image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 1O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E AS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: UM OLHAR PARA O MUNICÍPIO DE SOROCABALA ATENCIÓN EDUCACIONAL ESPECIALIZADA Y LAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONALES: UNA MIRADA AL MUNICIPIO DE SOROCABATHE SPECIALIZED EDUCATIONAL SERVICE AND MULTIFUNCTIONAL RESOURCE ROOMS: A LOOK AT THE MUNICIPALITY OF SOROCABALucimeire Prestes de Oliveira TOMÉUniversidade de Sorocabae-mail: lucimeire.tome@gmail.comWilson SANDANOUniversidade de Sorocabae-mail: wilsonsandano@uol.com.brComo referenciar este artigoTOMÉ, L. P. de O.; SANDANO, W.O atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de Sorocaba.Revista Hipótese, Bauru, v. 8, e022013. e-ISSN: 2446-7154. DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399Submetido em: 09/02/2022Revisões requeridas em: 16/04/2022Aprovado em: 19/06/2022Publicado em: 18/11/2022
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 2RESUMO:Este artigo procura, a partir de uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo,analisar a implementação e ofuncionamento do Atendimento Educacional Especializado e Salas de Recursos Multifuncionais, no período de 2010 a 2021, nas escolas da rede municipal de ensino de Sorocaba, no que se refere aos serviços prestados aos alunos com deficiência, transtorno e superdotação.Conclui-se que os serviços têm atendido a população, mas que há necessidade de ações assertivas do poder público local.PALAVRAS-CHAVE:Salas de Recursos Multifuncionais. Rede Municipal de Ensino de Sorocaba. Educação Especial.RESUMEN:Este artículo busca, de uma investigacion bibliografica, documental y de campo, analizar, la implantación y funcionamiento de la Atención Educacional Especializada y las Salas de Recursos Multifuncionales, en el periodo de 2010 a 2021, en las escuelas de la red municipal de enseñanza de Sorocaba, en lo que corresponde a los servicios prestados a los alumnos con deficiencia, trastorno y superdotación. Se concluye que los servicios han servido a la población, pero que hace falta acciones asertivas por parte del gobierno local.PALABRAS-CLAVE:Salas de Recursos Multifuncionales. Red Municipal de Enseñanza de Sorocaba. Educación Especial.ABSTRACT:This article demand, from a bibliographic, documentary and field research, to analyze the implementation and functioning of the Specialized Educational Service and Multifunctional Resource Rooms, in the period from 2010 to 2021, in the municipal schools of Sorocaba, regarding the services provided to students with disabilities, disorders and giftedness.It concludesthat the services have met the population, but that there is a need for assertive actions by the local government.KEYWORDS:Multifunctional Resource Rooms. Municipal Schools of Sorocaba. Special Education.IntroduçãoA educação inclusiva é um direito assegurado pela Constituição Federal(BRASIL, 1988)para todos os alunoscom necessidades especiais. Entre as ações existentes para que essa inclusão se efetive,queremos destacar a oferta de Atendimento Educacional Especializado (AEE)1e a implantação das Salas de Recursos Multifuncionais(SRM)2.Como a Rede Municipal de Ensino de Sorocaba possui uma política de atendimento aos alunos com necessidades especiais, com a implantação do Atendimento Educacional Especializadoe das Salas de Recursos Multifuncionaisdesde 2010, este artigo analisa esta 1No texto,em algumas citações diretas,é utilizadoa sigla AEE para referir ao Atendimento Educacional Especializado.2No texto,em algumas citações diretas, é utilizadoa sigla SRM para referiràs Salas de Recursos Multifuncionais.
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 3implantação até 2021. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, documental e, também, de campo. Na pesquisa de campo,procuramos observaro funcionamento desses serviços.Neste artigo, inicialmente, pretendemosdar uma visão geral daeducação inclusiva; emseguida, ensejamosfazer um exame de natureza geral sobre as Salas de Recursos Multifuncionais e,finalmente,nas escolas da rede municipal de ensino de Sorocaba.De igual maneira, buscamos compreender as especificidades das suas Salas de Recursos Multifuncionais, bem como seu funcionamento e os principais desafios encontrados na realização efetiva deste serviço prestado aos alunos, visto ser a Sala de Recursos Multifuncionais, considerada como o local das práticas inclusivas no interior dasescolas.A Educação Especial InclusivaA Educação especial é uma modalidade de educação escolar oferecida aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. No campo das políticas de educação especial, até o início dos anos 2000, tínhamos como proposta deintegração gradual e contínua, sob um enfoque sistêmico, no qual a educação especial integrava o sistema educacional, baseando-se na normalização da vida dos alunos com necessidades educativas especiaisKuhnen (2017) ressalta que a proposta integracionista foi,aos poucos, substituída pela proposta inclusivista. O Brasil fez a opção por um sistema educacional inclusivo a partir da aprovação das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica em 2001(BRASIL, 2001), aplicando o disposto na Declaração Mundial sobreEducação para Todos(UNESCO, 1990), em consonância com os postulados produzidos em Salamanca(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). A inclusão abrange o reconhecimento e a valorização da diversidade como um Direito Humano, o que situa os seus objetivos como prioritários em todos os níveis. A Convenção sobre os Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral daOrganização das Nações Unidas (ONU)em 20 de novembro de 1989(ALBERNAZ JÚNIOR;FERREIRA, 1998). Entrou em vigor em 2 de setembro de 1990, sendo o instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal e ratificado por 196 países. Somente os Estados Unidos não ratificaram a Convenção. O Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos da Criança em 24 de setembro de 1990(ALBERNAZ JÚNIOR;FERREIRA, 1998). A Convenção
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 4sobre os Direitos da Criança contribuiu para o surgimento do Estatuto da Criança e do AdolescenteECA(BRASIL, 1990).A Declaração Mundial sobre Educação para Todos(UNESCO, 1990), na Conferência de Jomtien, que ocorreu na Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990, em seu Artigo 3° proclama: “Universalizar o acesso à educação e promover a equidade”e nos parágrafos 1ºe 5º dispõesobre a educação especial(UNESCO, 1990).A Declaração de Salamanca (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994)é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, da política e das práticas em educação especial. É considerada mundialmente um dos mais importantes documentos que visam a inclusão social. Considera-se que aConvenção sobre os Direitos da Criança(UNICEF Brasil, 1990), a Declaração Mundial sobre Educação para Todos(UNESCO, 1990)e a Declaração de Salamanca(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994)são documentos colaborativos no surgimento do conceito inclusivo.A partir de 2003, consolidou-se em todo o país uma política de educação especial na perspectiva inclusiva e, também, umaconcepção de deficiência relacionada ao direito à diferença.O conceito de escolas inclusivas supõe uma maneira mais radical de entender a resposta educativa à diversidade dos alunos e baseia-se fundamentalmente na defesa de seus direitos à integração e na necessidade de promover uma profunda reforma das escolas, que torne possível uma educação de qualidade para todos eles, sem nenhum tipo de exclusão (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004, p. 15).A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nº 9.394/1996 (BRASIL, 2013) eas políticas educacionais atuais, têm como princípio a inclusão de crianças no ensino regular. O processo de inclusão gera uma exigência na transformação da escola, pois acarreta a inserção no ensino regular dos alunos que fazem parte do grupo de educandos atendidos pela educação especial na perspectiva da educação inclusiva.A lei nº 12.796 de 4 de abril de 2013, altera a lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB), para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências, incluindo no Atendimento Educacional Especializado, alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 2013). Nesse contexto, a educação especial perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem substituí-los, mas complementando e suplementando o
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 5aprendizado, através do oferecimento de serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e ao conhecimento escolar.Ao considerar este novo conceito de educação especial como educação especial inclusiva, a políticana Perspectiva da EducaçãoEspecialInclusivadispõe sobre novas práticas de ensino, com o objetivo de atender as necessidades individuais de aprendizagem de cada aluno, contemplando a diversidade e garantindo o direito à educação a todos.Com os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação para todos os alunos, o Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial, apresentou no ano de 2008, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva(BRASIL, 2008a). Esta política foi elaborada segundo as normas do ensino regular, em que a cada aluno é dada a possibilidade de aprender a partir de suas capacidades, onde o conhecimento se constrói respeitando as diferenças e especificidades de cada educando. Sendo assim, os sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e àcomunicação, favorecendo a promoção da aprendizagem e a valorização das diferenças de forma a atender as necessidades educacionais de todos os estudantes.A fim de contribuir com a prática desse novo modo de fazer escola em consonância com a educação especial inclusiva, surgem no mesmo ano o Atendimento Educacional Especializado e a Sala de Recursos Multifuncionais.O Atendimento Educacional Especializadoe as Salas de Recursos MultifuncionaisO Atendimento Educacional Especializado não deve ser confundido com reforço escolar e nem mesmo visa substituir o ensino regular das escolas comuns, mas tem como objetivo complementar/suplementar a formação do aluno com deficiência, transtornos e superdotação objetivandosua autonomia dentro e fora da escola, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino, acontecendo sempre no contraturno do ensino regular.O acesso ao Atendimento Educacional Especializado constitui direito do aluno público-alvo,cabendo à escola orientar a família e o aluno acerca da importância da participação nesse atendimento. Observa-se que o serviço do Atendimento Educacional Especializado é oferta obrigatória, porém,não é obrigatório às famílias dos alunos com deficiência utilizar deste serviço.O público-alvo do Atendimento Educacional Especializado são alunos com deficiência física, intelectual e sensorial (surdez e cegueira); transtornos globais do desenvolvimento, bem
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 6como autismo, síndrome de Rett, psicose infantil, transtornos invasivos do desenvolvimento, além dos alunos com altas habilidades/ superdotação.De acordo com as Diretrizes Operacionais da Educação Especial (BRASIL, 2008b), quanto às ações desenvolvidas pelo Atendimento Educacional Especializado tem-se: o apoio aos alunos que necessitam deste tipo de atendimento, o ensino de linguagense de códigos específicos de comunicação e sinalização, acesso à tecnologia assistiva, realização de adequações e produção de materiais didáticos tendo em vista as necessidades específicas dos alunos e o enriquecimento curricular para alunos com altas habilidades. O Atendimento Educacional Especializado é ofertado em todas as etapas e modalidades da educação básica, devendo articular-se com a proposta da escolacomum, estendendo-se às redes públicas de ensino estadual e municipal.Compreende-se que a efetiva inclusão do aluno público-alvo do Atendimento Educacional Especializado no ensino regular vai muito além do seu direito ao ingresso e manutenção na escola, sendo necessário propiciar condições para que este aluno, como qualquer outra criança, tenha acesso ao currículo e ao conteúdo escolar.A implantação das Salas de Recursos Multifuncionais procura garantir a efetivação do Atendimento Educacional Especializado aos alunos com deficiência, transtornos e superdotação matriculados no sistema público de ensino e,por conseguinte,o acesso destes alunos ao ensino e aprendizado.Sobre as Salas de Recursos Multifuncionais, a Portaria Normativa nº 13, de 24 de abril de 2007(BRASIL, 2007), do Ministério da Educação, informa ser espaços localizados nas escolas de educação básica onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado, organizadas com mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidades e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos público-alvo da educação especial, em turno contrário à escolarização.(BRASIL, 2007, p. 01).Braga, Prado e Cruz (2018, p. 96) ressaltam que, ao se tratar do serviço deAtendimento Educacional Especializado edo espaço específico de Salas de Recursos Multifuncionais, se reflete sobre “a instituição desse território como ’lugar específico’ da educação especial dentro da escolaregular.” Nas SEM, osatendimentos são oferecidos de forma complementar e/ou de forma suplementar.No atendimento complementar, aos alunos com deficiência e/ou transtorno do espectro autista, são oferecidos recursos que possibilitam transpor barreiras impostas à sua aprendizagem na classe comum.Já no atendimento suplementar, para os superdotados, é proporcionado ao aluno o
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 7enriquecimento curricular nas áreas em que o estudante apresenta grande interesse, facilidade ou habilidade.Aos gestores dos sistemas de ensino cabe definir quanto à implantação das Salas de Recursos Multifuncionais, o planejamento da oferta do Atendimento Educacional Especializado e a indicação das escolas a serem contempladas, conforme as demandas da rede, atendendo os seguintes critérios do Programa:A secretaria de educação a qual se vincula a escola deve ter elaborado o Plano de Ações Articuladas PAR, registrando as demandas do sistema de ensino com base no diagnóstico da realidade educacional;A escola indicada deve ser da rede pública de ensino regular, conforme registro no Censo Escolar MEC/INEP (escola comum);A escola indicada deve ter matrícula de estudante(s) públicoalvo da educação especial em classe comum, registrada(s) no Censo Escolar MEC/INEP;A escola de ensino regular deve ter matrícula de estudante(s) cego(s) em classe comum, registrada(s) no Censo Escolar MEC/INEP, para receber equipamentos específicos para atendimento educacional especializado a tais estudantes;A escola deve disponibilizar espaço físico para a instalação dos equipamentos e mobiliários e o sistema de ensino deve disponibilizar professor para atuação do AEE (BRASIL, 2012, p. 10).O profissional, para atuar nas Salas de Recursos Multifuncionais,deverá ser um professor habilitado na tarefa de ensinar alunos com deficiência, transtorno e superdotação, dispondo de graduação, pós-graduação ou formação continuada em educação especial.Sobre os recursos de Tecnologia Assistiva (TA), Melo e Pupo (2010) destacam que,na Salas de Recursos Multifuncionais, os estudantes trabalham com diversos recursos que têm o potencial de melhorar o desempenho no processo de ensino e aprendizagem. Esses recursos sãoalocados nas Salas de Recursos Multifuncionaise nas bibliotecas escolares como apoio aoAtendimento Educacional Especializado.Segundo recomendações da NormaBrasileira15599, o acervo das bibliotecas deve conter material didático e lúdico; programas educativos com recursos de acessibilidade; gravações sonoras correspondentes ao programa em estudo; recursos de apoio em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), tais como fitas VHS, CD interativos, DVD, dicionários ilustrados e outros(MELO; PUPO, 2010, p.16).As Salas de Recursos Multifuncionais dividem-se em dois grupos de acordo com a configuração dos equipamentos nelas disponíveis e estão organizadas da seguinte forma: Sala de Recursos Multifuncionaistipo I e Sala de Recursos MultifuncionaistipoII.As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo I possuem uma estrutura básica capaz de atender a qualquer deficiência e as Salas de Recursos MultifuncionaisTipo II constituem-se
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 8dos recursos da sala Tipo I, acrescidos de outros recursos específicos para o atendimento de alunos com cegueira. É fato que as escolas vivenciam tempos de mudanças e desafios. Cada vez mais,observa-se o aumento do percentual de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades matriculados em classe comum e énessecontextoqueosprogramasemnívelnacional,estadualemunicipalvêm desenvolvendo suas ações para o exercício de uma educação especial inclusiva.As Salas de Recursos Multifuncionais da Rede Municipal de Ensino no Município de SorocabaO município de Sorocaba3contava, em 2020, em sua rede municipal de ensino, com cerca de 55.553 alunos matriculados em creche, educação infantil, ensino fundamental I e II, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) (SOROCABA, [2020?]).A Prefeitura Municipal de Sorocaba, para atendimento de sua rede de ensino, conta com uma Secretaria de Educação, que tem o seguinte organograma: Secretário da Educação; Assessoria Especial; Divisão de Apoio Técnico-Pedagógico; Divisão de Educação Especial; Divisão de Educação Básica; Divisão de Administração e Finanças e Divisão de Apoio Logístico. Já o organograma da Divisão de Educação Especial do Município de Sorocaba está composto da seguinte forma: Diretoria de Área; Gestorde Desenvolvimento Educacional; Divisão de Educação Especial eSeção de Apoio Multidisciplinar. A Seção de Apoio Multidisciplinar compõe uma equipe multidisciplinar com 04 Psicólogos; 03 Assistentes Sociais, 01 Terapeuta Ocupacional; e 03 Fonoaudiólogas. A Meta 4 da Lei municipal N° 11.133/2015, é específica do ensino especial inclusivo:PME -Universalizar, para a população com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação do Município, o acesso a todos os níveis e modalidades da Educação Básica, Ensino Superior e asseguraro Atendimento Educacional Especializado, no sistema regular de ensino, conforme responsabilidade de cada sistema (SOROCABA,20154).No que se refere àEducação Especial Inclusiva e ao Atendimento Educacional 3O município de Sorocaba fica a 87 km da capital de São Paulo e tinhauma população estimada em 687.357 habitantes,segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)no ano de 2020.Disponível em:https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sorocaba/panorama.Acesso em: 05 fev.2020.4Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/sp/s/sorocaba/lei-ordinaria/2015/1114/11133/lei-ordinaria-n-11133-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao-pme-do-municipio-de-sorocaba. Acesso em: 05fev. 2020.
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 9Especializado, a Lei Orgânica do Município de Sorocaba, com redação dada pela Emenda n° 48, de 15 de dezembro de 2016, no inciso II do Artigo 140 dispõe que o município manterá “o Atendimento Educacional Especializado aos portadores de deficiências físicase mentais.” (SOROCABA, 2016, p. 50). Assim, o municípiodeSorocabaprocuragarantiraefetivaçãodaeducaçãoinclusivanas escolas da rede municipal. Um outro documento atual e de destaque para efetivação da educação especial inclusiva no município é a Instrução Normativa SEDU/GS N° 14/2019(SOROCABA, 2019), que estabelece diretrizes para o funcionamento das classes/Salas de Recursos Multifuncionais e classes hospitalares para realização do AtendimentoEducacional Especializado. A classe hospitalar promove a continuidade do processo educacional aos alunos afastados da escola e que estão sob tratamento de saúde em unidades hospitalares.E sobre a atribuição das Salas de Recursos Multifuncionais, o Art. 7º da Instrução Normativa SEDU/GS N° 14/2019, estabelece que “cada Sala de Recursos Multifuncionais e classe hospitalar da rede municipal de ensino será atribuída a um docente PEB I, efetivo do quadro público municipal de Sorocaba.” (SOROCABA, 2019, p. 03).O Art. 3° desta Instrução Normativa dispõe que “os estudantes da rede de ensino municipal de Sorocaba querecebem Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais terão dupla matrícula para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB” (SOROCABA, 2019, p. 02) e, no seu Parágrafo Único, que “a dupla matrícula implica o cômputo do estudante tanto na educação regular, quanto no Atendimento Educacional Especializado.” (SOROCABA, 2019, p. 02). No ano de 2010, iniciava-se o processo de implantação das Salas de Recursos Multifuncionais em Sorocaba, provenientes do Programa Educação Inclusiva: Direito à diversidade, da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação.Naquele ano, dez escolas da rede municipal de ensino deste município foram contempladas pelo MEC para oferecer este tipo de serviço:E.M. Prof. Benedito José Nunes;E.M. Edward Frufru Marciano da Silva;E.M. Hélio Rosa Baldy;E.M. Prof.ª Lea Edy Alonso Saliba;E.M. Luiz Almeida Marins;E.M. Prof.ª Maria de Lourdes Ayres de Moraes;E.M. Matheus Maylasky;E.M. Prof. Oswaldo de Oliveira;E.M. Tereza Ciambelli Gianini;E.M. Prof.ª Zilah Dias de Mello Scherepel (SOROCABA,2010).
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 10Para a realização das ações educativas junto aos alunos com deficiência, transtorno e superdotação,houve,nos anos de 2010, 2011 e 2012, a assessoria do Instituto Paradigma, que o fezatravés de dois especialistas em educação especial. Após essa data, as formações e a gerência do trabalho ficaram sob os cuidados das gestoras e da equipe multidisciplinar do Centro de Referência em Educação-CRE5.Em relação aos objetivos das Salas de Recursos Multifuncionaisdo município de Sorocaba,destacam-se:Possibilitar a produção do saber e preservar sua condição de complemento do ensino regular;Buscar e estudar alternativas que contribuam para eliminar as barreiras de aprendizagem;Organizar as questões práticas escolares que promovam o desenvolvimento e acolhimento dos alunos;Incentivar a se expressar, pesquisar, inventar hipóteses e reinventar o conhecimento;Orientar as famílias nas questões relativas às necessidades especiais de seus filhos, assumindo uma atitude ativa,Possibilitar que o aluno construa conhecimento para si mesmo, para assim alcançar o conhecimento acadêmico,Adaptar recursos instrucionais: materiais pedagógicos, equipe e currículo,Identificar, avaliar e encaminhar os alunos com necessidades especiais,Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas do conhecimento de modo adequado às necessidades especiais de aprendizagem,Considerar as peculiaridades de cada aluno (SOROCABA, 2010).No espaço da Sala de Recursos multifuncionais é realizado o Atendimento Educacional Especializado aos alunos que apresentam ao longo de sua aprendizagem alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente vinculadas à deficiência e/outranstorno.No início da implantação das Salas de Recursos Multifuncionaisno município de Sorocaba em 2010, eram atendidos também alunos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e dislexia. Os atendimentos em salas de recursos nas escolas municipais eram prestados para um público amplo, não apenas para alunos com deficiência.Para os que não possuíam um laudo de deficiência, transtorno ou superdotação, não eram geradas matrículas nas Salas de Recursos Multifuncionais, somente atendimento por seis meses pelo professor especialista em educação especial responsável pelasSalas de Recursos Multifuncionaisaté que um laudo médico fosse concluído. Se o aluno nãoobtivesse o laudo, o 5O CRE é um local onde há um grupo de profissionais, entre eles pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais que atuam em parceria com os educadores (professores, diretores, coordenadores e supervisores). O maior objetivo do Centro de Referência é assegurar a educação de qualidade para todos, com foco no processo de aprendizagem por meio de assessoria multidisciplinar aos espaços educacionais (SOROCABA, 2008).
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 11atendimento era interrompido e a vaga disponibilizada para outro aluno. Esta forma de trabalho ocorreu nas escolas municipais nos três primeiros anos após a implantação dos serviços, isto é, entre 2010 e 2012.Atualmente nas Salas de Recursos Multifuncionais do município, segundo as informações prestadas pelos gestores no ano de 2020, não acontece mais desse modo devido ao aumento da demanda para matrícula de alunos com laudo médico de deficiência, transtorno e superdotação, público-alvo das Salas de Recursos Multifuncionais. Assim, o público atendido nessas salasé composto por pessoas com paralisia cerebral, autismo, síndrome de Rett, deficiência física, auditiva, mental e visual, surdo cegueira e altas habilidades/superdotação.Sobre os critérios que envolvem a matrícula dos alunos, o Projeto de Implantação das Salas de Recursos Multifuncionais que visa suaorganização,dispõe que serão matriculados:Preferencialmente alunos com deficiência física, deficiência mental, surdez, cegueira, baixa visão, surdo cegueira, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, podendo se estender para alunos disléxicos e TDAH, caso haja oferta de vagas e seguindo os critérios:1-Atendimento inicialmente, aos alunos regulamente matriculados narede municipal cursando o Ensino Fundamental I, podendo ser ampliado para Fundamental II, Educação Infantil, Ensino Médio e EJA, conforme disponibilidade de vagas.2-Para alunos que tem laudo médico:-Cópia do laudo médico atestando a deficiência doaluno;-Ficha de encaminhamento contendo parecer favorável da matrícula do aluno na sala do AEE, justificativa do parecer e assinatura de profissionais/responsáveis dos 3 segmentos envolvidos: unidade educacional, profissionais do CRE e responsáveis peloaluno.3-Para alunos que não possuem laudo médico:-Ficha de encaminhamento contendo parecer favorável da matrícula do aluno na sala do AEE, justificativa do parecer e assinatura de profissionais / responsáveis dos 3 segmentos envolvidos: unidade educacional, profissionais do CRE e responsáveis peloaluno.-Cópia do relatório de avaliação, específica para a identificação de dislexia, realizado por equipe multidisciplinar (psicólogo, psicopedagogo clínico e fonoaudiólogo) de instituição parceira em consonância com parecer preliminar dos especialistas do CRE.-Cópia do relatório de avaliação para a identificação do TDAH (SOROCABA [2012?]).Neste documento,ressalta-se que serão oferecidas as vagas em primeiro lugar àqueles que estiverem cursando as séries finais do ensino fundamental I. Observa-se que mesmo sendo um direito constitucional de todas as crianças no Brasil serem incluídas na escola comum, quando não há vagas disponíveis nas Salas de Recursos Multifuncionaispara a oferta do Atendimento Educacional Especializado, os alunos de educação infantil, fundamental II e ensino médio são desprovidos destes atendimentos e sem a garantia do direito à inclusão.
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 12Sobre o funcionamento da Salas de Recursos Multifuncionais, o documento Atendimento Educacional Especializado (2010) informa que os atendimentos devem ocorrer em caráter complementar ou suplementar, em horário diverso daquele em que os alunos frequentama classecomum.Conforme Resolução CNE/CEB n.4/2009, art.12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação continuada na educação especial.”(BRASIL, 2012, p.08).Em obediência a essa legislação, a Secretaria Municipal de Educação de Sorocaba faz a seguinte exigência:A formação docente, de acordo com sua área específica deve desenvolver conhecimentos acerca de: Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA),Sistema Braille, Orientação e Mobilidade, Soroban, Ensino de Língua Brasileira de Sinais (Libras), Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Atividades de Vida Diária, Atividades Cognitivas, Aprofundamento e Enriquecimento Curricular, Estimulação Precoce, entreoutros (SOROCABA, 2010).Em relação a esta exigência, observamos uma situação preocupante nas Salas de Recursos Multifuncionaisda rede municipal de ensino no município de Sorocaba, pois ao referir-se à área de atuação do professor, percebemos que a ação educativa do professor é ofertada aos alunos com diversas deficiências, transtornos e especificidades envolvidas, supondo que o professor responsável pelasSalas de Recursos Multifuncionaisdisponha de amplo conhecimento sobre todas as deficiências e transtornos, bem com as diversas características e necessidades apresentadas pelos alunos público-alvo destas salas. Sobre as diversas funções e os diferentes saberes do professor que atua na educação especial inclusiva, Martini (2004) menciona que um profissional especialista numa determinada área se prepara para atuar naquela área específica e o professor, a partir da implantação da inclusão em todo lugar, necessita especializar-se em todas as áreas, bem como buscar o conhecimento sobre todas as deficiências e suasparticularidades. No município de Sorocaba, o professor da Sala de Recursos Multifuncionais, ao atuar no ensino municipal,deve ser multifuncional, ou seja, dispor de múltiplos conhecimentos, pois nesta sala recebe alunos com deficiências e transtornos diversos.O professor desta sala desenvolve o seu plano de ação, visando a parceria com os demais profissionais da escola regular, familiares do aluno e,se necessário,com profissionais da área clínica, devendo estar em constante formação e ser assistido,sempre que possível, pelos gestores de educação especial que se encontram no Centro de Referência em Educação (CRE)
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 13do município.Para o acompanhamento e aavaliação dos resultados, o professor das Salas de Recursos Multifuncionais utiliza-se de formas de registro nas quaisdeve constar informações referentes ao plano de atendimento, bem como o desenvolvimento e desempenho do aluno.Quanto aos resultados obtidos, diante dos objetivos do plano de Atendimento Educacional Especializado, os professores da sala de aula, do CRE e da Sala de Recursos Multifuncionais avaliam se os serviços e recursos do atendimento promovem a participação e o desenvolvimento do aluno e,se houver a necessidade de reestruturação do plano, implementam-se outros recursos e são estabelecidas novas parcerias.Na rede municipal de ensino de Sorocaba, além dos professores especialistas em educação especial inclusiva atuando nas Salas de Recursos Multifuncionais, há estagiários que acompanham o aluno com deficiência, transtorno e superdotação em sala de aula, contratados pelo Centro de Integração Empresa -Escola (CIEE), denominados de estagiário de necessidades especiais (NE) e,também,os cuidadores, que são profissionais contratados pela prefeitura por empresa terceirizada, para prestar apoio a estesalunos inseridos na rede regular de ensino.Desta forma, ressalta-se a possibilidade de apoio aos educadores e familiares no exercício da função docente, a partir da compreensão de atuação multidisciplinar e do trabalho colaborativo realizado entre professores das classes comuns e das salas de recursos multifuncionais.Noanode 2020, Sorocabadispõe de 46 Salas de Recursos Multifuncionaise,assim, a partir da implantação destas salas,o município segue na busca de efetivar e propagar da melhor forma possível no ambiente escolar, a prática da educação especial inclusiva.Considerações finaisO conceito de escolas inclusivas supõe uma maneira implacável de ofertar uma resposta educativa à diversidade dos alunos e baseia-se,fundamentalmente,na defesa do direito à igualdade e àequidade, almejando uma educação de qualidade para todos, sem exclusão.No Brasil,e em específico no município de Sorocaba, a proposta integracionista foi aos poucos substituída pela proposta inclusivista. O Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais, procura garantir ao aluno público-alvo da educação especial, não somente a matrícula no ensino regular, mas a participação e o acesso ao currículo favorecendo o seu desenvolvimento de acordo com as suas especificidades para que o aprendizado escolar aconteça.
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 14No espaço dasSalas de Recursos Multifuncionaisé realizado o Atendimento Educacional Especializado aos alunos que apresentam,ao longo de sua aprendizagem,alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente vinculadas à deficiência, transtorno ou altashabilidades.A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, questiona a fixação de modelos ideais, a normalização de perfis específicos dealunos e a seleção dos eleitos para frequentar as escolas. Com a inclusão, a escola passa a ser de todos e para todosrespeitando as singularidades e os processos de aprendizagem na relação com o outro.Visto que a educação especial é uma modalidade de ensino que complementa e suplementa as necessidades de aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos e superdotação, funcionando como suporte para esses alunos incluídos no sistema regular de ensino, compreende-se que a prática do Atendimento Educacional Especializadonas Salas de Recursos Multifuncionaisreverbera para que a inclusão aconteça no ambienteescolar.O mérito das escolas inclusivas não é necessariamente oferecer uma educação da mais alta qualidade para todas as crianças, mas modificar atitudes discriminatórias, criar comunidades acolhedoras e desenvolver uma sociedade inclusiva.Sendo assim, através dos estudos sobre a implantação e funcionamento do Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais, verifica-se a importância da figura do professor, bem como sua formação, seu conhecimento e suas ações educativas. Notam-se,também, questões referentes aos espaços, muitas vezes inadequados, destinados aestas salasno ambiente escolar e, ainda, a poucaatenção dada pelos órgãos públicos de governo no município, à educação especial inclusiva.Desta forma, para que o conceito inclusivo se efetive em vias de fato nas escolas da rede municipal de ensino na cidade de Sorocaba, consideramos necessário o desenvolvimento de ações assertivas do poder público local, como,também,a atenção dos gestores em educação especial quanto aos aspectos que envolvem a formação continuada dos professores e a estrutura física e organização das Salas de Recursos Multifuncionais, principalmente no que se refere àinstalação destas salas dentro do espaço escolar, bem como os materiais e recursos de acessibilidade adquiridos para uso dos alunos e professores, pois compreende-se, neste município, a Sala de Recurso Multifuncionalcomo espaço de exercício da inclusão escolar.
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 15REFERÊNCIASALBERNAZ JÚNIOR, V. H.; FERREIRA, P. R. V. Convenção sobre os direitos da criança. In:SÃO PAULO (Estado). Procuradoria Geral do Estado. Grupo de Trabalho de Direitos Humanos. Direitos Humanos: Construção da liberdade e da igualdade.São Paulo: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado, 1998. Disponível em: http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/direitos/humanos.htm. Acesso em: 07 mar. 2020.BRAGA, G.; PRADO, R.; CRUZ, O. O atendimento educacional especializado e a organização da sala de recursos multifuncionais: que, território é esse?RevistAleph,ano XV, n. 30, jul. 2018. DOI: 10.22409/revistaleph.v0i30.39254. Disponível em:https://periodicos.uff.br/revistaleph/article/view/39254. Acesso em 22 maio2020.BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. Brasília: Senado Federal, 2016. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 27 mar. 2020. BRASIL. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto. da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.Acesso em: 30 mar. 2020BRASIL.Ministério da Educação. Portaria Normativa n. 13 de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a criação do Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Brasília, DF: MEC, 2007. Disponível em: http//portal.mec.gov.br/arquivos/pdf. portaria normativa n°-13 de 2007. Acesso em: 11 maio 2020.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008. Brasília, DF: MEC; SEESP, 2008a. Disponível em: http//portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 20 mar. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais da educação especial para o Atendimento Educacional Especializado na educação básica. Brasília, DF: MEC, 2008b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=428-diretrizes-publicacao&Itemid=30192. Acesso em: 02jul.2020.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Diretoria de Políticas de Educação Especial. Documento Orientador do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. Brasília, DF: MEC; SECADI; DPEE, 19 jun. 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11037-doc-
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 16orientador-multifuncionais-pdf&category_slug=junho-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 27 mar. 2020.BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 12.796 de 4 de abril de 2013.Altera a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF: MEC, 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm. Acesso em: 09 fev. 2020.COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (org.). Desenvolvimento psicológico e educação:Transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais.2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. v. 3.DECLARAÇÃO de Salamanca: sobre princípios, políticas e práticas. Salamanca, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 05 fev. 2020.KUHNEN, R. T. A concepção de deficiência na política de educação especial Brasileira (1973-2016). Revista Brasileira de Educação Especial,Marília, v. 23, n. 03, jul./set. 2017. DOI: 10.1590/1413-65382317000300002. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413-65382017000300329&lng=en&nrm=iso/&tlng=en. Acesso em: 11 mar. 2020.MARTINI, L. R. B. Educação inclusiva:Oque dizem os professores: um estudo sobre a concepção de educação inclusiva por professores da rede municipal de Sorocaba. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade de Sorocaba, Sorocaba, SP, 2004.MELO, A. M.; PUPO, D. T.A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: Livro Acessível e Informática Acessível. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. v. 8. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar)SOROCABA. Lei n. 11.133, de 25 de junho de 2015.Aprova o Plano Municipal de Educação -PME do município de Sorocaba. Sorocaba, SP, 2015. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/sp/s/sorocaba/lei-ordinaria/2015/1114/11133/lei-ordinaria-n-11133-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao-pme-do-municipio-de-sorocaba. Acesso em: 05 fev. 2020.SOROCABA. Lei Orgânica do Município de Sorocaba.Leis Municipais. Sorocaba, SP, 2016. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/lei-organica-Sorocaba. Acesso em: 28 jul. 2020.SOROCABA. PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Atendimento Educacional Especializado. Sorocaba, SP: Centro de Referência em Educação, 2008.SOROCABA. PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Atendimento Educacional Especializado. Sorocaba, SP: Centro de Referência em Educação, 2010.
image/svg+xmlO atendimento educacional especializado e as salas de recursos multifuncionais: Um olhar para o município de SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 17SOROCABA. PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Projeto Implantação das Salas de Recursos Multifuncionais. Sorocaba, SP: Centro de Referência em Educação, [2012?].SOROCABA. PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Instrução Normativa SEDU/GS N. 14/2019. Estabelece diretrizes para o funcionamento das classes/ salas de recursos multifuncionais e classes hospitalares para realização do Atendimento Educacional Especializado AEE e dá outras providências. Sorocaba, SP: Centro de Referência em Educação, 2019.SOROCABA. PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Secretaria da Educação. Quem somos. Sorocaba, SP, [2020?]. Disponível em: http://www.selosocial.com/participante/1863. Acesso em: 16 jul. 20.UNESCO.Declaração Mundial sobre Educação para Todos -Jomtien 1990. WCEFA Nova Iorque, abril de 1990. Aprovada pela Conferência Mundial sobre Educação para Todos Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem. Jomtien, Tailândia 1990.Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Direito-a-Educa%C3%A7%C3%A3o/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos.html. Acesso em: 06 mar. 2020.UNICEF Brasil. Convenção sobre os Direitos da Criança:Instrumento de direitos humanos mais aceito na históriauniversal. Brasília, DF, 1990. Disponível em: https://www.unicef.org.brazil.convenção-sobre-os-direitos-a-criança#:~:text=Os%20Estados%20Partes%20reconhecem%20o,%2C%20espiritual%2C%20moral%20ou%20social. Acesso em: 15 jul. 2020.
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉeWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 18Sobre os autoresMariane Grando FERREIRAMestre em Educação pela Universidade de Sorocaba.Alexandre Shigunov NETOProfessor Titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba.Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 1THE SPECIALIZED EDUCATIONAL SERVICE AND MULTIFUNCTIONAL RESOURCE ROOMS: A LOOK AT THE MUNICIPALITY OF SOROCABAO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E AS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS: UM OLHAR PARA O MUNICÍPIO DE SOROCABALA ATENCIÓN EDUCACIONAL ESPECIALIZADA Y LAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONALES: UNA MIRADA AL MUNICIPIO DE SOROCABALucimeire Prestes de Oliveira TOMÉUniversity of Sorocabae-mail: lucimeire.tome@gmail.comWilson SANDANOUniversity of Sorocabae-mail: wilsonsandano@uol.com.brHow to reference this articleTOMÉ, L. P. de O.; SANDANO, W.The specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of Sorocaba.Revista Hipótese, Bauru, v. 8, e022013. e-ISSN: 2446-7154. DOI: https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399Submitted: 09/02/2022Revisions required: 16/04/2022Approved: 19/06/2022Published: 18/11/2022
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 2ABSTRACT:This article demand, from a bibliographic, documentary and field research, to analyze the implementation and functioning of the Specialized Educational Service and Multifunctional Resource Rooms, in the period from 2010 to 2021, in the municipal schools of Sorocaba, regarding the services provided to students with disabilities, disorders and giftedness.It concludesthat the services have met the population, but that there is a need for assertive actions by the local government.KEYWORDS:Multifunctional Resource Rooms. Municipal Schools of Sorocaba. Special Education.RESUMO:Este artigo procura, a partir de uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo, analisar a implementação e o funcionamento do Atendimento Educacional Especializado e Salas de Recursos Multifuncionais, no período de 2010 a 2021, nas escolas da rede municipal de ensino de Sorocaba, no que se refere aos serviços prestados aos alunos com deficiência, transtorno e superdotação. Conclui-se que os serviços têm atendido a população, mas que há necessidade de ações assertivasdo poder público local.PALAVRAS-CHAVE:Salas de Recursos Multifuncionais. Rede Municipal de Ensino de Sorocaba. Educação Especial.RESUMEN:Este artículo busca, de uma investigacion bibliografica, documental y de campo, analizar, laimplantación y funcionamiento de la Atención Educacional Especializada y las Salas de Recursos Multifuncionales,en el periodo de 2010 a 2021, en las escuelas de la red municipal de enseñanza de Sorocaba, en lo que corresponde a los servicios prestados a los alumnos con deficiencia, trastorno y superdotación.Se concluye que los servicios han servido a la población, pero que hace falta acciones asertivas por parte del gobierno local.PALABRAS-CLAVE:Salas de Recursos Multifuncionales. Red Municipal de Enseñanza de Sorocaba. Educación Especial.IntroductionInclusive education is a right guaranteed by the Federal Constitution (BRAZIL, 1988) for all students with special needs. Among the existing actions for this inclusion to be effective, we want to highlight the offer of Specialized Educational Care (AEE)1and the implementation of multifunctional resource rooms (SRM).2As the Sorocaba Municipal Education Network has a policy of serving students with special needs, with the implementation of specialized educational care and multifunctional resource rooms since 2010, this article analyzes this implementation until 2021. 1In the text, in some direct quotes, is utilizaof the the acronym AEE to refer to specialized educational care.2In the text, in some direct quotes, it's Usesof the the acronym SRM for refer multifunctional resource rooms.
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 3It is a bibliographic, documentary and field research. In field research, we tried to observe the functioningof these services.In this article, initially, we intend to give an overview of inclusive education; then we take a general examination on the Multifunctional Resource Rooms and, finally, in the schools of the municipal school system of Sorocaba.Similarly, we seek to understand the specificities of its Multifunctional Resource Rooms, as well as its functioning and the main challenges encountered in the effective realization of this service provided to students, since it is the Multifunctional Resource Room, considered as the place of inclusive practices within schools.Inclusive Special EducationSpecial education is a modality of school education offered to students with special needs, preferably in the regular school system. In the field of special education policies, until the early 2000s, we had as a proposal for gradual and continuous integration, under a systemic approach, in which special education was part of the educational system, based on the normalization of the lives of students with special educational needs.Kuhnen (2017) points out that the integrationist proposal was gradually replaced by the inclusive proposal. Brazil made the choice for an inclusive educational system from the approval of the National Guidelines for Special Education in Basic Education in 2001 (BRAZIL, 2001), applying the provisions of the World Declaration on Education for All (UNESCO, 1990), in line with the postulates produced in Salamanca (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). Inclusion includes the recognition and appreciation of diversity as a Human Right, which places its objectives as priorities at all levels. The Convention on the Rights of the Child was adopted by the General Assembly of the United Nations (UN) on November 20, 1989 (ALBERNAZ JÚNIOR; FERREIRA, 1998). It entered into force on September 2, 1990, being the most accepted human rights instrument in universal history and ratified by 196 countries. Only the United States has not ratified the Convention. Brazil ratified the Convention on the Rights of the Child on September 24, 1990 (ALBERNAZ JÚNIOR; FERREIRA, 1998). The Convention on the Rights of the Child contributed to the emergence of the Statute of the Child and Adolescents -ECA (BRAZIL, 1990).
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 4The World Declaration on Education for All (UNESCO, 1990), at the Jomtien Conference, which took place in Thailand from 5 to 9 March 1990, in article 3 proclaims: "Universalize access to education and promote equity" and paragraphs 1 and 5 provides for special education(UNESCO, 1990).The Salamanca Declaration (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994) is a United Nations resolution dealing with principles, policy andpractices in special education. It is considered worldwide one of the most important documents aimed at social inclusion. The Convention on the Rights of the Child (UNICEF Brazil, 1990), the World Declaration on Education for All (UNESCO, 1990) and the Salamanca Declaration (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994) are collaborative documents in the emergence of the inclusive concept.Since 2003, a special education policy has been consolidated throughout the country from an inclusive perspective and also a conception of disability related to the right to difference.The concept of inclusive schools supposes a more radical way of understanding the educational response to the diversity of students and is fundamentally based on the defense of their rights to integration and on the need to promote a profound reform of schools, which makes possible a quality education for all of them, without any kind of exclusion (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004, p. 15, our translation).The Law of Guidelines and Bases (LDB), no. 9,394/1996 (BRAZIL, 2013) and current educational policies, have as a principle the inclusion of children in regular education. The inclusion process generates a requirement in the transformation of the school, because it entails the insertion in the regular teaching of students who are part of the group of students assisted by special education from the perspective of inclusive education.Law No. 12,796 of April 4, 2013, amends Law No. 9,394 of December 20, 1996, which establishes the guidelines and bases of national education (LDB), to provide for the training of education professionals and to take other measures, including specialized educational care, students with disabilities, global developmental disorders and high skills or gifted (BRAZIL, 2013). In this context, special education permeates all levels, stages and other modalities of teaching, without replacing them, but complementing and supplementing learning, through the provision of services, resources and strategies for accessibility to the environment and school knowledge.Considering this new concept of special education as inclusive special education, the
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 5policy inthe Perspective of Special Inclusive Education provides for new teaching practices, with the objective of meeting the individual learning needs of each student, contemplating diversity and guaranteeing the right to education for all.With the advances of knowledge and social struggles, aiming to constitute public policies promoting an education for all students, the Ministry of Education/Secretariat of Special Education presented in 2008 the National Policy of Special Education in the Perspective of Inclusive Education (BRAZIL, 2008a). This policy was elaborated according to the norms of regular education, in which each student is given the possibility to learn from their abilities, where knowledge is constructed respecting the differences and specificitiesof each student. Thus, education systems should organize the conditions of access to spaces, pedagogical resources and communication, favoring the promotion of learning and the valorization of differences in order to meet the educational needs of all students.In order to contribute to the practice of this new way of doing school in line with inclusive special education, in the same year the Specialized Educational Service and the Multifunctional Resource Room appear.Specialized Educational Care and Multifunctional Resource RoomsThe Specialized Educational Care should not be confused with school reinforcement and does not even aim to replace the regular teaching of ordinary schools,but aims to complement/supplement the training of students with disabilities, disorders and gifting aiming at their autonomy inside and outside the school, constituting mandatory offer by the education systems, always happening in the counter shift of regular education.Access to Specialized Educational Care is the right of the target public student, and it is up to the school to guide the family and the student about the importance of participation in this care. It is observed that the Specialized Educational Care service is a mandatory offer, but it is not mandatory for families of students with disabilities to use this service.The target audience of Specialized Educational Care are students with physical, intellectual and sensory disabilities (deafness and blindness); Global developmental disorders, as well as autism, Rettsyndrome, childhood psychosis, invasive developmental disorders, and students with high skills/gifted.According to the Operational Guidelines of Special Education (BRAZIL, 2008b), regarding theactions developed by the Specialized Educational Care, there is: support to students who need this type of care, teaching specific languages and codes of communication
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 6and signaling, access to assistive technology, realization of adjustments and production of teaching materials in view of the specific needs of students and curriculum enrichment for students with high skills. The Specialized Educational Service is offered in all stages and modalities of basic education, and must be articulated with the proposal of the common school, extending to the public networks of state and municipal education.It is understood that the effective inclusion of the target public student of specialized educational care in regular education goes far beyond their right to enter and maintain school, and it is necessary to provide conditions for this student, like any other child, to have access to the curriculum and school content.The implementation of the Multifunctional Resource Rooms seeks to ensure the implementation ofspecialized educational care for students with disabilities, disorders and gifted care enrolled in the public education system and, consequently, the access of these students to teaching and learning.On the Multifunctional Resource Rooms, Normative Ordinance No. 13, of April 24, 2007 (BRAZIL, 2007), of the Ministry of Education, informs "to be spaces located in the basic education schools where specialized educationalcare is carried out, organized with furniture, educational and pedagogical materials, accessibility resources and specific equipment for the target of special education, in a shift contrary to schooling" (BRAZIL, 2007, p. 01, our translation).Braga, Prado and Cruz (2018, p. 96, our translation) point out that, when it comes to the Specialized Educational Care service and the specific space of Multifunctional Resource Rooms, it is reflected on "the institution of this territory as a 'specific place' of special education within the regular school." In SEM, the services are offered in a complementary way and/or in a supplementary way.In complementary care, students with disabilities and/or autism spectrum disorder are offered resources that allow to overcome barriers imposed to their learning in the common class.In the supplementary care, for the gifted, the student is provided with curricular enrichment in areas where the student has great interest, ease or skill.The managers of the education systems must define the implementation of the Multifunctional Resource Rooms, the planning of the offer of specialized educational care and the indication of the schools to be contemplated, according to the demands of the network, meeting the following criteria of the Program:The department of education to which the school is linked must have prepared
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 7the Plan of Articulated Actions -PAR, recording the demands of the education system based on the diagnosis of educational reality;The indicated school must be from the public regular school system, according to the MEC/INEP school census (common school);The indicated school must have student enrollment(s) target of special education in common class, registered in the MEC/INEP School Census;The regular school must have blind student(s) enrollment in a common class, registered in the MEC/INEP School Census, to receive specific equipment for specialized educational care to such students;The school must provide physical space for the installation of equipment and furniture and the education system must make available a teacher for the performance ofthe ESA (BRAZIL, 2012, p. 10, our translation).The professional, to work in the Multifunctional Resource Rooms, must be a qualified teacher in the task of teaching students with disabilities, disorder and gifted, having graduation, graduate or continuing education in special education.About the resources of Assistive Technology (TA), Melo and Pupo (2010) highlight that, in the Multifunctional Resource Rooms, students work with several resources that have the potential to improve performance in the teaching and learning process. These resources areallocated in the Multifunctional Resource Rooms and in school libraries as support for Specialized Educational Care.According to the recommendations of the Brazilian Standard 15599, "the collection of libraries mustcontain didactic and playful material; educational programs with accessibility resources; sound recordings corresponding to the program under study; support resources in Brazilian Sign Language (LIBRAS), such as VHS tapes, interactive CDs, DVDs, illustrated dictionaries and others" (MELO; PUPO, 2010, p. 16, our translation).The Multifunctional Resource Rooms are divided into two groups according to the configuration of the equipment available therein and are organized as follows: Multifunctional Resource Room type I and Multifunctional Resource Room type II.The Type I Multifunctional Resource Rooms have a basic structure capable of meeting any disability and the Type II Multifunctional Resource Rooms are the resources of the Type I room, plus other specific resources for the care of students with blindness. It is a fact that schools experience times of change and challenges. Increasingly, there is an increase in the percentage of students with disabilities, global developmental disorders and high skills enrolled in the common class and itis in this context that programsatthe national, state and municipal levels have been developing their actions for the exercise of an inclusive special education.
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 8The Multifunctional Resource Rooms of the Municipal Education Network in the Municipality of SorocabaIn 2020, the municipality of Sorocaba had about 55,553 students enrolled in daycare, early childhood education, elementary school I and II, high school and Youth and Adult Education (EJA) (SOROCABA, [2020?]).3The Municipality of Sorocaba, to serve its education network, has a Department of Education, which has the following organization chart: Secretary of Education; Special Advisory; Technical-Pedagogical Support Division; Special Education Division; Basic Education Division; Division of Administration and Finance and Logistic support division. The organization chart of the Special Education Division of the Municipality of Sorocaba is composed as follows: Area Board; Educational Development Manager; Special Education Division and Multidisciplinary Support Section. The Multidisciplinary Support Section composes amultidisciplinary teamwith 04 Psychologists; 03 Social Workers, 01 OccupationalTherapist; and 03 Speech therapists. Goal 4 of Municipal Law No. 11,133/2015 is specific to inclusive special education:SMEs -Universal, for the population with disabilities, global development disorders and high skills or gifted of the municipality, access to all levels and modalities of Basic Education, Higher Education and ensure specialized educational care, in the regular education system, according to the responsibility of each system (SOROCABA, 2015, our translation4).With regard to Inclusive Special Education and Specialized Educational Care, the Organic Law of the Municipality of Sorocaba, as amendedby Amendment No. 48 of December 15, 2016, in item II of Article 140, provides that the municipality will maintain "specialized educational care for people with physical and mental disabilities" (SOROCABA, 2016, p. 50, our translation). Thus, the municipality of Sorocaba seeks to ensure the implementation of inclusiveeducation in schools in the municipal network. Another current and prominent document for the implementation of inclusive special education in the municipality is the NORMATIVE Instruction SEDU/GS N° 14/2019 (SOROCABA, 2019), which establishes guidelines for the functioning of classes/Rooms of Multifunctional Resources and hospital classes for the performance of specialized educational 3The municipality of Sorocaba is 87 km from the capital of São Paulo and had, by 2020, an estimated population of 687,357 inhabitants according to data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) in 2020. Available in: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sorocaba/panorama. Access on: 05 Feb.2020.4Available in: https:// leismunicipais.com.br/a/sp/s/sorocaba/lei-ordinaria/2015/1114/11133/lei-ordinaria-n-11133-2015-approve-o-plano-municipal-de-educacao-pme-do-municipio-de-sorocaba. Access: 05 Feb. 2020.
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 9care. The hospital class promotes the continuity of the educational process to students who are away from school and who are under health treatment in hospital units.And on the allocation of Multifunctional Resource Rooms, Art. 7 of Normative Instruction SEDU/GS No. 14/2019, establishes that "each Multifunctional Resource Room and hospital class of the municipal school system will be assigned to a PEB I teacher, effective of the municipal public board of Sorocaba." (SOROCABA, 2019, p. 03, our translation).Art. 3 of this Normative Instruction provides that "students from the municipal education network of Sorocaba whoreceive Specialized Educational Care in the Multifunctional Resource Rooms will have double enrollment for the purpose of the distribution of FUNDEB resources" (SOROCABA, 2019, p. 02, our translation) and, in its Single Paragraph, that "double enrollment implies the calculation of the student both in regular education, as well as specialized educational care" (SOROCABA, 2019, p. 02, our translation). In 2010, the implementation process of the Multifunctional Resource Rooms in Sorocaba, from the Inclusive Education Program: Right to Diversity, of the Secretariat of Special Education of the Ministry of Education, began.That year, ten schools ofthe municipal school system of this municipality were contemplated by MEC to offer this type of service:E.M. Prof. Benedito José Nunes;E.M. Edward Frufru Marciano da Silva;E.M. Hélio Rosa Baldy;E.M. Prof.ª Lea Edy Alonso Saliba;E.M. Luiz Almeida Marins;E.M. Prof.ª Maria de Lourdes Ayres de Moraes;E.M. Matheus Maylasky;E.M. Prof. Oswaldo de Oliveira;E.M. Tereza Ciambelli Gianini;E.M. Prof.ª Zilah Dias de Mello Scherepel (SOROCABA,2010).In 2010, 2011 and 2012, the advisory program ofthe Paradigm Institute was provided with educational actions with students with disabilities, disorders and gifted, 2011 and 2012, which did so through two specialists in special education. After this date, the training and management of the work were under the care of the managers and the multidisciplinary team of the Reference Center in Education-CRE.55The CRE is a place where there is a group of professionals, including pedagogues, psychologists, speech therapists, physiotherapists, occupational therapists and social workers who work in partnership with educators (teachers, principals, coordinators and supervisors). The main objective of the Reference Center is to ensure quality education for all, focusing on the learningprocess through multidisciplinary advice to educational spaces (SOROCABA, 2008).
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 10In relation to the objectives of the Multifunctional Resource Rooms of the municipality of Sorocaba, the following stand out:Enable the production of knowledge and preserve its condition as a complement to regular education;Seek and study alternatives that contribute to eliminate learning barriers;Organize practical school issues that promote the development and reception of students;Encourage to express themselves, research, invent hypotheses and reinvent knowledge;Guide families in issues related to the special needs of their children, assuming an active attitude,Enable the student to build knowledge for himself, in order to achieve academic knowledge,Adapt instructional resources: pedagogical materials, team and curriculum,Identify, evaluate and refer students with special needs,Make pedagogical action more flexible in the different areas of knowledge in a way that is appropriate to special learning needs,Consider the peculiarities of each student (SOROCABA, 2010, our translation).In the space of the Multifunctional Resource Room, specialized educational care is performed for students who present throughout their learning some special, temporary or permanenteducational need linked to disability and/or disorder.At the beginning of the implementation of the Multifunctional Resource Rooms in the municipality of Sorocaba in 2010, students with attention deficit/hyperactivity disorder (TDAH) and dyslexia were also treated. Attendance in resource rooms in municipal schools was provided to a wide audience, not only for students with disabilities.For those who did not have a report of disability, disorder or gifted, registrations were not generated in the Multifunctional Resource Rooms, only care for six months by the specialist professor in special education responsible for the Multifunctional Resource Rooms until a medical report was completed. If the student did not obtain the report, the attendance was interrupted and the vacancy made available to another student. This form of work occurred in municipal schools in the first three years after the implementation of the services, that is, between 2010 and 2012.Currently in the Multifunctional Resource Rooms of the municipality, according to the information provided by managers in 2020, it no longer happens this way due to the increased demand for enrollment of students with medical report of disability, disorder and gifted, target audience of the Multifunctional Resource Rooms. Thus, the audience assisted in these rooms is composed of people with cerebral palsy, autism, Rett syndrome, physical, hearing, mental and visual impairment, deaf blindness and high skills/giftedness.
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 11On the criteria that involve the enrollment of students, the Multifunctional Resource Rooms Implementation Project that aims at your organization, provides that will be enrolled:Preferably students with physical disabilities, mental disabilities, deafness, blindness, low vision, deaf blindness, global developmental disorders, high skills and giftedness, and may extend to dyslexic students and TDAH, if there is a demand for vacancies and following the criteria:1-Initially, attendance to students regularly enrolled inthe municipal network attending Elementary School I, and can be expanded to Elementary II, Early Childhood Education, High School and EJA, according to availability of vacancies.2-For students who have medical report:-Copy of the medical report attesting to the student's disability;-Referral form containing favorable opinion of the student's enrollment in the AEE room, justification of the opinion andsignature of professionals/guardians of the 3 segments involved: educational unit, CRE professionals and responsible for the student.3-For students who do not have a medical report:-Referral form containing favorable opinion of the student's enrollment in the AEE room, justification of the opinion and signature of professionals / guardians of the 3 segments involved: educational unit, CRE professionals and responsible for the student.-Copy of the evaluation report, specific for the identification of dyslexia, carried out by a multidisciplinary team (psychologist, clinical psychopedagogist and speech therapist) of a partner institution in line with preliminary opinion of CRE specialists.-Copy of the evaluation report for the identification of TDAH (SOROCABA [2012?], our translation).In this document, it is emphasized that the vacancies will be offered in the first place to those who are attending the final grades of elementary school I. It is observed that even being a constitutional right of all children in Brazil to be included in the common school, when there are no vacancies available in the Multifunctional Resource Rooms for the provision of Specialized Educational Care, early childhood, elementary ii and high school students are devoid of these cares and without the guarantee of the right to inclusion.About the operation of the Multifunctional Resource Rooms, the document Specialized Educational Service (2010) informs that the visits must occur on a complementary or supplementary level, at a time different from that in which the students attend the common class.According to Resolution CNE/CEB n.4/2009, art.12, "to act in specialized educational care, the teacher must have initial training that enables him to practice teaching and continuing education in special education" (BRAZIL, 2012, p.08, our translation).In compliance with this legislation, the Municipal Department of Education of Sorocaba makes the following requirement:
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 12Teacher training, according to their specific area, should develop knowledge about: Augmentatives and Alternative Communication (CAA), Braille System, Guidance and Mobility, Soroban, Brazilian Sign Language Teaching (Libras), Portuguese Language Teaching for the Deaf, Activities of Daily Living, Cognitive Activities, Deepening and Curricular Enrichment, Early Stimulation, among others. (SOROCABA, 2010, our translation).Regarding this requirement, we observed a worrying situation in the Multifunctional Resource Rooms of the municipal school system in the municipality of Sorocaba, because when referring to the area of activity of the teacher, we noticed that the educational action of the teacher is offered to students with various disabilities, disorders andspecificities involved, assuming that the teacher responsible for the Multifunctional Resource Rooms has extensive knowledge about all disabilities and disorders, well with the various characteristics and needs presented by the target audience students of these rooms. About the various functions and the different knowledge of the teacher who works in inclusive special education, Martini (2004) mentions that a professional specialist in a particular area prepares to work in that specific area and the teacher, fromthe implementation of inclusion everywhere, need to specialize in all areas, as well as seek knowledge about all disabilities and their particularities. In the municipality of Sorocaba, the teacher of the Multifunctional Resources Room, when working in municipal education, must be multifunctional, that is, have multiple knowledge, because in this room receives students with disabilities and various disorders.The teacher of this room develops his action plan, aiming at partnership with the other professionals of the regular school, family members of the student and, if necessary, with professionals from the clinical area, and should be in constant training and be assisted, whenever possible, by the managers of special education who are in the Reference Center in Education (CRE) of the municipality.For the monitoring and the value of the results, the professor of the Multifunctional Resource Rooms uses forms of registration in which information referring to the care plan should be included, as well as the development and performance of the student.Regarding the results obtained, in view of the objectives of the Specialized Educational Care plan, the teachers in the classroom, the CRE and the Multifunctional Resource Room evaluate whether the services and resources of the service promote the participation and development of the studentand, if there is a need to restructure the plan, other resources are implemented and new partnerships are established.
image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 13In the municipal education network of Sorocaba, in addition to the specialist teachers in inclusive special education working in the Multifunctional Resource Rooms, there are interns who accompany the student with disabilities, disorder and gifting in theclassroom, hired by the Center for Enterprise Integration -School (CIEE), called special needs intern (NE) and also, the caregivers, who are professionals hired by the city by a third-party company, to provide support tothese students inserted in the regular school system.Thus, we highlight the possibility of supporting educators and family members in the exercise of the teaching function, based on the understanding of multidisciplinary work and collaborative work performed among teachers of the common classes and multifunctional resource rooms.In 2020, Sorocaba has 46 Multifunctional Resource Rooms and, thus, from the implementation of these rooms, the municipality continues in the search to effect and propagate in the best possible way in the schoolenvironment, the practice of inclusive special education.Final considerationsThe concept of inclusive schools supposes a relentless way of offering an educational response to the diversity of students and is fundamentally based on the defense of the right to equality and equity, aiming for a quality education for all, without exclusion.In Brazil, and in particular in the municipality of Sorocaba, the integrationist proposal was gradually replaced by the inclusive proposal. The Specialized Educational Care in the Multifunctional Resource Rooms, seeks to guarantee the target student of special education, not only enrollment in regular education, but participation and access to the curriculum favoring its development according to its specificities for school learning to happen.In the space of the Multifunctional Resource Rooms, specialized educational assistance is performed to students who present, throughout their learning, some special, temporary or permanenteducational need linked to disability,disorder or high skills.Inclusion breaks with the paradigms that underpin the conservatism of schools, questions the setting of ideal models, the normalization of specific profiles of students and the selection of elected to attend schools. With inclusion, the school becomes everyone's and for all respecting the singularities and learning processes in the relationship with the other.Since special education is a teaching modality that complements and supplements the learning needs of students with disabilities, disorders and gifted, functioning as support for these students included in the regular education system, it is understood that the practice of
image/svg+xmlLucimeire Prestes de Oliveira TOMÉandWilson SANDANORev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 14Specialized Educational Care in Multifunctional Resource Rooms reverberates for inclusion to take place in the school environment.The merit of inclusive schools is not necessarily to offer the highest quality education to all children, but to change discriminatory attitudes, create welcoming communities and develop an inclusive society.Thus, through studieson the implementation and operation of specialized educational care in multifunctional resource rooms, it is verified the importance of the figure of the teacher, as well as his training, his knowledge and his educational actions. There are also issues related to spaces, often inadequate, destined to these classrooms in the school environmentand, also, the little attention given by public government agencies in the municipality, to inclusive special education.Thus, in order for the inclusive concept to be effectively effected in the schools of the municipal school system in the city of Sorocaba, we consider it necessary to develop assertive actions of the local government, as well as the attention of managers in special education regarding aspects involving the continued training of teachers and the physical structure and organization of the Multifunctional Resource Rooms, especially with regard to the installation of these rooms within the school space, as well as the materials and accessibility resourcesacquired for the use of students and teachers, because this municipality comprises the Multifunctional Resource Room as a space for the exercise of school inclusion.REFERENCESALBERNAZ JÚNIOR, V. H.; FERREIRA, P. R. V. Convenção sobre os direitos da criança. In:SÃO PAULO (Estado). Procuradoria Geral do Estado. Grupo de Trabalho de Direitos Humanos. Direitos Humanos: Construção da liberdade e da igualdade.São Paulo: Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado, 1998. Available: http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/direitos/humanos.htm. Access: 07 Mar. 2020.BRAGA, G.; PRADO, R.; CRUZ, O. O atendimento educacional especializado e a organização da sala de recursos multifuncionais: que, território é esse? RevistAleph,ano XV, n. 30, jul. 2018. DOI: 10.22409/revistaleph.v0i30.39254. Available:https://periodicos.uff.br/revistaleph/article/view/39254. Access22 May2020.BRAZIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionaisde Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. Brasília: Senado Federal, 2016. Available: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Access: 27 Mar. 2020.
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image/svg+xmlThe specialized educational service and multifunctional resource rooms: Alook at the municipality of SorocabaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, e022013, 2021.e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID399| 17About the authorsMariane Grando FERREIRAMaster in Education from the University of Sorocaba.Alexandre Shigunov NETOFull Professor of the Post-Graduate Program in Education of the University of Sorocaba.Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.Correction, formatting, normalization, and translation.