image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 1FERRAMENTAS DIGITAIS DE MIXAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MUSICAISHERRAMIENTAS DE MEZCLA DIGITAL EN EL DESARROLLO DE HABILIDADES MUSICALESDIGITAL MIXING TOOLS IN THE DEVELOPMENT OF MUSICAL SKILLSGlauber Lúcio Alves SANTIAGOUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar)e-mail: glauber@ufscar.brCaroline Torkomian JOAQUIMUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar)e-mail: carolinetork@gmail.comComo referenciar este artigoSANTIAGO, G. L. A.; JOAQUIM, C. T. Ferramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicais. Revista Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154. DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413Submetido em: 10/03/2022Revisões requeridas em: 05/05/2022Aprovado em: 01/07/2022Publicado em: 01/12/2022
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 2RESUMO: O artigo apresenta um software, sendoa estação de trabalho de áudio digital Cakewalk by BandLab, e o site Cambridge Music Technology (sessão: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library) como ferramentas com alto potencial educacional por serem de uso gratuito e com qualidade profissional, em termos do processo comercial de produção musical. Ao final, é apresentada uma listagem de habilidades musicais baseada em literatura e sugestões de quais delas podem ser aprimoradas no estudante durante a atividade prática da mixagem de fonogramas.PALAVRAS-CHAVE: Mixagem. Habilidades musicais. Produção musical. RESUMEN: El artículo presenta un software, que es la estación de trabajo de audio digital Cakewalk by BandLab y el sitio web Cambridge Music Technology (sección: La Biblioteca de Descarga Multipista Gratuita 'Mixing Secrets') como herramientas con alto potencial educativo por ser de uso gratuito y con calidad profesional, en cuanto al proceso comercial de producción musical. Por fin, se presenta una lista de habilidades musicales basadas en la literatura y sugerencias de cuáles pueden ser mejoradas por el alumno durante la actividad práctica de mezclar fonogramas.PALABRAS CLAVE: Mezcla. Habilidades musicales. Producción musical. ABSTRACT: The article presents a software, which is the digital audio workstation Cakewalk by BandLab and the website Cambridge Music Technology (section: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library) as tools with high potential educational forfree useand with professional quality, in terms of the commercial process of music production. In the end, a list of musical skills based on literature is presented, and suggestions of which the student can improve during the practical activity of mixing phonograms.KEYWORDS: Mixing. Musical skills. Musical production.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 3IntroduçãoA aprendizagem musical sempre foi influenciada pelos processos de produção musical e pelos recursos tecnológicos. Assim, por exemplo, enquanto um músico realiza suas performancesele também aprende; ou, por meio de seus recursos tecnológicos (instrumento, partitura, dispositivo de gravação/reprodução, etc.) desenvolve suas habilidades musicais. Neste contexto, o artigo parte da premissa que o processo de mixagem, como componente do processo de produção musical de fonogramas1, permite a exploração de diversas habilidades musicais, possibilitando ao aprendiz de música um interessante campo a explorar e ao docente de música uma nova ferramenta didática. O objetivo final deste artigo é indicar um rol de habilidades/conhecimentos musicais que podem ser praticados e desenvolvidos por meio de um processo de mixagem. O artigo está estruturado da seguinte forma: apresentação de um softwarede produção musical, o qual é aestação de trabalho de áudio digital (DAW2) Cakewalk by BandLabe do siteCambridge Music Technology(na sessão: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library3) como ferramentas com alto potencial educacional por serem de uso gratuito e com qualidade profissional,em termos do processo comercial de produção musical. Em seguida, utilizando-se deste sitee do software, o texto apresenta uma descrição do processo de mixagem. Então é apresentada uma listagem de habilidades musicais baseada em literaturae por fim, são dadas sugestões de quais delas podem ser aprimoradas no estudante durante a atividade prática da mixagem de fonogramas. Porém, antes de tudo, apresentaremosuma breve contextualização sobre os recursos tecnológicos musicais e sobre outras pesquisas que têm sido realizadas utilizando o acervo fonográfico aberto do siteCambridge Music Technology, como segue.Conforme Owsinski (2010, p. 3, tradução nossa), [...] embora a gravação musical remonte a 1857, ela não se tornou um negócio comercial antes de 1900”. A partir do início do século XX, a indústria fonográfica tonou-se madura e centralizada por grandes empresas. Porém, segundo Nakano (2010), o desenvolvimento tecnológico proporcionou, notadamente desde os anos de 1950, transformações aparentes da produção musical. Se, em determinado momento, tinha-se a centralização da produção fonográfica por grandes empresas com pequena 1Fonograma é o termo técnico para uma obra musical registrada em áudio, em qualquer formato ou mídia. 2No inglês Digital Audio Workstation. São softwares que permitem a manipulação de áudios multipistas, entre outras funcionalidades. Alguns exemplos são:Avid Protools, Logic Pro, Garageband, Steinberg Cubase, Cockos Reaper e o Cakewalk by BandLab.3Disponível em: https://www.cambridge-mt.com/ms/mtk/. Acesso em: 12 ago. 2022.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 4diversidade de produtos, no decorrer de décadas pode-se constatar uma infinidade de produções diversas e descentralizadas.Segundo Lima (2012, p. 197) [...] as formas de produzir, difundir e escutar música vêm passando por transformações significativas na contemporaneidade devido às mudanças propiciadas pela digitalização da cadeia musical”. Desconsiderar o acesso a tais recursos de produção musical tecnológico no ensino de música é limitar a aprendizagem e não integrar e interagir com o contexto atual. Dada àimportância de integrar a tecnologia, especialmente as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), e vivendo em um mundo de crescente procura por novas tecnologias digitais, por meio de computadores, notebooks, tablets e celulares, a demanda por tais recursos no fazer e no ensino musical é crescente. Atualmente, o avanço de pesquisas sobre as tecnologias digitais tem sido tema de vários estudos, proporcionado novas formas de aprender e ensinar música em diversos contextos acadêmicos e sociais (CERNEV; MALAGUTTI, 2016). Com a maior presença de computadores e dispositivos de baixo custo, além da facilidade na utilização de programas com interface visual ou programação intuitiva, novas ferramentas educacionais se tornam possíveis (MENESES; NOVO, 2015). Como consequência, a interação entre música e recursos tecnológicos pode expandir o aprendizado e o universo de possibilidades musicais.Para Cunha e Martins (1998) as ferramentas computacionais podem auxiliar no desenvolvimento da percepção auditiva, organização sonora e outrasáreas do conhecimento musical. Assim colocam: Esse novo ambiente, composto pelo indivíduo que atua através de diversas ferramentas utilizando-se de uma linguagem musical multifacetada, gera novos padrões estéticos e sonoros. Assim sendo, o enfoque educacional tem que levar em consideração todos os elementos que compõem esse cenário, a fim de propiciar ambientes de aprendizagem que levem o indivíduo a agir, a refletir e a expressar suas ideias na sociedade atual (CUNHA; MARTINS, 1998, p. 3).O presente artigo visouenfocar na biblioteca de fonogramas abertos intitulada 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library. O interessante desta biblioteca é que ela permite a realização de um sem-número de pesquisas envolvendo múltiplas áreas. A seguir são apresentadas algumas destas pesquisas publicadas em artigos científicos, com o intuito de mostrar que o siteapresenta um conteúdo bastante rico para o pesquisador musical, embora não seja conteúdo relacionado com aspectos educacionais.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 5a) Variações em mixagens multipista: análise de características de baixo sinal de áudio4. O artigo (WILSON; FAZENDA, 2016) analisa 1501 mixagens, em 10 músicas diferentes, criadas por engenheiros de mixagem.O intuito final é entender os processos de mixagem parapromover o desenvolvimento de ferramentas de produção musical inteligentes, capazes de gerar mixagens que seriam realisticamente semelhantes às criadas por um engenheiro de mixagem, ou mesmo otimizartais processos. B) Avaliação do conjunto de dados em mixagem5. O artigo (DE MAN; REISS, 2017) apresenta um conjunto de dados que consiste em mixagens reunidas em um contexto da realidade (por engenheiros experientes, em seu ambiente preferido e usando ferramentas profissionais), e sua avaliação perceptual, que pode ser usada para expandir o conhecimento sobre o processo de mixagem.C) Recomendação de cadeia de processamento de áudio6. O artigo (STASIS et al., 2017) fornece uma análise das maneiras pelas quais os engenheiros de áudio aplicam cadeias de processamento completas ao áudio musical. d) Avaliação perceptual de práticas de mixagem de música7. O artigo apresenta “[...] um experimento em que variadasmixagens de diferentes canções, obtidas com um conjunto representativo de ferramentas de engenharia de áudio, são avaliadas por pessoas experientes da área”(DE MAN et al., 2015, p. 1, tradução nossa).Estes 4 artigos listados ilustram bem os tipos de pesquisas que têm sido realizadas com repositórios de mixageme vemos, com isso, a escassez de pesquisas relacionadas com a questão educacional. Ou seja, é interessante que uma grande biblioteca que se presta ao uso educacional seja, também, pesquisada de uma perspectiva educacional. É isso que o presente artigo se propõe a fazer.Produção musical profissional acessível com o Cakewalk by BandLabAté este ponto o artigo apresentou um contexto geral. Agora, irá ter como foco um softwareprofissional para gravação/mixagem que se tornou grátis. Segue a discussão.Conforme traz Souza (2004, p. 1-2)Ciência, Tecnologia e Cultura são bases fundamentais, reconhecidas para o desenvolvimento social atrelado ao desenvolvimento econômico. O 4Título original: Variation in Multitrack Mixes: Analysis of Low-level Audio Signal Features.5Título original: The mix evaluation dataset.6Título original: Audio processing chain recommendation.7Título original: Perceptual Evaluation of Music Mixing Practices.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 6conhecimento possibilita às pessoas discutirem seu papel na efetivação da liberdade, do desenvolvimento social e pessoal. Assim, é fundamental que o acesso a tecnologias, incluindo aquelas relacionadas à produção musical, seja disponibilizado de forma ampla. Neste contexto, em 2018 a empresa BandLabadquiriu a propriedade intelectual da Cakewalk Inc.e realizou o relançamentodo principal softwaredesta empresa, que era o Sonar, renomeando-o, então, como Cakewalk by BandLabe o tornou gratuito, disponibilizadopara o sistema operacional Windows. A BandLab se descreve como plataforma de música social que permite aos criadores fazer música e compartilhar o processo criativo com músicos e fãs. Segundo a empresa, seus softwarescombinam criação de música e ferramentas de colaboração (como DAWmultiplataforma e softwarescom recursos sociais de compartilhamento de vídeo e mensagem). A empresa propõe como missão quebrar barreiras técnicas, geográficas e criativas entre sua comunidade global de criadores e colaboradores, fornecendo esse serviço gratuitamentee até então ilimitada(BANDLAB, 2021).Neste artigo, o uso do software Cakewalk by BandLabtem relevância para o contexto da democratização do conhecimento em relação à produção musical profissional para estudantes de música e às possibilidades educacionais que seu uso pode proporcionar. 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library: Uma porta para a prática de mixagemAtualmente existem alguns sites que distribuem conteúdos multipistas(multitracks) abertos e que são livres para uso educacional8. Um site que se destaca nesta frente é o Cambridge Music Technology9. O siteé destinado principalmente à divulgação de conhecimentos sobre gravação e mixagem oferecidos pelo autor de literatura técnica sobre o tema e engenheiro premiado, Mike Senior (CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY, 2021). O sitepossui diversas seções, todas elas sendomuito interessantes, porém, para o presente artigo, enfocamos em “the huge'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Libraryfor students/teachers”. A seguir é apresentada a descrição da seção, conforme o site:Para apoiar os leitores do meu livro Mixing Secrets For The Small Studio,bem como estudantes/educadores de tecnologia musical em geral, aqui está uma lista de projetos multipistas que podem ser baixados gratuitamente para fins de prática de mixagem. Todos esses projetos são apresentados como arquivos ZIP contendo arquivos WAV não comprimidos (resolução de 24 bits ou 16 8São exemplos de outros sites semelhantes: HomeRecording.com’s Mix This! Forum, Indaba Music, MixOff.org, Multitracks from Telefunken, PureMix e Shaking Through. 9Disponível em: https://cambridge-mt.com/. Acesso em: 10 out. 2022.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 7bits e taxa de amostra de 44,1kHz). Para máxima flexibilidade de mixagem, os contribuintes têm feito todos os esforços para fornecer áudio 'bruto', ou seja, sem efeitos adicionais ou processamento (além dos tratamentos aplicados durante a gravação/edição). Ao importar as faixas, certifique-se de que todos os arquivos comecem exatamente no mesmo momento dentro da linha do tempo de sua DAW. Além dos pacotes multipistas completos, há também muitas versões de excertos editados para downloadrápido (geralmente com o maior refrão da canção) que fornecem pacotes para mixagem em um tamanho adequado ao uso em sala de aula (CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY, 2021, n.p., tradução nossa).Naseção 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Libraryexistem centenas de projetos (peças musicais abertas) disponíveis. Além disso, a seção dá acesso ao fórum10. Este é um fórum no qual milhares de postagens são realizadas com as mixagens finalizadas dos usuários, onde podem ocorrer interações entre eles e troca de conhecimentos.Aspectos gerais sobre a mixagemSegundo Bregitzer(2007), existem seis etapas para a produção fonográfica: p-produção (preproduction), gravação das pistas básicas (basic tracking), edição (Editing), gravação de pistas adicionais (Overdubs), mixagem (Mixdown) e masterização (Mastering). Este artigo focana penúltima etapa sendoa mixagem pura, sem edições ou regravações que ocasionalmente podem ocorrer na etapa de mixagem. De uma forma simplificada podemos indicar que a ideia da mixagem é pegar diversas faixas de áudio separadas/brutas (já, eventualmente, editadas na DAW) de uma gravação multipista e aplicar ajustes de equalização11, compressão da dinâmica12, volume, pan13, ambiência (reverberação14) e outros efeitos, de forma a obter um fonograma finalizado (master) de uma pista única (geralmente estéreo).David Gibson, em seu livro The Art of Mixing(GIBSON, 2019), apresenta diversos elementos que devem ser considerados pelo profissional da mixagem, incluindo: representação visual dos sons, estilos de mixagem, considerações sobre a peça musical, outras pessoas envolvidas no processo, controles de volume, equalizadores, panorâmica, efeitos (reverber, 10Disponível em: https://discussion.cambridge-mt.com/. Acessoeem: 10 out. 2022.11Equalização relaciona-se com modificar a intensidade sonora em apenas uma faixa de frequência específica, por exemplo, deixando o áudio mais agudo, menos agudo, mais grave, menos médio,etc.12A dinâmica se refere à variação de intensidade no áudio. Comprimir a dinâmica significa deixar esta variação menor. Para isso, em geral, utilizam-se processadores como compressores, limiters e expanders.13Pan vem de panning no inglês, que se relaciona com a sensação panorâmica da origem do áudio na mixagem. Por exemplo: “o trompete está mais para a esquerda e o saxofone está mais para a direita neste fonograma”.14A reverberação é o efeito acústico oriundo das várias reflexões de um som em um ambiente. É ele que dá a sensação de ambiência, ou seja, “em que tipo de sala o músico gravou e qual a localização do ouvinte nesta sala”.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 8delay, chorus...), controladores de dinâmica, o processo de mixagem em si, automação e masterização. Estes diversos aspectos já prenunciam algumas habilidades musicais a serem apresentadas ao final deste artigo, principalmente aquelas relacionadas com habilidade aurais. Na proposta de ensino/utilização da mixagem deste artigo deve-se considerar o conceito de mixagem in the box. Ou seja, um processo de mixagem realizado todo no computador. Assim, uma mixagem in the boxdispensa o uso de dispendiosos equipamentos físicos (mesas de som, compressores, efeitos,etc.) o que é recomendável para um processo educacional acessível a mais pessoas15. Savage (2014) indica que, para uma boa mixagem, é importante se ter um conceito ou uma ideia de como a peça deva soar. Estes conceitos podem iniciar com um vocabulário mais informal como “suave”, “quente”, mas depois devem transformar-se em especificações mais técnicas envolvendo equalização, compressão, reverberação,etc. Ele aconselha a se ter outros fonogramas como referência durante a mixagem, e ainda a se utilizar um modelo visual como o exemplificado na Figura 1onde o paralelepípedo exterior representa o espaço imaginado para a performancedo grupo musical e os paralelepípedos internos, a localização dos instrumentos/vozes. Por exemplo, na parte da frente central abaixo, o cubo poderia representar o bumbo da bateria, com um som bem grave, no centro panorâmico e bem próximo ao ouvinte (sem reverberação). Figura 1Metáfora da mixagem tridimensionalFonte: Adaptado de Savage (2014, p. 24)15É importante ressaltar que, atualmente, a mixagem in the box é tida pelos audiófiloscomo de qualidade inferior. Porém, todos os processos que ocorrem em uma mixagem in the box, ou não, são os mesmos.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 9O autor ainda indica que deve ser dada atenção especial ao nível de monitoramento16. Neste aspecto, ele apresenta os seguintes temas: a)Fadiga do ouvido. Embora seja necessário se ouvir a música alto para se atentar aos detalhes, isso causa fadiga mental. Adica que ele dá é “iniciar o dia ouvindo o mais baixo e confortável possível” (SAVAGE, 2014, p. 29, tradução nossa).b)“Tudo soa melhor quando está mais forte!” (SAVAGE, 2014, p. 29, tradução nossa). Esta frase deve ser considerada em seus prós e contras noprocesso de mixagem.c)Variar o nível de escuta. O autor explica alguns fatores psicoacústicos que justificam a necessidade de, durante a mixagem, se utilizar diferentes intensidades sonoras no monitoramento. Para Owsinski (1999, p. 9, tradução nossa) existem seis elementos a serem considerados em uma mixagem: Equilíbrio (a relação entre o nível de volume dos elementos musicais), Faixa de frequências (tendo todas as frequências devidamente representadas), Panorama (colocando um elemento musical no campo sonoro), Dimensão (adicionando ambiência a um elemento musical), Dinâmica (controlando os envelopes de volume de uma faixa ou instrumento) e Interesse (tornando a mixagem especial).Estas informações foram indicadas no presente artigo para que o leitor observe um pouco a complexidade do processo de mixagem,bem como alguns dos conhecimentos necessários para o entendimento total do processo. Para saber aspectos práticos de como se realizar uma mixagem com finalidades de estudo musical basta seguir o conteúdo do parágrafo seguinte.Para que o estudante de música, leigo em mixagem, possa realizar uma mixagem utilizando-se dasgravações multipistas fornecidas pela Cambridge Music Technology e com o softwareCakewalk by BandLab recomendamos acompanhar aexplicação no vídeo Guia completo de mixagem para iniciantes: Abordagem prática in the box(SANTIAGO, 2021), disponibilizado pelo link: https://youtu.be/agQTPO9mCsg. O leitor que não possuiconhecimento prático de mixagem esta incursão é fundamental para se depreender as sugestões para uso educacional ao final deste artigo.16Monitoramento é a audição da gravação no processo de mixagem (e na produção fonográfica em geral). É realizado por meio de caixas de som de alta qualidade chamadas de caixas de monitor. Para aplicações não profissionais é possível a utilização de caixas de som de qualidade inferior ou mesmo de fones de ouvido.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 10Tipos de habilidades/conhecimentos musicaisComo foi falando em outro momento, o objetivo deste artigo é sugerir um rol de habilidades musicais que podem ser desenvolvidas durante uma atividade de mixagem de um fonograma. Porém, antes é importante ter-se uma listagem geral das habilidades musicais. Listar as habilidades necessárias para a atividade musical não é nadasimples. Na verdade,tal listagem sofre influências do contexto social e histórico. Algumas pesquisas buscam tratar da temática como a encontrada no artigo Conceptions of Musical Ability(HALLAM; PRINCE, 2003) onde as autoras indicam que a “Habilidade musical agora é vista por muitos como uma construção social, adquirindo diferentes significados em diferentes culturas, subgrupos nasculturas e aonível individual” (p. 2, tradução nossa).Em outro artigo, uma das autoras, Susan Hallam (2006) indica uma listagem de 24 habilidades, organizadas em 7 categorias, que podem servir de orientação para a proposta do presente artigo.É uma listagembastante interessante e possibilita a exploração deuma grande variedade de habilidades musicais que não são as mais óbvias, como as habilidades de aprendizagem e de vida. Porém, a listagem carece de um detalhamento de alguns aspectos musicais mais diretos. Por isso, adicionalmente, optou-se por consultar os referenciais para o ensino de música para o K-1217americano conforme Joseph (2011) que traz uma listagem de conhecimentos/habilidades bastante prática. Sugestões de habilidades e conhecimentos musicais a serem desenvolvidos em um processo de mixagemConsiderando as habilidades que contribuem para o desenvolvimento musical segundo Hallan, sugerem-se as seguintes possibilidades de uso educacional no processo de mixagem indicada no Quadro 1, que contém na primeira coluna a habilidade/conhecimento, na segunda coluna, a possível correlação com o processo de mixagem (nenhuma, indireta ou direta) e, na terceira coluna, um comentário sobre como se dá esta relação. 17Seria o equivalente à Educação Básica no Brasil, ou seja, ensino fundamental emédio.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 11Quadro 1 Sugestão de correspondência entre as habilidades/conhecimentos em Hallam (2006) e o processo de mixagemHabilidade/conhecimentoCorrelação com o processo de mixagemComentário1. Habilidades auditivas:a) Precisão rítmica e sensação de pulso.DiretaNa mixagem é importante explorar a precisão rítmica,principalmente para a marcação do andamento,importante no caso de ajustes de delays. b) Boa entonação.IndiretaDurante a escuta ativa, natural ao processo de mixagem, a observação da afinação é algo desenvolvido. Assim, é possível que a pessoa se beneficie do aprimoramento da performance, se melhorar a audição. c) Facilidade de saber como àmúsica vai soar antes de tocá-la.DiretaFaz parte do trabalho na mixagem se imaginar a sonoridade final de uma peça. d) Habilidades de improvisação.IndiretaDurante o processo de imersão em uma mixagem, muitas ideias sobre o processo criativo musical podem ser desencadeadas. 2. Habilidades cognitivas:a) Leitura de música.DiretaDurante a utilização da DAWno processo de mixagem, muitas vezes é necessário fazer configurações referentes a elementos da teoria musical. Por exemplo: ajustes na grade por figuras musicais, andamentos, fórmulas de compassos, armaduras de clave.b) Transposição.IndiretaIdem ao anterior.c) Compreensão das tonalidades.IndiretaIdem ao anterior.d) Compreensão da harmonia.IndiretaIdem ao anterior.e) Compreensão da estrutura/forma da música.DiretaNa mixagem, uma das possíveis etapas em uma DAWé a marcação das partes da música, da forma musical, para se realizar uma mixagem mais consciente, considerando sonoridades específicas para cada trecho da peça.f) Memorização da música.DiretaO processo de escuta ativa durante a mixagem é tão intenso que naturalmente ocorre a memorização de muitos elementos musicais.g) Composição.IndiretaDurante o processo de imersão em uma mixagem, muitas ideias sobre o processo criativo musical podem ser desencadeadas. h) Compreensão dos diferentes estilos musicais e seus contextos culturais e históricos.DiretaPara a realização de uma boa mixagem é fundamental a audição e conhecimento de fonogramas em diversos estilos musicais.3. Habilidades técnicas:a) Habilidades específicas do instrumento.IndiretaOuvindo ativamente as execuções durante uma mixagem pode gerar no músico aprendizagem, útil para futuras performances. b) Agilidade técnica.Nenhumac) Articulação.IndiretaAspectos de articulação das notas musicais podem ser alterados por processamentos de efeitos sonoros. Assim, quem mixa acaba refletindo sobre este aspecto da técnica musical. d) Qualidade expressiva do som.DiretaEnquanto o instrumenta ou cantor procuraexpressividade sonora na gravação, quem mixa,
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 12utiliza dos recursos de mixagem para o mesmo elemento.4. Habilidades de musicalidade:a) Capacidade de tocar expressivamente.IndiretaDurante a escuta ativa no ato de mixar, o músico pode entender alguns elementos expressivos que podem ser extrapolados para suas performancescomo executante. b) Capacidade de projetar o som.IndiretaIdem ao anterior.c) Controle do desenvolvimento.IndiretaComo a mixagem é um ato que fica registrado como um fonograma, a pessoa que mixa pode monitorar o seu desenvolvimento por meio da comparação das mixagens que fez no passado.d) Transmitir significados.DiretaA cena sonora transmitida por quem mixa é carregada de significados. Por exemplo, a intensidade da voz, a quantidade de reverberutilizada,etc.5. Habilidades de performance:a) Capacidade de se comunicar com uma audiência.DiretaNo ato de mixar, o músico realiza uma comunicação direta com sua plateia que, com os novos meios de comunicação fornecidos pela internet, tornou-se uma via de mão dupla.b) Comunicação com outros artistas.DiretaPor meio do processo de mixagem e distribuição da mixagem indicado para o fórum https://discussion.cambridge-mt.com/é possível a realização de uma comunicação direta com outros artistas da mixagem.c) Capacidade de coordenar um grupo.IndiretaEm um processo de mixagem real, muitas vezes ocorre a participação de diversos profissionais, incluindo produtores musicais, instrumentistas e vocalistas participantes do projeto.Desta forma, podem ser exercitadas habilidades relacionadas com este aspecto.d) Apresentar-se a uma plateia.DiretaNo ato de mixar, o músico realiza uma comunicação direta com sua plateia que, com os novos meios de comunicação fornecidos pela internet, tornou-se uma via de mão dupla.6. Habilidades de aprendizagem:a) Capacidade de aprender, monitorar e avaliar o progresso independentemente.DiretaA dinâmica indicada neste artigo, de sistematicamente se utilizar do repositório da Cambridge Music Technology para a realização de mixagens, postagens e comparações, possibilita o estabelecimento de um histórico de mixagens, propiciando esta capacidade.7. Habilidades de vida:a) Habilidades sociais (poder trabalhar com outros músicos, promotores, público).DiretaCertamente o mixador, em sua atuação profissional, tem que lidar com uma variedade de outros profissionais, sendo estas habilidades sociais bastante trabalhadas. b) Planejamento e habilidades organizacionais (cronogramas de prática de planejamento, programas, arranjos de viagem).Nenhumac) Gerenciamento do tempo (sendo pontual, cumprindo prazos).IndiretaComo a mixagem demanda a organização no tempo, indiretamente pode ser uma habilidade a ser desenvolvida neste processo.Fonte: Elaborado pelos autores
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 13O quadro 2 apresenta, por sua vez, a relação da mixagem com os conhecimentos indicados para o K-12 americano, conforme Joseph (2011).Quadro 2 Sugestão de correspondência entre os conhecimentos/habilidades musicais do K-12 e processo de mixagemHabilidade/conhecimentoCorrelação com o processo de mixagemComentário1. Elementos:a) Tempo musicalDiretaNa mixagem é importante explorar a precisão rítmica, principalmente para a marcação do andamento, importante no caso de ajustes de delays. b) RitmoDiretaNa mixagem o ritmo é considerando de várias formas, incluindo as necessárias para o uso de delays.c) AlturaDiretaDurante a escuta ativa, natural ao processo de mixagem, a observação da afinação é algo desenvolvido. Assim, é possível que a pessoa se beneficie com o aprimoramento da performance, ao melhorar sua audição. Além disso, no ajuste da equalização, esta percepção é fundamental.d) MelodiaDiretaIdentificar qual pista dentre várias semelhantes possui a melodia principal é algo muito importante e usual na mixagem.e) HarmoniaIndiretaO conhecimento harmônico é exercitado pelo mixador de maneira indireta devido à escuta ativa à qual ele é submetido.f) TexturaDiretaÉ, justamente, lidar com a textura musical advinda das várias pistas de áudio o que se espera de uma atividade de mixagem. A textura é obtida pelos processos de volume, pan, equalização, reverberação,etc.g) Timbre/Cor tonalDiretaO timbre é constantemente considerado durante uma mixagem, principalmente nos processos de equalização.h) FormaDiretaO mixador deve considerar a forma musical para criar características diferenciadas de sonoridade para os diferentes trechos de uma obra musical.i) Expressão (Dinâmica, Estilo, Andamento, Fraseado)DiretaA expressão, apenas em termos de dinâmica, é algo bastante trabalhado em uma mixagem.2. Fundamentos:a) ElementosDiretaElementos da teoria musical podem ser explorados na atividade de mixagem para a regulagem de alguns parâmetros da DAW.b) NotaçãoDiretaElementos da notação musical podem ser explorados na atividade de mixagem para a regulagem de alguns parâmetros da DAW.c) ComposiçãoIndiretaDurante o processo de imersão em uma mixagem, muitas ideias sobre o processo criativo musical podem ser desencadeadas. d) ImprovisaçãoIndiretaIdem ao anterior.e) Gêneros/Períodos históricos/Estilos/CulturasDiretaPara a realização de uma boa mixagem é fundamental a audição e conhecimento de fonogramas em diversos estilos musicais.f) Performancevocal e instrumentalIndiretaOuvindo-se ativamente as execuções durante uma mixagem, isso pode gerar no músico aprendizagem útil para futuras performances.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 14g) Audiência (público)DiretaNo ato de mixar,o músico realiza uma comunicação direta com sua plateia que, com os novos meios de comunicação fornecidos pela internet, tornou-se uma via de mão dupla.3. Habilidades/Técnicas:a) Escuta ativaDiretaEsta é a habilidade mais explorada em uma atividade de mixagem. Esta é a habilidade humana que possibilita que a mixagem ocorra.b) Leitura musicalIndiretaElementos da prática da leitura musical podem ser explorados na atividade de mixagem para a regulagem de alguns parâmetros da DAW.c) PerformanceIndiretaOuvindo-se ativamente as execuções durante uma mixagem, isso pode gerar no músico aprendizagem útil para futuras performances. d) ComposiçãoIndiretaDurante o processo de imersão em uma mixagem, muitas ideias sobre o processo criativo musical podem ser desencadeadas. e) Leitura/solfejo à primeira vistaIndiretaElementos da prática da leitura musical podem ser explorados na atividade de mixagem para a regulagem de alguns parâmetros da DAW.f) Tocar instrumentosIndiretaOuvindo-se ativamente as execuções durante uma mixagem, isso pode gerar no músico aprendizagem útil para futuras performances. g) CantarIndiretaIdem ao anterior. h) ImprovisarIndiretaDurante o processo de imersão em uma mixagem, muitas ideias sobre o processo criativo musical podem ser desencadeadas. i) RegerDiretaO ato de reger (dirigir a performancede um grupo musical), no sentido amplo, está ligado ao ato de mixar. Reger é quase como mixar ao vivo. Desta forma, mixar pode fornecer maturidade para um regente imaginar o som que seu grupo musical e buscar alcançá-lo. Fonte: Elaborado pelos autoresConclusãoAo final do presente artigo, pode-se observar que ele apresentou os recursos de software(Cakewalk by BandLab) e de repositório (Cambridge Music Technology) como viabilizadores de práticas de mixagem por qualquer um interessado. Além disso, apresentou uma série de habilidades e conhecimentos que podem ser aprimorados por meio da mixagem. Considerando os benefícios diretos e indiretos, conforme o proposto, quase todas as habilidades musicais possuem guarida na mixagem.A lista a seguir apresenta uma súmula com as habilidades e conhecimentos diretamentetrabalhados em um processo de mixagem, conforme a concatenação de dados dos Quadros 1 e 2: 1.Facilidade de saber como àmúsica vai soar antes de tocá-la. 2.Compreensão da estrutura/forma da música.3.Memorização damúsica.4.Compreensão dos diferentes estilos musicais e seus contextos culturais e históricos.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 155.Qualidade expressiva do som.6.Transmitir significados.7.Capacidade de se comunicar com uma audiência.8.Comunicação com outros artistas.9.Apresentar-se a uma plateia (não presencial).10.Capacidade de aprender, monitorar e avaliar o progresso de forma independente.11.Habilidades sociais (poder trabalhar com outros músicos, promotores, público).12.Habilidade de regência (não os movimentos de regência em si,mas a consciência da sonoridade desejada).13.Habilidade de Escuta ativa.14.Conhecimentos sobre: Tempo musical, Ritmo, Altura, Melodia, Textura, Timbre/Cor tonal, Forma, Expressão com dinâmicaO presente artigo é limitado por basear-se apenas em revisões bibliográficas e em sugestões de correlações entre a habilidades/conhecimentos musicais e a prática da mixagem. Em pesquisas futuras, pode-se buscar a confirmação e alcance das sugestões de benefícios da mixagem para cada uma das habilidades/conhecimentos musicais indicados.Ou seja, a corroboração dos quadros 1 e 2.Para o docente de música, que deseje utilizar com seus estudantes o processo de mixagem como recursos didáticos, indicamos aqui uma proposta de roteiro de atividade: a) Pesquise na internetsobre acaracterização, o desenvolvimento histórico e os principais expoentes de um estilo musical tal disponível na biblioteca da Cambridge music technology. b) Ouça alguns vídeos ou áudios com fonogramas deste estilo. c) Procure no site18por uma peça musical neste estilo. d) Realize a mixagem desta peça. e) Durante a mixagem descubra os seguintes aspectos da peça: tipo de compasso, andamento, forma musical, instrumentação em cada trecho, detalhes do arranjo (base rítmica, tipos de background,etc.), característica timbrísticas de cada instrumento e sua abordagem utilizada na mixagem (equalização, compressão,etc.), descrição da relação de volume entre as diversas faixas sonoras e a ambientação proposta pela reverberação. 18Disponível em: https://www.cambridge-mt.com/ms/mtk/.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 16f) Compartilhe seu trabalho nofórum19. Aprecie as mixagens de outras pessoas e comente-as.Conclui-se o artigo ressaltando que, durante um processo de mixagem, o estudante necessita exercitar sua percepção e conhecimentos com todos os aspectos elencados anteriormente. Ou seja, o processo de mixagem representa para o aprendiz de música um interessante campo a explorar e, ao docente de música, uma nova ferramenta didática. Quando o estudante entra em contato com o material bruto da produção musical de terceiros, a ele é aberta uma série de oportunidades de crescimento musical. Alguém poderia argumentar que existem formas mais diretas de se ensinar a maioria das habilidades musicais apresentadas nos Quadros 1 e 2 que a prática da mixagem, porém é justamente esta rigidez formal que se quebracom esta abordagem mais ativa de aprendizagem.REFERÊNCIASBANDLAB. Blog.bandlab.com.Site da organização, 2021. Disponível em: https://blog.bandlab.com/about/. Acesso em: 15 out. 2021.BREGITZER, L. Secrets of Recording: Professional Tips, Tools & Techniques. United States of America: Elsevier, 2007.CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY. Cambridge Music Technology.2021.Site da organização. Disponível em: https://cambridge-mt.com/. Acesso em: 15 out. 2021.CERNEV, F. K.; MALAGUTTI, V. G. #Escola #Música #Tecnologia:Apreciar, executar e criar utilizando as tecnologias digitais em sala de aula. Música Na Educação Básica, Londrina, v. 7, n. 7/8, p. 96-107, 2016.Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/article/view/73. Acesso em: 25 mar. 2021.CUNHA, G.; MARTINS, M. Tecnologia, Produção & Educação Musical Descompassos e Desafinos. In: CONGRESSO RIBIE, 4., 1998, Brasília. Anais[...]. Brasília, DF: UFRGS. Disponível em: http://www.ufrgs.br/niee/eventos/RIBIE/1998/pdf/com_pos_dem/235.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022.DE MAN, B.et al.Perceptual evaluation of music mixing practices. Audio Engineering Society, Warsaw, Convention Paper 9235, may. 2015. Presented at the 138th Convention Audio Engineering Society, 2015.DE MAN, B.; REISS, J. D. The mix evaluation dataset. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON DIGITAL AUDIO EFFECTS (DAFX-17), 20., 2017, Edinburgh. Anais[…]. Edinburgh, UK. 2017.19Disponível em: https://discussion.cambridge-mt.com/.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO e Caroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 17GIBSON, D. The Art of Mixing: A visual guide to recording, engineering and production (Mix Pro Audio Serie). 3. ed. United States of America: Routledge, 2018.HALLAM, S. Music Psychology in Education. 25. ed. London: Institute of Education, University of London. 2006.HALLAM, S.; PRINCE, V. Conceptions of Musical Ability. Sage Journals, Research Studies, in Music Education, v.20, n.1, p.2-22, 1 jun. 2003. Disponível em: https://journals.sagepub.com/toc/rsma/20/1. Acesso em: 16 fev. 2022.JOSEPH, A. Options for implementing the arts standards through music by grade level. Olympia, WA: Office of Superintendent of Public Instruction, 2011.LIMA, T.R. Redes sociais e circulação musical. In: RIBEIRO, J.C.; FALCÃO, T.; SILVA, T. (org.). Mídias sociais: Saberes e representações. Salvador: EDUFBA, 2012.MENESES, E. A. L.; NOVO, J. E.F. Educação musical através da improvisação livre com recursos computacionais: Contribuições e desafios. In:CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA, 25., 2015, Vitória. Anais[...]. Vitória, ES: APPOM, 2015. Disponível em:https://www.researchgate.net/publication/291814085_Educacao_musical_atraves_da_improvisacao_livre_com_recursos_computacionais_contribuicoes_e_desafios. Acesso em: 10 fev. 2022.NAKANO, D. N. A produção independente e a desverticalização da cadeia produtiva da música. Gestão & Produção, São Carlos, v. 17, n. 3, p. 627-638, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/gp/a/znFnp46bGtkR5qc67HHpcGS/?lang=pt. Acesso em:17 fev. 2022.OWSINSKI, B. The mixing engineer’s handbook. 4. ed. Vallejo, CA: Mix Books, 1999.OWSINSKI, B. The music producer’s handbook. New York: Hal Leonard, 2010.SANTIAGO, G. Guia completo de mixagem para iniciantes: Abordagem prática in the box. Glauber Santiago, 2021. 1 Vídeo (69 min). Disponível em: https://youtu.be/agQTPO9mCsg. Acesso em: 15 out. 2021.SAVAGE, S. Mixing and Mastering in The Box: The guide to making great mixes and final masters on your computer. Oxford: Oxford university press, 2014.SOUZA, M. S.SoftwareLivre e Educação: Uma Proposta de democratização do acesso ao conhecimento.In: SEMANA DE MOBILIZAÇÃO CIENTÍFICA SEMOC, 7., 2004, Salvador. Anais [...]. Salvador: Universidade Católica do Salvador (UCSal), 2004.STASIS, S. et al. Audio processing chain recommendation. INTERNATIONAL CONFERENCE ON DIGITAL AUDIO EFFECTS (DAFX-17), 20., 2017, Edinburgh. Anais[…]. Edinburgh, UK. 2017.
image/svg+xmlFerramentas digitais de mixagem no desenvolvimento de habilidades musicaisRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 18WILSON, A.; FAZENDA, B. Variation in multitrack mixes: Analysis of low-level audio signal features. Journal of the Audio Engineering Society, v. 64, n. 7/8, p. 466-473, jul./ago. 2016. Disponível em: https://www.aes.org/e-lib/browse.cfm?elib=18332.Acesso em: 16 fev. 2022.SOBRE OS AUTORESGlauber Lúcio Alves SANTIAGOUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Professor do Departamento de Artes e Comunicação. Doutorado em Engenharia de Produção.Caroline Torkomian JOAQUIMUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Licencianda em Música.Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 1DIGITAL MIXING TOOLS IN THE DEVELOPMENT OF MUSICAL SKILLSFERRAMENTAS DIGITAIS DE MIXAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MUSICAISHERRAMIENTAS DE MEZCLA DIGITAL EN EL DESARROLLO DE HABILIDADES MUSICALESGlauber Lúcio Alves SANTIAGOFederal University of São Carlos(UFSCar)e-mail: glauber@ufscar.brCaroline Torkomian JOAQUIMFederal University of São Carlos(UFSCar)e-mail: carolinetork@gmail.comHow to refer to this article SANTIAGO, G. L. A.; JOAQUIM, C. T. Digital mixing tools in the developmentof musical skills.Revista Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154. DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413Submitted: 10/03/2022Revisions required: 05/05/2022Approved: 01/07/2022Published: 01/12/2022
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 2ABSTRACT: The article presents a software, which is the digital audio workstation Cakewalk by BandLaband the website Cambridge Music Technology (section: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library) as tools with high potential educational forfree useand with professional quality, in terms of the commercial process of music production. In theend, a list of musical skills based on literature is presented, and suggestions of which the student can improve during the practical activity of mixing phonograms.KEYWORDS: Mixing. Musical skills. Musical production.RESUMO: O artigo apresenta um software, sendoa estação de trabalho de áudio digital Cakewalk by BandLab, e o site Cambridge Music Technology (sessão: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library) como ferramentas com alto potencial educacional por serem de uso gratuito e com qualidade profissional, em termos do processo comercial de produção musical. Ao final, é apresentada uma listagem de habilidades musicais baseada em literatura e sugestões de quais delas podem ser aprimoradas no estudante durante a atividade prática da mixagem de fonogramas.PALAVRAS-CHAVE: Mixagem. Habilidades musicais. Produção musical. RESUMEN: El artículo presenta un software, que es la estación de trabajo de audio digital Cakewalk by BandLab y el sitio web Cambridge Music Technology (sección: La Biblioteca de Descarga Multipista Gratuita 'Mixing Secrets') como herramientas con alto potencial educativo por ser de uso gratuito y con calidad profesional, en cuanto al proceso comercial de producción musical. Por fin, se presenta una lista de habilidades musicales basadas en la literatura y sugerencias de cuáles pueden ser mejoradas por el alumno durante la actividad práctica de mezclar fonogramas.PALABRAS CLAVE: Mezcla. Habilidades musicales. Producción musical.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 3IntroductionMusic production processes and technological resources have always influenced music learning. Thus, for example, while a musician performs, he also learns; by means of his technological resources (instrument, score, recording/playback device, etc.), he develops his musical abilities. In this context, the article is based on the premise that the process of mixing, as a component of the process of the musical production of phonograms1, allows the exploration of various musical skills, providing music learners with an interesting field to explore and music teachers with a new didactic tool. The final goal of this article is to indicate a list of musical skills that can be practiced and developed through a mixing process. The article is structured in the following way: presentation of a music production software, which is the digital audio workstation (DAW2)Cakewalk by BandLab and the Cambridge Music Technology website (in the section: The 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library3) as tools with high educational potential by being free to use and with professional quality, in terms of the commercial process of music production. Next, the text describes the mixing process using this site and the software. Then, a list of musical skills is presented based on literature. Finally, suggestions are given as to which of these can be improved by the student during the practical activity of mixing phonograms. First, however, a brief background on music technology resources and other research that has been done using the open phonographic collection on the Cambridge Music Technology website is given as follows.According to Owsinski (2010, p. 3, our translation), [...] although music recording dates back to 1857, it did not become a commercial business until 1900. From the early 20th century, the recording industry became mature and centralized by large companies. However, according to Nakano (2010), technological development provided, notably since the 1950s, apparent transformations in music production. If phonographic production was centralized by large companies with a small diversity of products at acertain moment, we could see many diverse and decentralized productions over the decades.According to Lima (2012, p. 197, our translation), [...] the ways of producing, disseminating, and listening to music have been undergoing significant transformations in contemporary times due to the changes brought about by the digitalization of the music chain. 1Phonogram is a technical term for a musical work recorded in audio, format, or media. 2Digital Audio Workstation is software that manipulates multi-track audio, among other features. Some examples are Avid Protools, Logic Pro, Garageband, Steinberg Cubase, Cockos Reaper, and the Cakewalk by BandLab.3Available at: https://www.cambridge-mt.com/ms/mtk/. Accessed: 12 Aug. 2022.
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 4To disregard access to such technological music production resources in music teaching is to limit learning and not integrate and interact with the currentcontext.Given the importance of integrating technology, especially digital information and communication technologies (ICT), and living in a world of increasing demand for new digital technologies through computers, laptops, tablets, and cell phones, the demand for such resources in music-making and teaching is growing. Currently, the advancement of research on digital technologies has been the subject of several studies, providing new ways to learn and teach music in various academic and social contexts(CERNEV; MALAGUTTI, 2016). With the increased presence of computers and low-cost devices, in addition to the ease of using programs with visual interfaces or intuitive programming, new educational tools have become possible (MENESES; NOVO, 2015). Consequently, the interaction between music and technological resources can expand learning and the universe of musical possibilities.For Cunha and Martins (1998), computational tools can assist in developing auditory perception, sound organization, and other areas of musical knowledge. Thus, they state: This new environment, composed of individuals who act through various tools using a multifaceted musical language, generates new aesthetic and sound patterns. Therefore, the educational approach has to take into consideration all the elements that make up this scenario in order to provide learning environments that lead the individual to act, reflect, and express their ideas in today's society (CUNHA; MARTINS, 1998, p. 3, our translation)This article aimed to focus on the open phonogram library entitled 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library. The interesting thing about this library is that it allows for a plethora of research involving multiple areas. The following are some of these researches published in scientific articles to show that the site presents rich content for the music researcher. However, it is not related to educational aspects.a) Variations in multitrack mixing: analysis of low audio4signal characteristics. The article (WILSON; FAZENDA, 2016) analyzes 1501 mixes of 10 different songs created by mixing engineers. The final intent is to understand the mixing processes to promote the development of intelligent music production tools capable of generating mixes that would be really similar to those created by a mixing engineer or even optimize such processes.B) Evaluation of the dataset in the mix5. The article (DE MAN; REISS, 2017) presents a dataset consisting of mixes gathered in a real context (by experienced engineers in their 4Original title: Variation in Multitrack Mixes: Analysis of Low-level Audio Signal Features.5Original title: The mix evaluation dataset.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 5preferred environment and using professional tools) and their perceptual evaluation, which can be used to expand the knowledge about the mixing process. C) Audio6processing chain recommendation. The article (STASIS et al.,2017) analyzes how audio engineers apply complete processing chains to music audio. (d) Perceptual evaluation of music7mixing practices. The article presents "[...] an experiment in which varied mixes of different songs, obtained with a representative set of audio engineering tools, are evaluated by experienced people in the field" (DE MAN et al.,2015, p. 1, our translation).These four articles listed illustrate well the types of research that have been conducted with mixed repositories, and we see the scarcity of research related to the educational issue. An extensive library that lends itself to educational use is also researched from an academic perspective. This is what this paper proposes to do.Affordable professional music production with Cakewalk by BandLabUp to this point, the article has given a general context. Now it will focus on professional software for recording/mixing that has been made free. The discussion follows.As Souza (2004, p. 1-2, our translation) bringsScience, Technology, and Culture are fundamental, recognized bases for social development linked to economic development. Knowledge enables people to discuss their role in achieving freedom and social and personal development. Thus, it is essential that access to technologies, including those related to music production, be made widely available. In this context, in 2018, the company BandLab acquired the intellectual property of Cakewalk Inc. It carried out the relaunch of this company's main software, Sonar, renaming it then as Cakewalk by BandLab and made it free, made available for the Windows operating system. BandLab describes itself as a social music platform that allows creators to make music and share the creative process with musicians and fans. The company's software combines music creation and collaboration tools (such as cross-platform DAW and software with social video and message-sharing capabilities). The company proposes as its mission to break down 6Títulooriginal: Audio processing chain recommendation.7Título original: Perceptual Evaluation of Music Mixing Practices.
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 6technical and geographical and create barriers between its global community of creators and collaborators by providing this service for free and, until then, unlimited (BANDLAB, 2021).In this article, the use of Cakewalk by BandLabsoftware has relevance to the democratization of knowledge regarding professional music production for music students and the educational possibilities its use can provide. Mixing SecretsFree Multitrack Download Library: A gateway to mixing practiceCurrently, a few sites distribute open multitracks that is free for educational8use. One site that stands out on this front is Cambridge Music Technology9. The site is intended primarily to disseminate recording and mixing knowledge offered by the author of technical literature on the subject and award-winning engineer Mike Senior (CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY, 2021). The site has several sections, all very interesting, but for the present article, we focus on the huge 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library for students/teachers. The following is a description of the section, according to the website:To support readers of my book Mixing Secrets For The Small Studio and music technology students/teachers in general, here is a list of free downloadable multitrack projects for mixing practice purposes. These projects are presented as ZIP files containing uncompressed WAV files (24-bit or 16-bit resolution and 44.1kHz sample rate). For maximum mixing flexibility, the contributors have made every effort to provide 'raw' audio, i.e., without additional effects or processing (other than treatments applied during recording/editing). When importing tracks, make sure that all files start at the same moment within your DAW's timeline. In addition to full multitrack packages, many quick download versions of edited excerpts (usually with the biggest chorus of the song) provide packages for mixing in sizes suitable for classroom use (CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY, 2021, , our translation).In the 'Mixing Secrets' Free Multitrack Download Library section, hundreds of projects (open music pieces) are available. In addition, the section gives access to the forum. This is a forum in which thousands of posts are made with the finished mixes of users, where they can interact with each other and exchange knowledge.8Examples of other similar sites are: HomeRecording.com'sMix This! Forum, Indaba Music, MixOff.org, Multitracks from Telefunken, PureMix, and Shaking Through. 9Available at: https://cambridge-mt.com/. Accessed: 10 Oct. 2022.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 7General aspects of mixingAccording to Bregitzer(2007), phonographic production has six stages: preproduction, basic tracking, editing, overdubs, mixdown, and mastering. This article focuses on the second-to-last stage being the pure mixdown, without any edits or re-recording that may occasionally occur in the mixdown stage. In a simplified way, we can say that the idea of mixing is to take several separate/raw audio tracks (possibly already edited in the DAW) from a multitrack recording and apply equalization10, dynamic compression11, volume, pan12, ambiance (reverb13) and other effects to obtain a finished phonogram (master) of a single track (usually stereo).David Gibson, in his book The Art of Mixing (GIBSON, 2019), presents several elements that should be considered by the mixing professional, including a visual representation of sounds, mixing styles, considerations about the piece of music, other people involved in the process, volume controls, equalizers, pan, effects (reverb, delay, chorus...), dynamics controllers, the mixing process itself, automation, and mastering. These various aspects already foreshadow some musical skills to be presented at the end of this article, especially those related to aural skills. In this article's proposal for teaching/using mixing, the concept of mixing in the box must be considered. That is, a mixing process performed entirely on the computer. Thus, a mix-in-the-box does not require the use of expensive physical equipment (mixing desks, compressors, effects, etc.), which is recommended for an educational process accessible to more people14. Savage (2014) indicates that for a good mix, it is important to have a concept or an idea of how the piece should sound. These concepts can start with a more informal vocabulary, such as smoothand warm,but then should turn into more technical specifications involving equalization, compression, reverb, etc. He advises having other phonograms as a reference during the mix and using a visual model like the one exemplified in Figure 1, where the outer 10Equalization is related to modifying the sound intensity in a specific frequency range, e.g., making the audio higher-pitched, lower-pitched, lower-bass, lower-mid, etc.11Dynamics refers to the variation of intensity in the audio. Compressing dynamics means making this variation smaller, usually using processors such as compressors, limiters, and expanders.12Pan comes from panning, which refers to the panoramic sensation of the audio source in the mix. For example, the trumpet is further to the left, and the saxophone is further to the right in this phonogram.13Reverberation is the acoustic effect that comes from the various reflections of a sound in an environment. It gives the feeling of ambiance, i.e., what kind of room the musician recorded in and where the listener is located in this room.14It is important to point out that, nowadays, audiophiles consider in-the-box mixing inferior quality, but all the processes that take place in a box mix, or not, are the same.
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 8parallelepiped represents the space imagined for the musical group's performance, and the inner parallelepipeds, the location of the instruments/voices. For example, in the central front part below, the cube could represent the bass drum, with a very low sound, in the panoramic center and very close to the listener (no reverberation). Figure 1 -Metaphor of the three-dimensional mixSource: Adapted from Savage (2014, p. 24, our translation)The author further indicates that the monitoring level should be paid special attention to. In this respect, he presents the following issues: a)Ear fatigue. Although listening to music loudly to pay attention to details is necessary, this causes mental fatigue. His tip is to start the day listening as quietly and comfortably as possible(SAVAGE, 2014, p. 29, our translation).b)Everything sounds better when it's louder!(SAVAGE, 2014, p. 29, our translation), this phrase should be considered in its pros and cons in the mixing process.c)Vary the listening level. The author explains some psychoacoustic factors that justify the need, during mixing, to use different sound intensities in monitoring. For Owsinski (1999, p. 9, our translation), six elements must be considered in a mix: Balance (the relationship between the volume level of musical elements), Frequency Range (having all frequencies properly represented), Panorama (placing a musical component of the sound field), Dimension (adding ambiance to a musical element), Dynamics (controlling the volume envelopes of a track or instrument), and Interest (making the mix special).FrequencyAmbiancePanoramic
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 9This information has been provided in this article to give the reader some insight into the complexity of the mixing process, as well as some of the knowledge needed to understand the process fully. To learn practical aspects of how to mix for musical study, follow the content of the next paragraph.For the music student, the layman in mixing, to be able to perform a mix using the multitrack recordings provided by Cambridge Music Technology and the Cakewalk by BandLab software, we recommend following the explanation in the video Complete Beginner's Guide to Mixing: Practical Approach in the Box (SANTIAGO, 2021), made available through the link: https://youtu.be/agQTPO9mCsg. The reader who needs to gain practical knowledge of mixing this foray is fundamental to understanding the suggestions for educational use at the end of this article.Types of musical skills/knowledgeAs mentioned earlier, this article suggests a list of musical skills that can be developed during a phonogram mixing activity. However, it is important to have a general list of musical skills. Listing the skills needed for musical activity is not at all simple. The social and historical context influences such a list. Some researchers try to address the issue as the one found in the article Conceptions of Musical Ability (HALLAM; PRINCE, 2003), where the authors indicate that "Musical ability is now seen by many as a social construct, acquiring different meanings in different cultures, subgroups within cultures, and at the individual level" (p. 2, our translation).In another article, one of the authors, Susan Hallam (2006), indicates a list of 24 skills organized into seven categories, which can serve as a guideline for the proposal of the present article. It is a very interesting listing and makes it possible to explore musical skills that could be more obvious, such as learning and life skills. However, the listing lacks a detailing of some more direct musical aspects. Therefore, additionally, we chose to consult the benchmarks for music education for American K-1215as per Joseph (2011) -which brings a very practical listing of knowledge/skills. 15It would be equivalent to Basic Education in Brazil, that is, primary and secondary school
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 10Suggestions of musical skills and knowledge to be developed in a mixing processConsidering the skills that contribute to musical development according to Hallan, the following possibilities for educational use in the mixing process are suggested in Table 1, which contains in the first column the skill/knowledge, in the second column the possible correlation with the mixing process (none, indirect or direct), and in the third column a comment about how this relationship occurs. Chart 1 -Suggested correspondence between the skills/knowledge in Hallam (2006) and the mixing processSkill/knowledgeCorrelation with the mixing processComment1. Habilidades auditivas:a) Rhythmic accuracy and sense of pulse.DirectIn the mix, it is important to explore rhythmic accuracy, especially for tempo marking, which is essential in the case of delay adjustments. b) Good intonation.IndirectDuring active listening, which is natural to the mixing process, pitch observation is developed. Thus, one can benefit from performance enhancement by improving one's listening. c) Ease of knowing how the music will sound before playing it.DirectIt is part of the job in the mix to imagine the final sound of a piece. d) Improvisation skills.IndirectDuring the process of immersion in a mix, many ideas about the creative musical process can be triggered.2. Cognitive skills:a) Music reading.DirectDuring the use of DAW in the mixing process, it is often necessary to make settings referring to elements of musical theory. For example: adjustments to the grid by musical figures, tempos, bar formulas, and key signatures.b) Transposition.IndirectSame as above.c) Understanding of tonalities.IndirectSame as above.d) Understanding of harmony.IndirectSame as above.e) Understanding of the structure/form of music.DirectIn mixing, one of the possible steps in a DAW is to mark the parts of the music, the musical form, to perform a more conscious mix, considering specific sounds for each part of the piece.f) Memorization of music.DirectThe process of active listening during the mix is so intense that many musical elements are naturally memorized.g) Composition.IndirectDuring the process of immersion in a mix, many ideas about the creative musical process can be unleashed.h) Understanding of different musical styles and their cultural and historical contexts.DirectIt is essential to listen to and know phonograms in various musical styles for a good mix.3. Technical skills:a) Instrument-specific skills.IndirectActively listening to performances during a mix can generate learning in the musician, which is useful for future performances. b) Technical agility.None
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 11c) Articulation.IndirectAspects of articulation of musical notes can be altered by sound effects processing. Thus, the mixer ends up reflecting on this aspect of musical technique.d) Expressive sound quality.DirectWhile the instrumentalist or singer searches for sonic expressiveness in the recording, the mixer uses the mixing resources for the same element.4. Musicianship skills:a) Ability to play expressively.IndirectDuring active listening in mixing, the musician can understand some expressive elements that can be extrapolated to their performances as a performer.b) Ability to project sound.IndirectSame as above.c) Developmental control.IndirectSince mixing is an act that is recorded as a phonogram, the person mixing can monitor its development by comparing the mixes they have done in the pastd) Convey meaning.DirectThe sound scene transmitted by the mixer is loaded with meanings, for example, the intensity of the voice, the amount of reverb used, etc.5. Performance skills:a) Ability to communicate with an audience.DirectIn the act of mixing, the musician performs direct communication with his audience that, with the new means of communication provided by the Internet, has become a two-way street.b) Communication with other performers.DirectThrough the mix and mix distribution process indicated for the https://discussion.cambridge-mt.com/ forum, direct communication with other artists in the mix is possible.c) Ability to coordinate a group.IndirectIn a real mix process, there is often the participation of several professionals, including music producers, instrumentalists, and vocalists participating in the project. In this way, skills related to this aspect can be exercised.d) Performing to an audience.DirectWhen mixing, the musician communicates directly with his audience, which has become a two-way street with the new means of communication provided by the Internet.6. Learning skills:a) Ability to learn, monitor, and evaluate progress independently.DirectThe dynamics indicated in this article of systematically using the Cambridge Music Technology repository for mixing, posting, and comparing allows the establishment of a history of mixes, providing this ability.7. Life skills:a) Social skills (being able to work with other musicians, promoters, and audiences).DirectCertainly, the mixer has to deal with various other professionals in his professional work, and these social skills are very well developed. b) Planning and organizational skills (planning practice schedules, programs, travel arrangements).Nonec) Time management (being punctual, meeting deadlines).IndirectAs mixing demands organization in time, it can indirectly be a skill to be developed in this process.Source: Prepared by the authorsTable 2, in turn, presents the relationship of mixing to the knowledge indicated for American K-12, according to Joseph (2011).
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 12Table 2 -Suggested correspondence between K-12 musical knowledge/skills and mixing processSkill/knowledgeCorrelation with the mixing processComment1. Elements:a) Musical tempoDirectIn the mix, it is important to explore rhythmic accuracy, especially for tempo marking, which is important in the case of delays. b) RhythmDirectIn the mix, rhythm is considered in many ways, including those necessary for the use of delays.c) PitchDirectDuring active listening, which is natural to the mixing process, the observation of pitch is developed. Thus, one can benefit from improving performance by enhancing one's listening. Furthermore, when adjusting equalization, this perception is fundamental.d) MelodyDirectIdentifying which track among several similar ones has the main melody is very important and usual in the mix.e) HarmonyIndirectThe mixer indirectly exercises harmonic knowledge due to the active listening to which he is subjected.f) TextureDirectIt deals precisely with the musical texture from the various audio tracks expected in a mixing activity. The texture is achieved by volume, pan, equalization, reverberation, etc.g) Timbre / tonal colorDirectTimbre is constantly considered during a mix, especially in equalization processes.h) FormDirectThe mixer must consider the musical form to create different sound characteristics for the different parts of a musical work.i) Expression (dynamics, style, tempo, phrasing)DirectJust in terms of dynamics, expression is often worked on in a mix.2. Fundamentals:a) ElementsDirectElements of music theory can be exploited in the mixing activity to adjust some parameters of the DAW.b) NotationDirectElements of musical notation can be explored in the mixing activity to adjust some parameters of the DAW.c) CompositionIndirectDuring the process of immersion in a mix, many ideas about the creative musical process can be triggered.d) ImprovisationIndiretaSame as above.e) Genres / Historical periods / Styles / CulturesDirectIt is essential to listen to and know phonograms in various musical styles for a good mix.f) Vocal and instrumental performanceIndirectListening to the performances during a mix can generate useful learning for the musician for future performances. g) AudienceDirectIn the act of mixing, the musician communicates directly with his audience, which, with the new means of communication provided by the Internet, has become a two-way street.3. Skills/Techniques:a) Active listeningDirectThis is the most exploited skill in a mixing activity, the human skill that makes mixing possible.b) Musical readingIndirectElements of music reading practice can be exploited in the mixing activity to adjust some parameters of the DAW.c) PerformanceIndirectActively listening to performances during a mix can generate useful learning for future performances.d) CompositionIndirectDuring the process of immersion in a mix, many ideas about the creative musical process can be sparked.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 13e) First sight reading/solfeggioIndirectElements of music reading practice can be exploited in the mixing activity to adjust some parameters of the DAW.f) Playing instrumentsIndirectActive listening to performances during a mix can generate useful learning for future performances in the musician. g) SingingIndirectSame as above.h) ImprovisingIndirectDuring the process of immersion in a mix, many ideas about the creative musical process can be triggered. i) To conductDirectIn the broad sense, the act of conducting (directing the performance of a musical group) is linked to the act of mixing. Conducting is like mixing live. In this way, mixing can provide maturity for a conductor to imagine their musical group's sound and seek to achieve it. Source: Prepared by the authorsConclusionAt the end of this article, it can be seen that he has presented software (Cakewalk by BandLab) and repository (Cambridge Music Technology) resources as enablers of mixing practices by anyone interested. Furthermore, he presented a range of skills and knowledge that can be enhanced through mixing. Considering the direct and indirect benefits, as proposed, almost all musical skills are supported by mixing.The following list presents a summary of the skills and knowledge directly worked on in a mixing process, according to the concatenation of the data in Tables 1 and 2:1.Ease of knowing how the music will sound before you play it. 2.Understanding of the structure/form of the music.3.Memorization of the music.4.Understanding of different musical styles and their cultural and historical contexts.5.Expressive quality of sound.6.Conveying meanings.7.Ability to communicate with an audience.8.Communication with other performers.9.Performing to an audience (not in person).10.Ability to learn, monitor, and evaluate progress independently.11.Social skills (being able to work with other musicians, promoters, and audiences).12.Conducting skills (not the conducting movements, but the awareness of the desired sonority).13.Active listening skills.14.Knowledge of Musical tempo, Rhythm, Height, Melody, Texture, Timbre/tonal color, Shape, and Expression with dynamics.
image/svg+xmlDigital mixing tools in the development of musical skillsRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 14The present paper is limited because it is based only on literature reviews and suggested correlations between musical skills/knowledge and mixing practice. In futureresearch, confirmation and scope of the suggested benefits of mixing for each indicated musical skill/knowledge can be sought. In other words, corroboration of tables 1 and 2.For music teachers who wish to use the mixing process with their students as a didactic resource, we indicate here a proposal for an activity script: a) Research on the internet about the characterization, historical development, and main exponents of such a musical style is available in the Cambridge music technology library. b) Listen to some videos or audio with phonograms of this style. c) Search the website16for a piece of music in this style. d) Mix this piece. e) During the mix, discover the following aspects of the piece: time signature, tempo, musical form, instrumentation in each part, details of the arrangement (rhythmic base, types of background, etc.), timbre characteristics of each instrument and its approach used in the mix (equalization, compression, etc.), description of the volume ratio between the various soundtracks and the ambiance proposed by the reverberation. f) Share your work on the forum, enjoy other people's mixes, and comment on them.We conclude this article by emphasizing that, during a mixing process, the student needs to exercise his perception and knowledge of all the aspects listed above. In other words, the mixing process represents an interesting field for the music teacher and a new didactic tool for the music student. When the student comes into contact with the raw material of other people's musical production, a series of opportunities for musical growth opens up. There are more direct ways to teach most of the musical skills presented in Tables 1 and 2 than the practice of mixing, but it is precisely this formal rigidity that is broken by this more active approach to learning.REFERENCESBANDLAB. Blog.bandlab.com.Site da organização, 2021. Available at: https://blog.bandlab.com/about/. Access: 15 Oct. 2021.BREGITZER, L. Secrets of Recording: Professional Tips, Tools & Techniques. United States of America: Elsevier, 2007.CAMBRIDGE MUSIC TECHNOLOGY. Cambridge Music Technology.2021.Site da organização. Available at: https://cambridge-mt.com/. Access: 15 Oct. 2021.16Disponível em: https://www.cambridge-mt.com/ms/mtk/.
image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 15CERNEV, F. K.; MALAGUTTI, V. G. #Escola #Música #Tecnologia:Apreciar, executar e criar utilizando as tecnologias digitais em sala de aula. Música Na Educação Básica, Londrina, v. 7, n. 7/8, p. 96-107, 2016.Available at: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/article/view/73. Access: 25 Mar. 2021.CUNHA, G.; MARTINS, M. Tecnologia, Produção & Educação Musical Descompassos e Desafinos. In: CONGRESSO RIBIE, 4., 1998, Brasília. Anais[...]. Brasília, DF: UFRGS. Available at: http://www.ufrgs.br/niee/eventos/RIBIE/1998/pdf/com_pos_dem/235.pdf. Access: 16 Feb. 2022.DE MAN, B.et al.Perceptual evaluation of music mixing practices. Audio Engineering Society, Warsaw, Convention Paper 9235, may. 2015. Presented at the 138th Convention Audio Engineering Society, 2015.DE MAN, B.; REISS, J. D. The mix evaluation dataset. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON DIGITAL AUDIO EFFECTS (DAFX-17), 20., 2017, Edinburgh. Anais[…]. Edinburgh, UK. 2017.GIBSON, D. The Art of Mixing: A visualguide to recording, engineering and production (Mix Pro Audio Serie). 3. ed. United States of America: Routledge, 2018.HALLAM, S. Music Psychology in Education. 25. ed. London: Institute of Education, University of London. 2006.HALLAM, S.; PRINCE, V. Conceptions of Musical Ability. Sage Journals, Research Studies, in Music Education, v.20, n.1, p.2-22, 1 jun. 2003. Available at: https://journals.sagepub.com/toc/rsma/20/1. Access: 16 Feb. 2022.JOSEPH, A. Options for implementing the arts standards through music by grade level. Olympia, WA: Office of Superintendent of Public Instruction, 2011.LIMA, T.R. Redes sociais e circulação musical. In: RIBEIRO, J.C.; FALCÃO, T.; SILVA, T. (org.). Mídias sociais: Saberes e representações. Salvador: EDUFBA, 2012.MENESES, E. A. L.; NOVO, J. E.F. Educação musical através da improvisação livre com recursos computacionais: Contribuições e desafios. In:CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA, 25., 2015, Vitória. Anais[...]. Vitória, ES: APPOM, 2015. Available at:https://www.researchgate.net/publication/291814085_Educacao_musical_atraves_da_improvisacao_livre_com_recursos_computacionais_contribuicoes_e_desafios. Access: 10 Feb. 2022.NAKANO, D. N. A produção independente e a desverticalização da cadeia produtiva da música. Gestão & Produção, São Carlos, v. 17, n. 3, p. 627-638, 2010. Available at: https://www.scielo.br/j/gp/a/znFnp46bGtkR5qc67HHpcGS/?lang=pt. Access:17 Feb. 2022.OWSINSKI, B. The mixing engineer’s handbook. 4. ed. Vallejo, CA: Mix Books, 1999.
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image/svg+xmlGlauber Lúcio Alves SANTIAGO andCaroline Torkomian JOAQUIMRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022018, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID413| 17ABOUT THE AUTHORSGlauber Lúcio Alves SANTIAGOUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Professor at the Department of Arts and Communication. Doctoral degree in Production Engineering.Caroline Torkomian JOAQUIMUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Undergraduate teaching degree in Music Education.Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação.Reviewing, formatting, standardization and translation.