino relacionado ao corfebol (SILVA; SCHWARTZ, 2020). Outros 41,66% afirmaram que
postam sobre o assunto. Algumas falas dos atletas podem corroborar:
Sim, sobre alguns jogos em que as mulheres foram as maiores pontuadoras
da partida (Atleta 5).
Sim, já compartilhei fotos e vídeos da campeonatos lá fora de atletas mulheres
que foram consideradas “melhor do campeonato” que concorriam de igual
para igual com os homens (Atleta 12).
O estudo de Jagtap (2020) vai ao encontro dos depoimentos dos (as) atletas e aponta que
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES e Afonso Antônio MACHADO
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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o esporte é considerado uma ferramenta que amplifica as vozes femininas e contribui para a
superação das barreiras de gênero. Quando inseridas no contexto do esporte, segundo o autor,
estas trazem para o campo de jogo da vida, a liderança, a estratégia, a força que as direciona
rumo à igualdade de gênero nos diferentes setores sociais. A noção de empoderamento da
mulher no campo esportivo está relacionada ao fato de se sentir livre para assumir novas
identidades, como também assumir responsabilidades no que tange a serem agentes de
mudança, descontruindo valores enraizados na sociedade nos diferentes níveis social e pessoal
(WELLARD, 2016).
No que se refere ao questionamento sobre ser o
Facebook
uma rede social que ajuda na
difusão do corfebol de maneira global, como também, nas questões de igualdade de gênero e
do empoderamento feminino no esporte, 83,33% dos entrevistados afirmaram que a plataforma
pode vir a ser utilizada para esse fim. Algumas falas corroboram essas informações:
O Facebook pode sim ajudar, pois ele é uma rede global muito conhecida,
onde são difundidos muitos assuntos (Atleta 1).
Com certeza. É uma rede social que por si só tem o potencial de espalhar
qualquer tipo de informação (Atleta 2).
[...], pois foi através do Facebook que pude conhecer vários outros atletas de
outros países e também conheci outros campeonatos também que tive o prazer
de jogar (Atleta 12).
Não só o Facebook, mas hoje o Instagram também tem esse poder. De
massificar e divulgar assuntos que antes eram poucos procurados e assim
abrir os olhos de muita gente para novos esportes e também para atitudes e
posicionamentos ultrapassados com relação ao universo feminino (Atleta 4).
Sim, porque muitos estão conectados no Facebook. Assim tanto nosso time
consegue informações sobre ações que ocorrem no mundo sobre corfebol
para se inspirar e participar, como a divulgação para nossos amigos e
familiares (Atleta 10).
De acordo com Marx (2018), o
Facebook
é multifacetado, podendo ser considerado um
espaço de difusão de conteúdos variados como também formativos. Trata-se, na visão da autora,
de um ambiente que possibilita a construção do conhecimento de forma colaborativa. Assim,
as informações ali postadas são passíveis de sofrer alterações, estas são
[...] construídas em conjunto com sua rede, renovadas constantemente
e difundidas, pois nas práticas de navegação, as pessoas interagem,
ressignificam seus conceitos e percepções de mundo, agregam novas
informações ao seu repertório e têm a oportunidade de aprender na
relação com o outro”. (MARX, 2018, p. 38).
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
O Facebook e a difusão das temáticas: Igualdade de gênero e empoderamento feminino na visão de atletas de corfebol
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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Outros 16,66% do(a)s atletas afirmaram ser o
Facebook
uma importante ferramenta que
pode ajudar a divulgar a modalidade:
Sim. o Facebook é uma ferramenta de comunicação em massa. Tudo o que é
postado pode atingir um certo público, apesar de o sistema limitar
propositalmente. Mas para quem pode investir dinheiro, o público a ser
atingido pode ser enorme (Atleta 5).
Sim, pois é uma plataforma de livre acesso a todos (Atleta 6).
Ou seja, pode-se perceber que a plataforma é vista como um equipamento de
comunicação, de alcance mundial e milhões de pessoas estão conectadas, consumindo os mais
diferentes conteúdos.
Considerações finais
O presente estudo procurou analisar o papel do
Facebook
na difusão dos conteúdos
relacionadas à igualdade de gênero e o empoderamento feminino, na visão de atletas de corfebol
do Brasil. Sendo assim, os dados foram analisados e discutidos à luz da literatura, dando voz
aos atletas sobre as temáticas em questão.
Com base nas duas categorias criadas, pode-se perceber que, em relação à primeira,
“corfebol, igualdade de gênero e empoderamento feminino” os atletas enfatizaram que, devido
às características intrínsecas da modalidade esportiva analisada, assim como, dos princípios e
regras que a norteiam, o corfebol tende a ser uma das modalidades mais apropriadas no que
tange a fomentar práticas que favorecem igualitariamente ambos os gêneros. O fato de os dois
gêneros jogarem em pé de igualdade, tende a equalizar as diferenças entre homens e mulheres
em campo de jogo.
No que tange a questão do empoderamento feminino no corfebol, os (as) atletas
enfatizaram que o fato de ser obrigatória a presença da mulher na equipe, o que demonstra o
quanto a modalidade valoriza a presença feminina no esporte desde a sua origem. Dentre os
princípios incitados pela modalidade, como a cooperação, a não violência, alternância de
funções e a coeducação, estes tendem a promover o empoderamento feminino, pelo encorajar
do rompimento com estereótipos de gênero no âmbito esportivo, dando a voz a mulher no
campo de jogo.
Com relação a segunda categoria analisada, que fez relação às interfaces entre o corfebol
e o
Facebook
, procurou-se analisar o papel da rede social na disseminação do conhecimento
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Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES e Afonso Antônio MACHADO
Rev. Hipótese,
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sobre a modalidade esportiva, assim como o espaço de difusão de conteúdos sobre gênero e
empoderamento no corfebol. Pode-se perceber que o
Facebook
representa uma importante
fonte de difusão de conteúdos relativos ao corfebol, por ser uma plataforma dinâmica e atingir
uma camada considerável da população usuária da rede. A Federação Internacional de Corfebol
(IKF) faz uso da rede social para divulgar os mais diferentes assuntos relativos à modalidade
esportiva, como reportagens, vídeos de partidas ou melhores momentos, informações sobre
alterações de regras, arbitragem, etc. As federações presentes em cada país onde a modalidade
é jogada também fazem uso do
Facebook
no que tange, além dos elementos acima expostos, a
promover o esporte e as interfaces com os conteúdos sobre gênero e a valorização da mulher
no esporte.
Os atletas brasileiros também afirmaram fazer uso do
Facebook
como forma de divulgar
assuntos pertinentes ao universo do corfebol. Estes enfatizaram que utilizam a rede para
compartilhar eventos e competições esportivos de seus clubes como também, de outras equipes
brasileiras e de outros países. As postagens também fazem menção à igualdade de gênero no
âmbito esportivo.
Percebeu-se que os conteúdos relativos ao empoderamento da mulher no corfebol e de
forma geral não são postados pelo(a)s atletas com frequência. Isso pode estar atrelado ao fato
de não haver um certo entendimento sobre a temática, como abordado nas discussões ou
simplesmente não o relacionar com a mulher no esporte e todo o processo de luta e superação
de barreiras que a mulher teve que ultrapassar para conquistar seu espaço.
Entretanto, o estudo possui algumas limitações, dentre elas, o número de atletas, o qual
limitou-se à 12. Sendo uma amostra maior, os dados poderiam gerar outros resultados acerca
das temáticas analisadas. Todavia, pelo fato de ainda ser uma modalidade pouca conhecida no
Brasil, houve uma dificuldade de captar o(a)s atletas que ainda se mantêm ativos. Outra
limitação diz respeito a uma única plataforma analisada, o
Facebook
. Talvez uma análise de
outra rede social poderia confrontar os dados encontrados e, por fim, incrementar as discussões.
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Sobre os autores
Renata Laudares NETO
Mestre. Departamento de Educação Física /IB/UNESP/Rio Claro/SP.
Giselle Helena TAVARES
Profª Drª. Faculdade de Educação Física e Fisioterapia. FAEFI-UFU.
Afonso Antônio MACHADO
Profº Dr. Departamento de Educação Física /IB/UNESP/Rio Claro/SP.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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FACEBOOK AND THE DIFFUSION OF THEMES: GENDER
EQUALITY AND FEMALE EMPOWERMENT IN THE VISION OF
KORFBALL ATHLETES
O FACEBOOK E A DIFUSÃO DAS TEMÁTICAS: IGUALDADE DE
GÊNERO E EMPODERAMENTO FEMININO NA VISÃO DE ATLETAS
DE CORFEBOL
FACEBOOK Y LA DIFUSIÓN DE TEMAS: IGUALDAD DE GÉNERO Y
EMPODERAMIENTO FEMENINO EN LA VISIÓN DE LAS ATLETAS
CORFEBOL
Renata Laudares SILVA
São Paulo State University
“Júlio de Mesquita Filho”
e-mail: renatalaudares@gmail.com
Giselle Helena TAVARES
Federal University of Uberlândia
e-mail: gi_htavares@yahoo.com.br
Afonso Antônio MACHADO
São Paulo State University
“Júlio de Mesquita Filho”
e-mail: afonsoa@gmail.com
How to refer to this article
MACHADO, A. A.; SILVA, R. L.; TAVARES, G. H. Facebook and the diffusion of themes:
Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes.
Revista Hipótese
,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154. DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
Submitted
: 10/05/2021
Revisions required
: 15/06/2021
Approved
: 10/10/2021
Published
: 01/01/2022
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES and Afonso Antônio MACHADO
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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ABSTRACT
: The role of Facebook in the dissemination of themes related to gender equality
and female empowerment was analyzed, in the view of Korfball athletes in Brazil. Qualitative
study that used a questionnaire applied to 12 Korfball athletes from Brazil. Data were
descriptively analyzed using the Content Analysis Technique. The results showed that the
athletes have knowledge about gender issues and female empowerment in Korfball, they
emphasized that Facebook is an important tool in the dissemination of the sport and the themes,
gender equality and female empowerment of women in Korfball.
KEYWORDS
: Sport. Korfball. Female empowerment. Gender equality. Facebook
.
RESUMO
: Analisou-se o papel do Facebook na difusão das temáticas relacionadas à
igualdade de gênero e o empoderamento feminino, na visão de atletas de corfebol do Brasil.
Estudo qualitativo que se fez uso de um questionário aplicado à 12 atletas de corfebol do Brasil.
Os dados foram analisados descritivamente por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Os
resultados evidenciaram que o(a)s atletas possuem conhecimento acerca das questões de
gênero e empoderamento feminino no corfebol, enfatizaram ser o Facebook uma importante
ferramenta na divulgação da modalidade e das temáticas, da igualdade de gênero e do
empoderamento feminino da mulher no corfebol.
PALAVRAS-CHAVE
: Esporte. Corfebol. Empoderamento feminino. Igualdade de gênero.
Facebook.
RESUMEN
: Se analizó el papel de Facebook en la difusión de temas relacionados con la
igualdad de género y el empoderamiento de las mujeres, en opinión de los deportistas de
corfball en Brasil. Estudio cualitativo que utilizó un cuestionario aplicado a 12 atletas de
Korfball de Brasil. Los datos se analizaron de forma descriptiva mediante la técnica de análisis
de contenido. Los resultados mostraron que las deportistas tienen conocimiento sobre temas
de género y empoderamiento femenino en Korfball, enfatizaron que Facebook es una
herramienta importante en la difusión del deporte y los temas, igualdad de género y
empoderamiento femenino de las mujeres en Korfball.
PALABRAS CLAVE
: Deporte. Korfball. Empoderamiento femenino. Igualdad de género.
Facebook.
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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Introduction
Social media means a set of Internet applications, whose concepts are based on WEB
2.0, which enables the creation and exchange of varied content, many of which are designed by
the user himself (KAPLAN; HAENLEIN, 2010). Among the various types of social media,
such as
blogs/microblogs
(
Twitter
), the websites used to share multimedia content (
YouTube,
Instagram
) and social networks, such as
Facebook
, are the object of analysis of this study.
According to Iosifidis and Nicoli (2019),
Facebook promoted
a revolution in the
communication process and profoundly impacted people's lives. This was launched in 2004 and
the numbers related to accounts opened on the platform, such as daily user accesses, exceed the
house of billions of individuals connected to the network. According to Kemp (2020), among
the most used social interaction and communication platforms in the world,
Facebook
remains
the most popular social networking site on the web, with about 2.5 billion monthly active users.
This platform has been used quite frequently in the academic area. In the field of
Education (PESSOA; PANIAGO, 2018; LINHARES; CHAGAS, 2015), sociology (MESCH,
2017; ABBAS; MESCH, 2016), Physical Education and Sports (LINKER
et al.
, 2018;
FERNANDEZ-RIO, BERNABE-MARTÍN, 2018; PEDROSO
et al.
, 2017) its applicability has
been ratified in the most different areas, such as data collection space (COSTA, 2018; BUZZI
et al.
, 2016) and scientific dissemination (BARBOSA; SOUZA, 2017).
Authors such as Garcia
et al.
(2018), in a pioneering study on gender issues in the field
of social networks, explored the gender division on
Facebook
, in different countries, the
interfaces with some social sectors, such as the economy, education and health. They used the
Facebook Gender Divide
(FGD) tool, a metric composed of data from more than 1.4 billion
users, dispersed in 217 countries and had access to interesting data on aspects related to gender
inequality, globally. The authors showed that the FGD compiles gender equality indicators in
different scenarios of society, such as education and health and aspects related to economic
opportunities, such as the issue of employment.
Several social movements have used social networks to promote their causes and have
added important gains, such as visibility and recognition. Some campaigns can be evidenced:
in the militancy against sexual harassment #MexeuComUmamexeuComTodas (ROMEIRO;
SILVA, 2018), in the scenario of racial segregation #BlackLivesMatter (INCE, ROJAS,
DAVIS, 2017), in sport, against gender inequality #LikeAGirl, #GirlsCan (RODRIGUES,
2016; DELUCHI, 2016) are some examples.
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Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES and Afonso Antônio MACHADO
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In this sense, Loiseau and Nowacka (2015) bet on social networks as a powerful source
of highlighting the issues of gender, women's rights and, thus, leveraging commitments to equal
opportunities. The authors see technologies, social media and social networks as an important
tool to mobilize the public in the face of gender differences, in all sectors of society, including
sports. Oliveira (2019) and Perez and Ricoldi (2019) corroborate the authors and show that it is
a
feminism of the hashtag
, which aims to promote activism on issues related to gender issues.
And that these are characteristics of the fourth wave of feminism, which has as an environment
of discussion the digital space.
According to Cooky and Antunovic (2020) this new format of promoting knowledge,
via digital activism, about gender narratives in the field of sport, tends to promote a disruption
of male hegemony that has been northing the contents evidenced by the different sports
channels. For the authors, by giving voice to the athletes and their stories, there is the
strengthening of different collectives.
In view of the above, it can be seen that the
tools provided by Facebook
tend to show
that the construction of contexts are possible, which allow to make comments, shares, or, only,
like the content, becoming an interesting reference point for the collection of information about
the gender theme in the sports field. However, little is known about the potential of the social
network Facebook
in terms of promoting effective discussions in the field of gender, issues
related to equal opportunities and women’s empowerment in sport.
By focusing on the egalitarian issue in the sports context, Korfball advocates the
participation of both genders, because it translates a different reality from other sports
modalities, given that the teams are formed by men and women, the marking of athletes is by
gender, weakening the traditional prerogatives of the sport and promoting a balance in
performances, such as strength, height, speed (GUBBY; WELLARD, 2016). According to the
authors, these are unique characteristics of Korfball and can break with the binary thought of
hegemonic masculinity and femininity in the field of bodily practices, making them more
inclusive and possibly achievable, with regard to equal opportunities between genders in sport.
In view of these issues, it became interesting
to analyze the role of Facebook
in the
dissemination of themes related to gender equality and female empowerment, in the view of
Korfball athletes in Brazil.
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Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
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Methodology
This research is qualitative in nature and was developed through exploratory research.
A self-administered questionnaire was used for data collection (RICHARDSON, 2017) via
online platform
,
Google Forms
, which generated a
link
that was sent to the athletes by
WhatsApp
. Information technologies have become allied, due to the popularization of these and
which can be accessed from different locations, besides being attractive and promoting quick
access to responses, almost in real time (ARAÚJO
et al.
, 2019).
The sampling technique used in this study was characterized as non-probabilistic and
for convenience. The sample consisted of 12 participants, Korfball players of the Brazilian
national team, six male athletes and six female athletes, who are willing to participate in the
study, which was approved by the Ethics and Research Committee (CEP) under the opinion of
number: 2,318,775. All participants also signed the Free and Informed Consent Form (TCLE).
The collected material was analyzed descriptively and the data were analyzed using the
Content Analysis Technique proposed by Bardin (2017). For this, the answers from the
questionnaire were grouped into two thematic categories elaborated a priori. Category 1,
Korfball, gender equality and female empowerment, which was subdivided into three thematic
axes: 1.1) Understanding of athletes on gender equality; 1.2) Athletes' understanding of female
empowerment; and 1.3) Diffusion of Korfball. As for category 2, Interfaces between Korfball
and
Facebook
, it was subdivided into two thematic axes: 2.1)
The role of Facebook
in the
dissemination/dissemination of knowledge about Korfball; and 2.2) Facebook
as
a space for
sharing content about gender and empowerment.
Results and Discussion
The analysis of the statements was based on the answers from the questionnaire applied
to athletes from the Brazilian Korfball team of both federations, which are located in the states
of Rio de Janeiro and São Paulo. It was found that, regarding the age group, it varied between
17 and 32 years. Regarding marital status, all athletes are single. Regarding education, five
athletes have Incomplete Higher Education, five athletes have Complete Higher Education and
two athletes have complete high school.
These athletes are not exclusively dedicated to the sport. They exercise other professions
to maintain themselves financially. Regarding the frequency of Korfball practice, eight athletes
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Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES and Afonso Antônio MACHADO
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practice twice a week, one athlete said he practiced once a week, while one athlete said he
practiced three times a week and another said he practiced weekly. Finally, an athlete claimed
to practice monthly.
Regarding salary income, 41.66% of athletes stated that they did not have income;
41.66% of the sample reported that they earn from one to two minimum wages and 16.66% of
the sample showed that they receive three to four minimum wages per month. Data on the
profession exercised showed that 41.66% of the sample are physical education teachers; 41.66%
of students; 8.33% of higher education students and 8.33% of the sample are self-employed. As
for the time of practice, this varied between 2 and 9 years.
As previously claimed, the answers were grouped into two thematic categories
elaborated a priori, according to the themes, as already explained in the procedures for data
analysis. It is pressing to emphasize that some questions had more than one answer, thus
changing the percentage value; and that the information presented refers to the data that
obtained the highest incidence of responses.
Regarding category
1)
Korfball, gender equality and female empowerment, the thematic
axes were discussed - understanding of Korfball athletes about gender equality, female
empowerment and the diffusion of Korfball. Gender equality in the athletes' view is related to
the issues of equal rights and conditions for both, as well as the lack of differences in
opportunities between men and women. It is understood here the understanding, even if not so
thoroughly, that the athletes have an understanding about gender equality, however, it is also
perceived the need to conceive more information about gender equity. According to Alves
(2016), equity is a broader concept, referring to justice and the construction of specific policies
that ensure this balance.
For athletes, Korfball helps in promoting gender equality in the sporting context.
According to 50% of the athletes, in Korfball, the players act on an equal footing and the
differences between genders do not prevail, but respect, cooperation and inclusion, due to their
rules. This fact can be corroborated in the statements of the athletes:
[...] because it is the only court sport that is mixed by rule and mandatory, it
can promote equality because of it (Athlete 12, our translation).
[...] because it is officially mixed so men need women playing as well as the
other way around, which makes there is respect on both sides (Athlete 9, our
translation).
[...] Korfball aims at cooperation and inclusion between players, everyone
depends on everyone to win, not depending on the player who comes out, so
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Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
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if you have a player who is weaker, the team needs to strengthen him [...]. And
because they play men and women having the same roles within the game, it
takes the interaction of the two in a positive way to emerge victorious (Athlete
10, our translation).
Another 41.66% of athletes stated that Korfball is a space in which women can show
their abilities without being discriminated against. This question can be evidenced in the speech
of an interviewee:
[...] Korfball provides the possibility for women to show their potential
without segregation, different from what happens in most sports (Athlete 8,
our translation).
Raj (2020) attests to the information of the athletes, evidencing a positive perspective
on equal opportunities between genders in sport in the near future. The author cites the 2020
Agenda on gender equality in sport, proposed by the International Olympic Committee (IOC).
However, some barriers still need to be overcome. The author listed six obstacles that still
contribute to this disparity. Inequality in terms of salaries and awards, biological differences,
differentiated financial return, with regard to revenue generated, media coverage, social roles
assigned to men and women and pregnancy. Breaking these barriers are necessary, through the
elaboration of public policies to end gender prejudice, as well as to provide access to education
and financial support to projects that deal with the inclusion of women in sport.
Female empowerment in the view of athletes is related to the active participation of
women in society, making their voice, their values, their rights count. This understanding is in
line with what Brauner (2015) and Stromquist (1995) emphasized about empowerment. For the
authors, by empowering an individual, giving him active voice and visibility, he contributes to
his emancipation and strengthening. These elements influence your actions.
When asked about the Korfball and female empowerment relationship, 50% of the
athletes emphasized that the modality emphasizes gender equality and women empower and
assume their space by right within the courts, whether as an athlete, coach or referee. This
question can be evidenced in a speech of an interviewee:
[...] women often lose space for men in sport in general, but in Korfball women
play an important role in conjunction with men which makes women value
themselves more, as well as men (Athlete 9, our translation).
Another 41.66% of athletes stated that it is a sport in which the presence of women is
essential since its origin, has its space guaranteed. After that, the woman is already empowered.
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Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES and Afonso Antônio MACHADO
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This fact can be attested in the speech of an interviewee:
[...] it is clear in schools that boys play and participate in physical education
classes, while the girls sit down. In a sport that is necessary the participation
of the two, both need to strive for the girl to be good, so there is the incentive
of female participation in the sport and even its empowerment because a door
opens for their participation (Athlete 10, our translation).
The speech of the athlete 10 can be corroborated in the study by Khan and Khan (2020),
in which the authors promoted the existence of programs that promote female empowerment
through sports practices and physical activities. The authors emphasized that some strategies
departing from programs such as "
Woman Win
" (the first international organization that aims
to empower girls and women through sport) generate positive effects on the female population.
Sport is a potentiator in the empowerment of girls and women, in the economic and social
sphere.
Regarding the diffusion of Korfball in Brazil and the possible ways of spreading the
sport, it was found that 75%of the athletes showed that the sport is not popular in Brazil due to
ignorance, disinformation and prejudice, as well as the valorization of traditional sports to the
detriment of new modalities, because Korfball differs from traditional sports due to its rules.
This question can be corroborated in the speech of the athlete:
Brazil has a sports culture with a greater amount of physical contact and
usually gender segregation. The Korfball format sometimes frustrates new
participants because of misinformation and prejudice (Athlete 8, our
translation).
However, this situation could be reversed in the view of the athletes. According to 50%
of these, actions such as training/training courses for professionals in different states of Brazil
and insertion in higher education, in Physical Education courses, could effectively contribute
to the dissemination of the modality. Another 41.66% of the interviewees stated the insertion
of Korfball in schools, physical education classes or school championships. These questions
can be corroborated in the statements of some athletes:
[...] physical education classes in college. Because then the teachers would
know the sport and help in the dissemination (Athlete 3, our translation).
[...] courses in different states so that everyone knows the modality (Athlete 1,
our translation).
Schools, no doubt... there is no better way to be worked on in the school
reality, with girls and boys together in physical education classes (Athlete 4,
our translation).
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Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
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Regarding the new contents in the context of physical education classes and the
disruption of prejudice regarding less traditional modalities, can be visualized in the study by
Tucunduva and Bortoleto (2019). The authors talked about the insertion of a body practice, in
this case, the circus, within the framework of teacher training courses in Physical Education, in
order to add new contents, in addition to the traditional modalities. This reflection corroborates
the view of athletes about the diffusion of Korfball through teacher training courses.
Thus, Gubby (2018) points out that by inserting sports practices in physical education
classes, which promote the collective experience of boys and girls playing together, such as
Korfball, they can contribute to the disruption of male hegemony in the sports context, helping
to promote gender equality. In the context of the BNCC (Common National Curriculum Base,
2020), the sport Korfball is seen as an invasion game and the sport is centered as a thematic
unit of Physical Education, as well as classified under several criteria, among them cooperation,
one of the premises of Korfball.
Regarding category
2)
Interfaces between Korfball
and Facebook, we
tried to discuss
the interfaces between Korfball and
Facebook
, in the view of the Brazilian Korfball athletes.
This thematic axis was subdivided into two subcategories:
the role of Facebook
in the
dissemination/dissemination of knowledge about Korfball and
Facebook
as a space for sharing
content about gender and behest empowerment.
Regarding the first subcategory, it can be seen that 83.33%of the athletes were active in
the social network
Facebook in some way
, whether enjoying, posting or sharing content related
to the modality, thus helping in the diffusion of Korfball. This information can be viewed in
some statements:
Yes, because I am a player and I want to spread the sport that I practice
(Athlete 1, our translation).
Yes. IKF official games are streamed on YouTube, allowing you to share on
Facebook and enable prying eyes to know the sport, as well as photos, game
results, etc. (Athlete 5, our translation).
According to research by Achen
et al.
(2020), the intelligent use of different social
networks, in the case of the study,
Twitter
and
Facebook
, can help in the promotion of the
content disseminated by sports clubs, positively favoring the dissemination, by fans and users
of social networks, of the sport that is a fan. This construction of relationships evidenced by the
authors, taking into account the triad, fans, athletes and social media, tends to reach, globally,
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thousands of people, thus contributing to the spread of the sport. It can be seen that
Facebook
has proved effective, since this efficiency is due to its tools to like, comment and share content.
The speech of an athlete corroborates this question:
[...] it is a sport that draws attention, and social networks reach large numbers
in a short time (Athlete 4, our translation).
In this perspective, an article published by Gough (2020) on the site
Statista
, the author
cites a survey conducted by Capgemini, a company that provides consulting services, and the
data revealed that sports content has been consumed through different social media, among
them,
there is YouTube
,
Twitter
and
Facebook
, which have
streaming platforms
, which
broadcast live games, as well as disseminate other content.
Regarding the subcategory
related to Facebook
as a space for sharing content regarding
gender equality, 41.66%of the athletes said that their posts address this theme. The
posts
were
about the differences between football (salary, contracts, management and arbitration positions)
and Korfball (promotes equality in every way). The athlete's speech can corroborate this
question:
Yes, I made a comparison with football, which is historically regarded as a
"male sport", highly aggressive and excludes women from its practice, even
though this scenario is changing today. Korfball, on the other hand, allows
everyone to play equally and encourages the practice of both genres and Fair
Play (Athlete 8, our translation).
According to Pereira and Brito (2020), when we use social media spaces as a territory
of social practices, there is the formation of collectives of people who organize themselves from
socially common shared values to all. Thus, it can be seen that the speeches of the athletes are
permeated by values in which they believe, Korfball as a space for equal opportunities between
genders. Other statements also highlight content related to these issues:
Yes, as the sport is mixed, whenever it talks about inclusion, cooperation
between the players I share, because I believe it is one of the main goals of
the sport (Athlete 10, our translation).
Yes. Also, publications explaining what Korfball is and talking about gender
equality (Athlete 11, our translation).
[…]
I've posted interviews with some athletes who have been to the Brazilian
national team talking about how Korfball changed their minds in terms of how
to see gender equality (Athlete 12, our translation).
Another 33.33% of the athletes emphasized not posting content related to this theme.
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Regarding the posts that related Korfball with female empowerment, it can be seen that
50% of the sample does not publish content on this theme. A possible justification to
corroborate this number can be evidence in Berth's speech (2018), when the author promotes
an emptying in the way the theme is used today, as well as the lack of understanding and
understanding about such a complex concept about what empowerment is. Another justification
focuses on the timid scientific production on female empowerment related to Korfball (SILVA;
SCHWARTZ, 2020). Another 41.66% said they posted on the subject. Some statements of the
athletes may corroborate:
Yes, about some games in which women were the highest scorers of the match
(Athlete 5, our translation).
Yes, I've shared photos and videos of the championships out there of women
athletes who were considered "best of the championship" who competed
equally with men (Athlete 12, our translation).
Jagtap's study (2020) meets the testimonies of athletes and points out that sport is
considered a tool that amplifies female voices and contributes to overcoming gender barriers.
When inserted in the context of sport, according to the author, these bring to the playing field
of life, leadership, strategy, the force that directs them towards gender equality in different
social sectors. The notion of women's empowerment in the sports field is related to the fact that
they feel free to assume new identities, as well as to assume responsibilities regarding being
agents of change, unbuilding values rooted in society at different social and personal levels
(WELLARD, 2016).
With regard to the questioning of
Facebook being
a social network that helps in the
dissemination of Korfball in a global way, as well as on issues of gender equality and women's
empowerment in sport, 83.33%of the interviewees said that the platform can be used for this
purpose. Some statements corroborate this information:
Facebook can help, because it is a well-known global network, where many
subjects are disseminated (Athlete 1, our translation).
I'm sure. It is a social network that alone has the potential to spread any kind
of information (Athlete 2, our translation).
[...], because it was through the Facebook that I got to know several other
athletes from other countries and also met other championships also that I
had the pleasure of playing (Athlete 12, our translation).
Not only Facebook, but today Instagram also has that power. To massify and
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disseminate subjects that were once sought after and thus open the eyes of
many people to new sports and also to attitudes and outdated positions in
relation to the female universe (Athlete 4, our translation).
Yes, because many are connected in the Facebook. So, both our team gets
information about actions that occur in the world about Korfball to be
inspired and participate, such as dissemination to our friends and family
(Athlete 10, our translation).
According to Marx (2018),
Facebook is
multifaceted, and can be considered a space
for dissemination of varied and formative content. It is, in the author's view, an environment
that enables the construction of knowledge collaboratively. Thus, the information posted there
are likely to change, these are
[...] built together with their network, constantly renewed and disseminated,
because in navigation practices, people interact, signify their concepts and
perceptions of the world, add new information to their repertoire and have the
opportunity to learn in the relationship with the other (MARX, 2018, p. 38,
our translation).
Another 16.66% of athletes said that
Facebook is an
important tool that can help
promote the sport:
Yes. Facebook is a mass communication tool. Everything that is posted can
reach a certain audience, although the system purposely limits. But for those
who can invest money, the public to be reached can be huge (Athlete 5, our
translation).
Yes, because it is a platform of free access to all (Athlete 6, our translation).
That is, it can be realized that the platform is seen as a communication equipment, of
worldwide reach and millions of people are connected, consuming the most different contents.
Final considerations
The present study aimed to analyze the role of Facebook in the dissemination of content
related to gender equality and female empowerment, in the view of Korfball athletes from
Brazil. Thus, the data were analyzed and discussed in the light of the literature, giving voice to
the athletes on the themes in question.
Based on the two categories created, it can be seen that, in relation to the first, "Korfball,
gender equality and female empowerment" the athletes emphasized that, due to the intrinsic
characteristics of the sports modality analyzed, as well as the principles and rules that guide it,
Korfball tends to be one of the most appropriate modalities regarding promoting practices that
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Facebook and the diffusion of themes: Gender equality and female empowerment in the vision of korfball athletes
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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favor equally both genders. The fact that the two genres play on an equal footing tends to
equalize the differences between men and women on the playing field.
Regarding the issue of female empowerment in Korfball, the athletes emphasized that
the fact of being obliging the presence of women in the team, which demonstrates how much
the sport values the female presence in the sport since its origin. Among the principles incited
by the modality, such as cooperation, non-violence, alternation of functions and co-education,
these tend to promote female empowerment, by encouraging the break with gender stereotypes
in the sports field, giving the voice to women on the playing field.
Regarding the second category analyzed, which related to the interfaces between
Korfball and
Facebook
, we tried to analyze the role of the social network in the dissemination
of knowledge about sports, as well as the space for dissemination of content on gender and
empowerment in Korfball. It can be seen that
Facebook represents
an important source of
dissemination of content related to Korfball, because it is a dynamic platform and reaches a
considerable layer of the user population of the network. The International Federation of
Korfball (IKF) makes use of the social network to disseminate the most different issues related
to sports, such as reports, videos of matches or better moments, information on rule changes,
arbitration, etc. The federations present in each country where the sport is played also make use
of Facebook
with regard, in addition to the elements above, to promote the sport and interfaces
with the contents about gender and the valorization of women in sport.
Brazilian athletes also claimed to use
Facebook
as a way to disseminate issues pertinent
to the Korfball universe. This emphasized that they use the network to share events and sports
competitions of their clubs as well as other Brazilian teams and other countries. The posts also
mention gender equality in the sports field.
It was noticed that the contents related to the empowerment of women in Korfball and
in general are not posted by athletes frequently. This may be linked to the fact that there is no
certain understanding on the subject, as addressed in the discussions or simply not relating it to
women in sport and the whole process of fighting and overcoming barriers that women had to
overcome to conquer their space.
However, the study has some limitations, among them, the number of athletes, which
was limited to 12. Sand a larger sample, the data could generate other results on the analyzed
themes. However, because it is still a little-known modality in Brazil, there was a difficulty in
capturing athletes who still remain active. Another limitation concerns a single platform
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análise: discussões sobre a aplicabilidade do conceito de escalas nas pesquisas sobre formação de professores
Renata Laudares SILVA; Giselle Helena TAVARES and Afonso Antônio MACHADO
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8, e022006, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID12
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analyzed,
Facebook
. Perhaps an analysis of another social network could compare the data
found and, finally, increase discussions.
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About the authors
Renata Laudares NETO
Master. Department of Physical Education /IB/UNESP/Rio Claro/SP.
Giselle Helena TAVARES
PhD Professor. Faculty of Physical Education and Physiotherapy. FAEFI-UFU
Afonso Antônio MACHADO
PhD Professor. Department of Physical Education /IB/UNESP/Rio Claro/SP.
Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.