image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 1METODOLOGIAS ATIVAS EM EDUCAÇÃO MUSICAL: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIAMETODOLOGÍAS ACTIVAS EN LA EDUCACIÓN MUSICAL: CONCEPCIONES Y PRÁCTICAS EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR A DISTANCIAACTIVE METHODOLOGIES IN MUSIC EDUCATION: CONCEPTIONS AND PRACTICES IN DISTANCE HIGHER EDUCATIONFrancine Kemmer CERNEVUniversidade de Brasília (UnB)e-mail: francine@cernev.com.brComo referenciar este artigoCERNEV, F. K. Metodologias ativas em Educação Musical: Concepções e práticas no ensino superior a distância. Revista Hipótese, Bauru, v. 8, n. esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417Submetido em: 10/03/2022Revisões requeridas em: 05/05/2022Aprovado em: 01/07/2022Publicado em: 01/12/2022
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 2RESUMO: Este artigo tem por objetivo relatar a reflexão dos licenciandos em música sobre a prática norteada pelas metodologias ativas no curso superior àdistância. A pesquisa ocorreu nadisciplina Estratégias de Aprendizagem a Distância por meio da pesquisa ação.Participaram da pesquisa os 142 alunos matriculados na disciplina, a professora investigadora e o tutor da disciplina.Os pressupostos da aprendizagem colaborativa, motivação para aprender, estratégias de aprendizagem e metodologias ativas em educação pautaram as ações nas dinâmicas do ensino durante o curso da disciplina. Os resultados mostraram que a articulaçãode saberes, o diálogo e a mediação tecnológica puderam abrir perspectivas para motivação, capacitação e desenvolvimento musical por parte dos licenciandos em música. Em suma, a utilização de metodologias ativas amplia possibilidades no fazer musical de modo a promover e a apoiara formação docente no ensino superior àdistância.PALAVRAS-CHAVE: Metodologias ativas. Aprendizagem colaborativa. Educação à distância.RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo relatar la reflexión de estudiantes de música sobre la práctica guiada por metodologías activas en el curso de educación superior a distancia. La investigación se llevó a cabo dentro de la disciplina de Estrategias de Aprendizaje a Distancia a través de la investigación-acción. Participaron de la investigación los 142 alumnos matriculados en la disciplina, el docente investigador y el tutor de la disciplina. Los supuestos del aprendizaje colaborativo, la motivación para aprender, las estrategias de aprendizaje y las metodologías activas en la educación orientaron las acciones en la dinámica de la enseñanza durante el transcurso de la disciplina. Los resultados mostraron que la articulación desaberes, diálogo y mediación tecnológica podría abrir perspectivas de motivación, formación y desarrollo musical por parte de los egresados de música. En conclusión, el uso de metodologías activas amplía posibilidades en la creación musical para promover y apoyar la formación docente en la educación superior a distancia.PALABRAS CLAVE: Metodologías activas. Aprendizaje colaborativo. Educación a distancia.ABSTRACT:This article aims to describe the reflection of undergraduate music students on the practice guided by active methodologies in the distance education course. The research took place within the Strategies in Distance Learning course through action research. Of the 142 students enrolled in the discipline, the teacher and tutor participated in the study. The discipline's core was to explore how active methodologies and digital technologies could foster the active participation of students in their learning process and suggest possible changes in their pedagogical practices. The assumptions of collaborative learning, motivation to learn, learning strategies, and active methodologies in education guided de actions in the dynamics of teaching during the course. The results showed that articulating knowledge, dialogue, and technological mediation promoted participants' motivation, training, and musical development. Overall, the usage of active methodologies expands music-making possibilities to promote and support teacher training in distance education.KEYWORDS: Active methodologies. Collaborative learning. Distance education.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 3| 3IntroduçãoOs contextos sociais da educação musical, enquanto sistema social e cultural, tem evoluído ao longo dos tempos, propiciando discussões e reflexões profundas sobre a educação musical em nossa contemporaneidade. Como afirmaramDavis, Little e Stewart (2008),todos os programas educacionais devemser elaboradosa partir dosinteresses edasnecessidades dos estudantes,visando objetivos de aprendizagem que se deseja atingir. Davis (2018) complementa informando que o uso das Tecnologias Digitais de Informação eComunicação (TDIC) em diferentes cenários da atividade humana, entre as quais a da formação, contribui para o desenho de metodologias de ensino e aprendizagem baseadas na colaboração entre seus membros. A aquisição deste tipo de competências e habilidadesé de grande pertinência para a interação entre os pares e no desenvolvimento social e cultural na área musical. Nos últimos anos, um dos principais objetivos educacionais tem sido garantir que os alunos assumam um papel mais significativo em todo o processo educacional e, assim, se tornem agentes ativos e protagonistas de sua própria formação (BOVILL et al.,2016; CERNEV, 2015; MATTAR, 2020). Logo,o uso de metodologias motivadoras e flexíveis que integremdiferentes recursos didáticos, conteúdos dinâmicos e interativos diversifica os canais de comunicação em que os alunos participam ativamente de seus itinerários formativos de acordo com seus estilos de aprendizagem.As metodologias ativas são baseadas na aprendizagem centrada no aluno, transformando-os em agentes engajados e responsáveis pela sua própria educação (CONTRERAS-GASTELUM; LOZANO-RODRIGUEZ, 2012; COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Assim, os alunos atuam como co-criadores como professor da disciplina. Trata-se de um processo colaborativo e recíproco através do qual os participantes -a saber, professores, tutores/monitores e alunos -podem contribuir igualmente, embora não necessariamente de forma idêntica, para a conceituação curricular ou pedagógica, tomadas de decisões, implementação, pesquisa ou análise (BOVILL et al., 2016). A mediação tecnológica ocorre por meio de ferramentas e recursos que otimizam a busca pela aprendizagem, contribuindo ativamente para a produção de conhecimento. Este artigo traráalgumas discussões sobre o uso de metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem musical, pautando em reflexões a partir da perspectiva dos licenciandos em música no ensino superior àdistância. A disciplina de Estratégias de Aprendizagem a Distância ministrada no primeiro semestre de 2020 pela Universidade de Brasília -UnB teve como objetivo desenvolver reflexões e práticas utilizando as tecnologias digitais para a
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 4aprendizagem musical, explorando possibilidades que oferecessem o desenvolvimento de ações participativas baseadas nos pressupostos das metodologias ativas. Dessa maneira, investigueicomo as metodologias ativas e as tecnologias digitais poderiam incentivaruma participação mais ativa dos alunos em seu processo de aprendizagem e sugerir possíveis mudanças em suas próprias práticas pedagógicas.A implementação de metodologias ativas em sala de aulaAs TICs tornaram-se parte do nosso dia a dia, fornecendo uma variedade de recursos que permitem uma interação pedagógica, ampliando as opções para serem utilizadas em sala de aula. Contudo, elas não são suficientes para garantir inovação e uma efetiva aprendizagem. Assim, a tônica deve estar na exploração e compreensão de como a utilização de tais ferramentas podem contribuir nos processos de ensino e aprendizagem musical: quais métodos, conteúdos e forma de avaliação podem ser agora contemplados. Sob este aspecto, Mattar (2017, p. 65) reflete:[...] as metodologias ativas, apesar de resultarem quase sempre em maior motivação e envolvimento dos alunos em atividades, não geram resultados de melhora de aprendizagem quando são realizadas avaliações tradicionais, como testes que procurem mensurar a retenção imediata de conhecimento. Entretanto, quando se procura avaliar o desenvolvimento de habilidades mais complexas, como resolução de problemas e transferência do aprendizado para a realidade, e mesmo a retenção do conhecimento mais no longo prazo, os resultados dos alunos que utilizaram metodologias ativas são em geral melhores do que os que utilizaram metodologias de ensino tradicionais.Também, Bacich e Moran (2018, p. 77) destacam:Os estudantes do século XXI, inseridos em uma sociedade do conhecimento, demandam um olhar do educador focado na compreensao dos processos de aprendizagem e na promocao desses processos por meio de uma nova concepcao de como eles ocorrem, independentemente de quem eo sujeito e das suas condicoes circundantes. No mundo atual, marcado pela aceleracao e pela transitoriedade das informacoes, o centro das atencoes passa a ser o sujeito que aprende, a despeito da diversidade e da multiplicidade doselementos envolvidos nesse processo.No curso de licenciatura em música na modalidade à distância da Universidade de Brasília, o projeto político pedagógico prevê em seus pressupostos e em ofertas de disciplinas o uso de metodologias ativas mediadas pelas TIC (UnB, 2019). Avariedade de estratégias
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 5| 5metodológicas a serem utilizadas na concepção, planejamento e desenvolvimento das aulas eum recurso importante, pois estimulaa reflexão sobre outras questões essenciais, como a relevância da utilização das metodologias ativas para favorecer o engajamento dos alunos e as possibilidades de integração dessas propostas ao currículo (BACICH; MORAN, 2018).Na modalidade a distância, os alunos apresentam diferentes perfis, necessidades e interesses. A diversidade de regiões de nosso Brasil alcançadas pelos pólos do curso (sudeste, centro-oeste e norte) também revela suas singularidades, com diferentes culturas e formas de interações preferenciais. O mesmo ocorre com as formas de aprender, distintas, singulares e plurais: “o mundo ehíbrido e ativo, o ensino e a aprendizagem, também, com muitos caminhos e itinerários que precisamos conhecer, acompanhar, avaliar e compartilhar de forma aberta, coerente e empreendedora(BACICH; MORAN, 2018, p. 52). Masetto (2010) sinaliza também para a importância da formação nos cursos superiores para que os alunos estejam aptos a atuar em projetos interdisciplinares: [...] o desempenho do profissionalatualmente exige interdisciplinaridade. O processo de aprendizagem precisa ser orientado pela mesma perspectiva, de modo que o conhecimento seja trabalhado de maneira interdisciplinar (MASETTO, 2010, p. 67).É o caso da disciplinade Estratégias de Aprendizagem a Distância, em que foram utilizados diferentes formatos para estimular a aprendizagem dos alunos, tais como a elaboração de wikis, slidesconceituais, criação de pequenos memoriais descritivos, produção de vídeos, enquetes e quiz, atividades de criação coletiva por aplicativos digitais, atividades interdisciplinares e reflexões colaborativas em formato de áudio. Para tanto, foram utilizados os pressupostos das metodologias ativas e estratégias motivacionais, a partir da aprendizagem baseada em projetos, sala de aula invertida e da aprendizagem colaborativa. Como produto dessa experiência, os estudantes produziram um memorial reflexivo em formato digital, utilizando o podcastcomo recurso tecnológico, no qual os alunos relatavam o processo de aprendizagem ao longo da disciplina. Os resultados do trabalho possibilitaram entender como as diferentes concepções sobre metodologias ativas foram assimiladas e incorporada pelos alunos,bem como analisar as potencialidades destas metodologias para uso no ensino de música a distância.Pautado teoricamente nos pressupostos basilares da aprendizagem colaborativa e na motivação para aprender, o diálogo e a exposição de ideias são amalgamados num objetivo comum (BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2012). Tais ações envolvem participação ativa do
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 6aluno no processo de aprendizagem, propicia interatividade, estimulação, expressão,aceitação das diversidades e diferenças, envolvimento e a mediação do professor (TORRES; IRALA, 2014). Desse cenário, a aprendizagem colaborativa reconhece e respeita o interesse prévio de cada estudante, sua experiência e seu entendimento de mundo,envolvendo a participação de todos no processo de construção do conhecimento. Além disso, incentiva autonomia e responsabilidade pela sua aprendizagem e do grupo. Com essa interação, os estudantes desenvolvem a capacidade de uma aprendizagem autorregulada na capacidade de preparar, facilitar e controlar a própria aprendizagem, proporcionar feedbacke reflexões quanto aos seus próprios resultados (CERNEV, 2021).Percurso MetodológicoA metodologia de pesquisa adotada para este estudo foi a pesquisa ação, delineada a partir da concepção da pesquisa ação integral e sistêmica proposta por André Morin (2004).Este tipo de pesquisa enriquece o saber-pensar-agir-ser tanto por parte do professor investigado como dos alunos (CHARBONNEAU, 1987). Assim, as aulas foram planejadas visando o envolvimento entre os alunos, professora, tutor e as possibilidades físicas dos recursos tecnológicos oferecidos pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (moodle) e pelas interações oferecidas pelo ciberespaço.A disciplina Estratégias de Aprendizagem a Distância, desenvolvida durante 1 semestre letivo, contabilizando 60h,foi concebida no formato de Unidades. O planejamento das aulas foi realizado de forma colaborativa pela professora investigadora e o tutor da disciplina. Ao todo, foram desenvolvidas 6 unidades com 11 atividades formativas (sendo 6 individuais e 5 coletivas). Destas, 5 visavam diretamente a reflexão dos alunos para com os recursos, estratégias e aprendizagem desenvolvidas em cada unidade e na disciplina como um todo. As propostas variavam com leitura de textos, produção de pesquisas na internet, produções musicais, produções de recursos audiovisuais e memoriais formativos. Como ferramentas tecnológicas, a disciplina utilizou os recursos próprios fornecidos pela Universidade como o AVA (moodle) e o MicrosoftTeams. Complementando estes recursos e por se tratar de uma disciplina que envolve estratégias de aprendizagem em diferentes formatos, outras possibilidades do ciberespaço foram utilizadas, sendo todos aplicativos gratuitos como o Bandlab, MuseScore, Anchor, Noteflighte Openshote a rede social WhatsApp. Os alunos também estavam livres para utilizar outros recursos que eles tinham acesso e familiaridade.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 7| 7Participaram deste estudo 142 alunos matriculados na disciplina em cinco polos (Anápolis -GO, Alexânia -GO, Palmas -TO, Franca -SP e Rio Branco -AC). Os dados resultantes de todo material coletado ao longo do semestre foram analisados e agrupados por temáticas utilizando o aplicativo Nvivo. Seu uso foi importante para criar um grande banco de dados no qual foram reunidos os dados coletados por diferentes fontes (questionários, textos dissertativos, vídeos e áudios) em um único projeto. Para categorização e apresentação dos dados, a análise destas atividades foi classificada em ordem de sua realização, apresentadas nominalmente de “atividade 1” a “atividade 5”, conforme tabela a seguir:Tabela 1 Instrumentos de coletas e análise de dadosProposta de AvaliaçãoNomenclaturaQuestões reflexivasAt. 1Produção de vídeoAt. 2Memorial formativoAt. 3Texto dissertativoAt. 4Produção de áudio (podcast)At. 5Fonte: Elaborado pela autoraO período compreendido entre a “atividade 1” e a “atividade 5” foi de 3 meses. A reflexão sobre as fontes feitas nos diferentes períodos permitiu identificar as diferenças, as mudanças de concepções, os diferentes fatores que geraram ou influenciaram nas escolhas e reflexões de cada aluno, bem como acompanhar as dificuldades enfrentadas em cada situação de aprendizagem. Visando a não identificação dos alunos e conforme os critérios éticos de pesquisa, o nome do(a)autor(a)de cada reflexão a seguir foi substituído por pseudônimos.Reflexões sobre a aprendizagem musical no contexto das metodologias ativasA disciplina Estratégias de Aprendizagem a Distância foi composta por 142 alunos do curso de licenciatura em Música na modalidade a distância da UnB. Trata-se de uma disciplina ofertada no primeiro semestre do curso. Justamente pelo desconhecimento do potencial das ferramentas tecnológicas, as experiências iniciais com tecnologias digitais na disciplina foram pautadas primeiramente no uso da plataforma digital (moodle) em que, além de utilizarmos como repositório de material (textos, áudios e vídeos), foram criados quiz, enquetes e uma
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 8apresentação da disciplina com a ferramenta H5P1. Na primeira unidade, realizamos o conhecimento das potencialidades da wiki, como forma de discutirmos colaborativamente os principais termos,usos e características próprias deste ambiente e da aprendizagem numa disciplina online.Sobre esse aspecto, a aluna Cristina, comenta: “uma ferramenta muito interessante que eu desconhecia, foi a wiki. Nunca imaginei que poderia escrever e um colega editar diretamente na plataforma, ampliando e complementando em tempo real o que estávamos escrevendo” (CRISTINA, at. 1). Ronaldo, complementa: “achei interessante que, na wiki, pudemos compartilhar nossos conhecimentos com os colegas e professora, em que todos auxiliavam na construcao coletiva do saber” (RONALDO, at. 4). De Igual modo, Lucca complementa:A criatividade que cada professor possui ao utilizar os recursos que a plataforma oferece faz toda diferença no processo de aprendizagem dos estudantes como o layoutda disciplina, os textos introdutórios com imagens, vídeos, hipertextos que levam às atividades, outros textos, os recursos da ferramenta H5P são muito importantes para manter a motivação e interesse do estudante no conteúdo da disciplina. O uso da wikifoi muito interessante, pois permitiu a interação em tempo real, sanando inclusive dúvidas surgidas no momento da atividade (LUCCA, at. 1).A wikié uma interessante ferramenta de criação de conteúdo,podendo ser usada para compartilhar informações como lições aprendidas e ser constantemente atualizada e revisitada, sempre que necessário. Após esse contato inicial com o ambiente AVA, começamos a elaborar atividades de pesquisa direcionada na rede, a fim de confrontarmos conceitos trazidos pelos textos-base.A proposta aqui era que a sala de aula invertida fosse utilizada, para que os alunos compreendessem as potencialidades de conhecer o tema, conteúdo e domínio inicial do assunto, antes de ter um contato com a professora. Assim, tanto o material disponibilizado como a pesquisa na rede foram fomentados antes dos encontros síncronos. Após esse tempo, a presencialidade virtual do tutor e da professora nos encontros síncronos eram otimizados para sanar dúvidas, trazer informações complementares e estabelecer pontes entre as reflexões trazidas pelos autores e as experiências dos alunos, além de nortear as atividades que viriam a seguir. Sobre esse aspecto, Ana e Zilu relatam:Nossos encontros síncronos eram ótimas oportunidades de tirarmos dúvidas, termos orientações e aprofundamentos sobre os textos lidos, bem como o suporte que a professora trazia para a realização de tarefas, pesquisas e produções musicais. Gostei de todo o material ser postando anteriormente, 1H5Psignifica HTML5 Package. Trata-se de um plugindo moodleque integra recursos interativos. Disponívelem: https://riu.cead.unb.br/images/pdf/h5p.pdf.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 9| 9pois assim já tínhamos acesso aos conteúdos a serem trabalhados, e podíamos discutir de forma mais aprofundada com a professora. Foi uma estratégia espetacular! (ANA, at. 5).Ser professor é um caminho instigante para o profissional. Ele não pode parar nunca; tem que estar atualizado constantemente. Imagine você trazer um texto para seus alunos, eles pesquisarem por outras fontes e, num encontro síncrono isso tudo ser discutido? Não é qualquer professor que encara um desafio de trabalhar desta forma. Precisa ter muita segurança, preparo, amplo conhecimento e humildade, para também reconhecer que outros conhecimentos podem ser agregados (ZILU, at. 4).De fato, na sala de aula invertida (flipped classroom)o design de aprendizagem difereda versão convencional de ensino. No método tradicional, os alunos geralmente aprendem a partir das explicações e exercícios dados pelo professor. Como resultado, isso faz com que a aula seja centrada no professor. No contexto da sala de aula invertida, os alunos têm atividades de aprendizagem fora da sala de aula por meio de recursos eletrônicos, pela pesquisa, questionamento e pela busca de novas fontes de informações. Portanto, no modelo de sala de aula invertida o processo de ensino-aprendizagem é centrado no aluno e demanda de um preparo diferenciado do professor. Paula reflete sobre essa questão:Achei ótima a ideia de conhecer o conteúdo antes das nossas lives[encontros síncronos]. Sempre ouvi que o aluno EaD estudava sozinho e se sentia distante do professor. Achei muito diferente disso; tinha a possibilidade de estudar sozinha, conhecer o material e o conteúdo e realizar as tarefas solicitadas, mas sempre mesenti acolhida pela professora e pelo tutor, presentes a todo momento que precisava (PAULA, at. 5).As oportunidades na sala de aula invertida eventualmente capacitam os alunos a crescer e expandir seus horizontes, tornado um pesquisador de sua aprendizagem. Acima das reflexões sobre as diversas possibilidades e recursos tecnológicos existentes na atualidade, erelevante verificar como a aprendizagem musical tem se estabelecido nesse cenário. Marcos relata suas reflexões sobre essa temática: Acredito que a estratégia que mais me chamou atenção na disciplina foi esse novo olhar para a aprendizagem. Estava acostumado em primeiro saber o que o professor tinha a dizer e depois fazer os exercícios para apreensão do conteúdo. Veja, a professora fez tudo isso de forma inversa. Primeiro tínhamos um roteiro do que ser feito, textos de apoio, atividades a serem realizadas que era estimulado a reflexão e a pesquisa complementar a partir dos textos; caso a gente precisasse, tínhamos acesso direto com a professora e o tutor não apenas pelo moodle, mas pelo seu próprio celular nos grupos de WhatsApp. Me senti totalmente seguro para fazer as atividades da disciplina, pois sabia
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 10que podia seguir com autonomia e sem medo de errar, pois a professora estava a um ‘clic’tirando minhas eventuais dúvidas (MARCOS, at. 4).Para garantir que a metodologia no contexto da sala de aula invertida seja eficaz para a aprendizagem dos alunos, é importante que se foque na seleção de estratégias ativas de aprendizagem a serem usadas em sala de aula (ARRUABARRENA et al., 2019). Desta forma, o processo precisa ser ressignificado nas práticas musicais educativas, para além da simples leitura antecedente à aula; o foco deve estar em propiciar caminhos, buscas e a descoberta de novos saberes, bem como as reflexões trazidas nesse cenário. Evaristo destaca essa perspectiva: [...]o legal disso tudo é que você não fica restrito aos textos apresentados, mas também busca por si próprio novas fontes de informacao” (EVARISTO, at. 3).Os avanços tecnológicos trazidos pelas TDIC permitem a produção de vídeos e sua visualização a qualquer hora e em qualquer lugar, contribuindo para aumentar a participação dos alunos no processo de aprendizagem. No caso específico da disciplina, os alunos facilmente puderam gravar e editar seus vídeos pelos seus próprios celulares, sendo também produtores de vídeos neste contexto acadêmico. De acordo com Arruabarrena et al.(2019), a produção de vídeos permite que os alunos se expressem de uma forma que os deixe mais à vontade, aumentando assim sua motivação e estimulando criações mais imaginativas. Outro benefício do uso da criação de vídeo pelos alunos é que ela também pode facilitar a experimentação, o engajamento ativo e a reflexão usando a experiência subjetiva como propulsor da aprendizagem. Tal estratégia foi bem aceita por vários alunos, sendo um dos mais citados, principalmente por conta da modalidade a distância:Acho fundamental a utilização de vídeos, tanto por parte do professor como dos alunos. Em um curso a distância, é importante que o professor conheça cada um de seus alunos e os alunos conheçam mais sobre seu professor. (DUARTE, at. 4).A produção de vídeos foi uma das atividades que mais me chamaram atenção. Pudemos nos expressar de forma que muitas vezes a gente não consegue no papel. Os feedbacksda professora também foram muito bons, pois pontuou cada uma das nossas reflexões. Acredito que isso uniu e aproximou mais os alunos e a professora (ERIKA, at. 5).O fato da interação entre os alunos para realização de atividades em grupos é um fator muito importante nessa modalidade de ensino a distância. Ela nos faz manter um relacionamento com os colegas, mesmo que em ambiente virtual, mas que nos aproxima e torna o processo de aprendizagem mais prazeroso. A troca de informações em áudio e vídeo minimiza a sensação de que o estudo a distância é um estudo isolado (HELLEN, at. 5).
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 11| 11Outra estratégia destacada positivamente pelos estudantes foi a atividade interdisciplinar ocorrida por meio da aprendizagem baseada em projetos. A proposta era a produção musical de um arranjo, gravação e realização de uma partitura, além da reflexão crítica de todoo processo formativo. Para tanto, os alunos precisaram se reunir, discutir, elaborar, gravar e trazer de forma crítica, não apenas um memorial formativo, como também uma avaliação de todo o processo realizado. Para dar respaldo, os alunos pesquisaram sobre diferentes estilos de aprendizagem que podem ocorrer nesse contexto. Os temas abordados em três disciplinas culminaram na reflexão dos alunos sobre saberes essenciais para a formação profissional. Segundo Bacich eMoran (2018), o envolvimento do aluno é ampliado quando ele estabelece conexões direta ou indiretamente com seu dia a dia. Os projetos interdisciplinares ajudaram nesse sentido, tecendo relações com outros conteúdos, disciplinas, curso, formação profissional e com a vida, conforme destacam Pedro, Cristiano e Emanuel: Interessante como aparentemente uma atividade pode envolver tantos conhecimentos e tantas aprendizagens diferentes. Algo comum no nosso dia a dia, que é fazer uma produção musical, mostrou adiversidade de conhecimentos, habilidades e interações que a gente nem pensava existir. Primeiro a discussão coletiva da produção. Depois, a elaboração do arranjo, a criação da partitura e posteriormente a gravação. Nesse processo, vimos como cada colega aprende de uma forma, alguns mais ‘mao na massa’, enquanto outros buscavam ‘racionalizar’ o que estavam fazendo. Essa diversidade mostra os potenciais para pensarmos em nossos futuros alunos, que vão também ter seus tipos de escolhas na forma de aprender efazer música. O texto de apoio da professora foi fundamental pra compreendermos teoricamente tudo isso” (PEDRO; CRISTIANO; EMANUEL, at. 3).Mattar (2020) explica que uma das características desta metodologia é o produto final um projeto entregue pelos alunos. Com o olhar interdisciplinar, a metodologia baseada em projetos auxilia os alunos a estabelecer conexões entre as disciplinas. No caso deste trabalho, os alunos entregaram para os três professores das disciplinas envolvidas o arranjoda partitura, um áudio da gravação realizada colaborativamente e uma reflexão do memorial formativo. Tal perspectiva mostra de forma concreta uma aprendizagem integrada e mais crítica por parte dos alunos. Além disso, metodologias ativas tendem a gerar uma maior retenção do aprendizado, o que fica mais evidente em avaliações realizadas no longo prazo:Acreditamos que um trabalho colaborativo interdisciplinar é de suma importância para tornar o processo de aprendizagem mais real à realidade profissional que estamos e estaremos inseridos. Projetos como esse, mostrou de forma global, como diferentes aprendizagens, recursos e metodologias utilizadas por diferentes professores podem culminar num resultado comum.
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 12De início, foi desafiador e um pouco caótico esseprocesso; mas depois de compreendermos os pressupostos envolvidos, vimos que é uma excelente estratégia a ser utilizada por nós em nossas atividades profissionais (THELMA; ROSVALDO; BRUNO, at. 3).Uma das propostas que fortalecem a conexao intrínseca entre música e tecnologia -alunos e professores está na aprendizagem colaborativa (KEMCZINSKI et al., 2007; CERNEV, 2015,2018,2021). Cernev (2018) aponta que trazer à tona o protagonismo do aluno, assim como seu envolvimento de modo ativo em todas as fases do processo criativo, jamais desconsidera a importância da orientação do professor nesse percurso. Importante destacar que o protagonismo do aluno, a autonomia para seu desenvolvimento e ele se tornar autor do seu conhecimento em nenhum momento substitui ou invalida a presença do professor. Muito pelo contrário, reforça sua necessidade. Trata-se de uma autonomia assistida, que ampara, dá suporte, auxilia, media e, principalmente, acompanha de pertotodo o processo formativo. O aluno jamais deve se sentir sozinho; pelo contrário, apresenta maior aproximação com o professor,pois são momentos para diálogos, reflexões e busca de entendimentos comuns.Ao elaboraruma proposta pedagógicaque enfatiza ouso de metodologias ativas,como a sala de aula invertida, a metodologia baseada em projetos e o protagonismo do aluno frente à novas formas de mediar o conhecimento por meio do ciberespaço, os alunos foram convidados a produzir uma série de podcastsobre ouso de tais metodologias. O resultado culminou na reflexão sobre o ser e o tornar-se professor de música frente às novas demandas e realidades tecnológicas e sociais,bem como uma avaliação das aprendizagens adquiridas ao longo do semestre. Nesse processo, os alunos foram incentivados a criarem seus temas e usar a criatividade e a criticidade na produção colaborativa desta reflexão. Os resultados revelaram como as ferramentas tecnológicas podem propiciar novas formas de conhecimento,como destaca a aluna Fabrícia:O processo de criação do podcast, em um primeiro momento, apresentou um caráter investigador das características do recurso, pois embora o termo estivesse cada vez mais presente e associado a diferentes contextos, desconhecia o seu significado. Uma vez identificada, a proposta da atividade apresentava um caráter inovador e instigava à produção no patamar da demanda. Em um segundo momento, mais especificamente durante o planejamento e sistematização do pensamento, surgiu a ideia do emprego do caráter cômico no podcast. A partir desse momento, no grupo, surgiram um “turbilhao de ideias” selecionadas gradualmente pelos próprios discentes. O desenvolvimento da atividade tornou-se lúdico e não se confundia com uma obrigação. As ideias consistiam na associação da resposta da demanda da atividade ao resgate de sons, vinhetas e outros referentes à vivência dos discentes. Não se tratava mais da elaboração de uma atividade para a obtenção
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 13| 13de créditos, a atividade, ao tempo em que atendia a demanda, se tornara o resgate de elementos culturais na forma de um podcast(FABRICIA, at. 5).A possibilidade de partilhas, criações, conversas e interações oportunizadas pelas TDIC têm ampliado espacialmente também as relações e os processos educativos, viabilizando diferentes possibilidades estratégicas e metodológicas em sala de aula (CERNEV, 2017). Efato que as tecnologias digitais podem auxiliar na interação e na colaboração em sala de aula e desempenham um papel de destaque na educação a distância. Diferentes métodos de ensino e tecnologias educacionais contribuem para a aprendizagem musicalna atualidade, cujos interesses são em consumir produtos midiáticos. Uma das tecnologias acessíveis tanto em sua construção como disseminação é a produção de podcasts. “Podcasting” e um termo empregado com o intuito de publicar conteúdo de áudio na web a partir de uma série de episódios com um tema gerador comum. De acordo com Cho, Cosimini e Espinoza (2017), os podcastssão transmissões de áudio (ou áudio com complementos visuais) distribuídos pela rede mundial de computadores (popularmente conhecida comoInternet) que podem ser consumidas por diversas plataformas digitais.O Podcastsurgiu como uma tecnologia alternativa para ser utilizado no âmbito educacional, pois facilita o acesso dos discentes a conteúdos, metodologias, reflexões e informações que podem ser desenvolvidos pelo professor em formato de documentários, aulas, entrevistas, etc. (BOTTENTUIT JUNIOR;COUTINHO, 2007). Uma facilidade é que, com este formato, o aluno pode acessar em seus dispositivos moveis, podendo baixar tais conteúdos ou assistir diretamente pela plataforma de streaming. Wagner observa bem essa questão ao apontar que, [...]até entrar na X, não imaginava que a avaliação poderia ser realizada num formato que não escrito. Nem imaginar que isso poderia ser utilizado num contextopedagógico dentro a universidade. Achei gratificante a ideia de poder utilizar ferramentas tecnológicas tão usuais no cotidiano como metodologia de ensino e aprendizagem online. Além de eu aprender a usar essa ferramenta em sua concepção e metodologicamente desde a produção de um roteiro, pude também aprender e conhecer tecnologias acessíveis para sua realização. Saber que existem mecanismos como o Anchorfacilita muito a produção destes áudios, além de poder facilmente colocar nas plataformas digitais (WAGNER, at. 4).As impressões trazidas por Fabrícia e Wagner reforçam como a utilização de recursos e ferramentas tecnológicas tão comuns no dia a dia dos estudantes podem facilitar e ampliar as aprendizagens em sala de aula. De igual modo, incentivam a pesquisa, a análise, reflexão e são possibilidades infinitas para o fazer musical,crítico e criativo. Também, o protagonismo do
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 14aluno é evidenciado nesse cenário, potencializado pelo uso do podcastcomo uma estratégia pedagógica. De acordo comBottentuit Junior e Coutinho (2007), a cada dia mais pessoas estudam em casa, podendoacessar o ciberespaço para aformação e aprendizagem a distância, buscandofora da escola a informação disponível nas redes de computadores e em serviços disponibilizados pela internet, que respondem as suas exigências pessoais de conhecimento. Andreia complementa esse olhar: O uso do podcastassociou todas as aprendizagens desenvolvidas ao longo da disciplina. Interessante como uma única atividade juntou tantos conhecimentos num só: pesquisa, criação de roteiro, composição de vinheta e trilha sonora, gravação, edição e publicação. Para isso tivemos que realizar um bom planejamento, um roteiro de gravação e trazer toda a reflexão crítica dos conteúdos, atividades e estratégias trazidas pela professora para dialogar e subsidiar nossa avaliacao” (ANDREIA, at. 5).Considerações e reflexões finaisO presente artigo trouxe os relatos e registros a partir das reflexões sobre a prática norteada na disciplina Estratégias de Aprendizagem a Distância na modalidade a distância ofertada pela Universidade de Brasília UnB. Os relatos descritos revelam como as metodologias ativas, quando empregadas de forma colaborativa e assistida,podem contribuir no processo de construção de conhecimento dos licenciandos em música. A crescente utilização das TDIC possibilitao surgimento de novos suportes de aprendizagem que visam responder às necessidades da sociedade moderna, marcando, desta forma, um papel cada vez mais dominante e indispensável na educação. De fato, o estudo mostrou que a mediação tecnológica propicia o compartilhamento de reflexões sobre as atividades desenvolvidas, acesso a novas fontes de conhecimento compotencial para auxiliar os alunos em sua formação musical,crítica e responsável.A metodologia apresentada na disciplina foi concebida num conjunto de várias abordagens que promovem o envolvimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem: motivação para aprender, aprendizagem colaborativa, estilos de aprendizagem e metodologias ativas que, de forma coesa, foram inseridos em diversos tipos de conteúdos (textos, vídeos, slides, tutoriais, quiz, enquetes, memoriais formativos, etc.) e dialogada com diferentes recursos e estratégias de aprendizagem, graças à sua flexibilidade. Em todos os formatos experimentados, foi demonstrado o quão viável é a utilização destas metodologias, gerando uma série de conteúdos e contribuindo para a formação musical profissional na
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 15| 15contemporaneidade. Além disso, os alunos expressaram altos níveis de satisfação com a implementação da proposta. Embora nem todos os alunos foram capazes de gerar novos conteúdos de forma crítica e aprofundada, todos foram capazes de apreciá-los quando seus colegas o fizeram. Para os professores, trabalhar com os pressupostos dasmetodologias ativas significa uma mudança em seu papel, voltando-se a criar estratégias pedagógicas, metodológicas e motivacionais para os alunos se sentirem ativos, participativos, autônomos, mas sempre com a assistência e suporte direto do professor. Muito se discute sobre a autonomia na aprendizagem para um aluno na educação a distância, mas grande parte da evasão relatada em artigos e pesquisas científicas se dá pelo sentimento de isolamento destes alunos. Este estudo revelou que, trazer autonomia e protagonismo do aluno de forma assistida é possível sem que eles se sintam isolados ou afastados do professor. Para tanto, o professor precisa se aproximar dos alunos, mediando para que todos estejam juntos, colaborativamente, atuando para o sucesso da aprendizagem. Se o professor estiver sempre em mente que a aprendizagem é multifacetada e necessita de inter-relações entre todos esses sistemas que envolvem o processo educacional, ele buscará por ações e estratégias que motivem os alunos para a aprendizagem musical em diferentes contextos e cenários sociais e culturais. A motivação é considerada um aspecto importante no processo de aprendizagem em sala de aula ou ambientes virtuais de aprendizagem, pois a intensidade e a qualidade do envolvimento exigido paraaprender dependem intrinsecamente dela. Também, os pressupostos da colaboração relatados neste estudo, complementa estudos anteriores (CERNEV, 2018,2021) ao destacar as potencialidades do fazer coletivo na autorregulação da aprendizagem.REFERÊNCIASARRUABARRENA, R. et al. Integration of good practices of active methodologies with the reuse of student-generated content. International Journal of Educational Technology in Higher Education,v.16, n.10, p. 1-20, 2019. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1186/s41239-019-0140-7. Acesso em: 11 ago. 2021.BACICH, L.; MORAN, J. (org.). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: Uma abordagem teórico-prática. São Paulo: Penso, 2018.BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (org.). Motivação do Aluno: Contribuições da psicologia contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 16BOTTENTUIT JUNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. Podcast em educação: Um contributo para o estado da arte. In: BARCA, A. et al. ed. lit. Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía: Libro de actas. A Coruña: Universidade, 2007.BOVILL, C. et al. Addressing potential challenges in co-creating learning and teaching: Overcoming resistance, navigating institutional norms and ensuring inclusivity in studentstaff partnerships. Higher Education, v. 71, n. 2, p. 195-208, maio 2016. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10734-015-9896-4. Acesso em: 16 out. 2022.CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: Estratégias de aprendizagem e motivação dos alunos. 2015. Tese (Doutorado em Música) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/128932. Acesso em: 23 jan. 2022.CERNEV, F. K. Ensino, Aprendizagem e Formação: O uso das mídias sociais pelos licenciandos de música. In: CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 2017, Natal. Anais[…]. Natal: ISME; ABEM, 2017.CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: Uma perspectiva metodológica para o ensino de música. Revista da Abem, v. 26, n. 40, p. 23-40, jan./jun. 2018. Disponível em: http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/718. Acesso em: 18 out. 2022.CERNEV, F. K. O estágio supervisionado nos cursos de licenciatura em música: discutindo a aprendizagem colaborativa para a formação docente na contemporaneidade. Orfeu,v. 6, n. 1, p. 1-18, 2021. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/20407. Acesso em: 23 fev. 2022.CHARBONNEAU, R. Vers une Définition de la Recherche-Action. In: DESLAURIERS, J-P. (ed.). Les méthodes de la recherche qualitative. Québec: Presses Universitaires du Québec, 1987.CHO, D.; COSIMINI, M.; ESPINOZA, J. Podcasting in medical education: a review of the literature. Korean Journal of Medical Education, v. 29, n. 4, p. 229, dez. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5717411/. Acesso em: 26 set. 2021.COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (org.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: Transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.CONTRERAS-GASTELUM, Y. I.; LOZANO-RODRIGUEZ, A. Aprendizaje auto-regulado como competencia para el aprovechamineto de los estilos de aprendizaje en alumnos de educación superior. Revista Estilos de Aprendizaje, v. 5, n. 10, p. 1-39, out. 2012. Disponível em: https://revista.ieee.es/index.php/estilosdeaprendizaje/article/view/964. Acesso em: 25 fev. 2021.DAVIS, A.; LITLLE, P.; STEWART, B. Developing an infrastructure for online learning. Theory and Practice of Online Learning, n. 97, 2008.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 17| 17KEMCZINSKI, A. et al. Colaboração e Cooperação Pertinência, Concorrência ou Complementaridade. Revista Produção Online, Florianópolis, v. 7, n. 3, p. 1-15, nov. 2007. Disponível em: https://producaoonline.org.br/rpo/article/view/68. Acesso em: 15 ago. 2021.MASETTO, M. T. O Professor na Hora da Verdade: A prática docente no ensino superior. São Paulo: Avercamp, 2010.MATTAR, J. Metodologias Ativas para a Educação Presencial, Blended e a Distância. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.MATTAR, J. Metodologias Ativas em Educação a Distância: Revisão de literatura. Rev. Brasileira Aprendizagem Aberta, São Paulo, v. 2, n. esp., p. 1-26, 2020. Disponível em: http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/549. Acesso em: 10 jul. 2021.MORIN, A. Pesquisa-Ação Integral e Sistêmica: Uma antropedagogiarenovada. Tradução: Michel Thiollent. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.TORRES, P. L.; ILARA, E. A. F. Aprendizagem Colaborativa: Teoria e prática. In: TORRES, P. L. (org.). Complexidade: Redes e Conexões na Produção do Conhecimento. Curitiba, PR: SENARPR, 2014.UNB. Universidade de Brasília. Projeto Político pedagógico do Curso de licenciatura em Música a distância. Brasília, DF: Universidade de Brasília, Departamento de Música, 2019.
image/svg+xmlMetodologias ativas em educação musical: Concepções e práticas no Ensino Superior a distânciaRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 18SOBRE OS AUTORESFrancine Kemmer CERNEVUniversidade de Brasília (UnB), Brasília DF Brasil. Professora do Departamento de Música. Doutorado em Música (UFRGS).Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 1ACTIVE METHODOLOGIES IN MUSIC EDUCATION: CONCEPTIONS AND PRACTICES IN DISTANCE HIGHER EDUCATIONMETODOLOGIAS ATIVAS EM EDUCAÇÃO MUSICAL: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS NO ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIAMETODOLOGÍAS ACTIVAS EN LA EDUCACIÓN MUSICAL: CONCEPCIONES Y PRÁCTICAS EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR A DISTANCIAFrancine Kemmer CERNEVUniversity of Brasilia(UnB)e-mail: francine@cernev.com.brHow to refer to this articleCERNEV, F. K. Active methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher education. Revista Hipótese, Bauru, v. 8, n. esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417Submitted: 10/03/2022Revisions required: 05/05/2022Approved: 01/07/2022Published: 01/12/2022
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 2ABSTRACT:This article aims to describe the reflection of undergraduate music students on the practice guided by active methodologies in the distance education course. The research took place within the Strategies in Distance Learning course through action research. The 142 students enrolled in the discipline, the teacher and tutor participated in the research. The discipline's core was to explore how active methodologies and digital technologies could foster the active participation of students in their learning process and suggest possible changes in their pedagogical practices. The assumptions of collaborative learning, motivation to learn, learning strategies, and active methodologies in education guided de actions in the dynamics of teaching during the course. The results showed that the articulation of knowledge, dialogue, and technological mediation promoted motivation, training, and musical development among participants. Overall, the usage of active methodologies expands music-making possibilities to promote and support teacher training in distance education.KEYWORDS: Active methodologies. Collaborative learning. Distance education.RESUMO: Este artigo tem por objetivo relatar a reflexão dos licenciandos em música sobre a prática norteada pelas metodologias ativas no curso superior a distância. A pesquisa ocorreu dentro da disciplina Estratégias de Aprendizagem a Distância por meio da pesquisa ação. Participaram da pesquisa os 142 alunos matriculados na disciplina, a professora investigadora e o tutor da disciplina.Os pressupostos da aprendizagem colaborativa, motivação para aprender,estratégias de aprendizagem e metodologias ativas em educação pautaram as ações nas dinâmicas do ensino durante o curso da disciplina. Os resultados mostraram que a articulaçãode saberes, o diálogo e a mediação tecnológica puderam abrir perspectivas paramotivação, capacitação e desenvolvimento musical por parte dos licenciandos em música. Em conclusão, a utilização de metodologias ativas amplia possibilidades no fazer musical de modo a promover e a apoiara formação docente no ensino superior a distância.PALAVRAS-CHAVE: Metodologias ativas. Aprendizagem colaborativa. Educação à distância.RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo relatar la reflexión de estudiantes de música sobre la práctica guiada por metodologías activas en el curso de educación superior a distancia. La investigación se llevó a cabo dentro de la disciplina de Estrategias de Aprendizaje a Distancia a través de la investigación-acción. Participaron de la investigación los 142 alumnos matriculados en la disciplina, el docente investigador y el tutor de la disciplina. Los supuestos del aprendizaje colaborativo, la motivación para aprender, las estrategias de aprendizaje y las metodologías activas en la educación orientaron las acciones en la dinámica de la enseñanza durante el transcurso de la disciplina. Los resultados mostraron que la articulación de saberes, diálogo y mediación tecnológica podría abrir perspectivas de motivación, formación y desarrollo musical por parte de los egresados de música. En conclusión, el uso de metodologías activas amplía posibilidades en la creación musical para promover y apoyar la formación docente en la educación superior a distancia.PALABRAS CLAVE: Metodologías activas. Aprendizaje colaborativo. Educación a distancia.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 3| 3IntroductionThe social contexts of music education, as a social and cultural system, have evolved, providing deep discussions and reflections on music education in our contemporaneity. According to Davis, Little, and Stewart (2008), all teaching and learning systems need to be developed based on the interests and needs of students associated with the learning outcomes that are intended to be achieved. Davis (2018) complements this by informing that the use of Digital Information and Communication Technologies (ICTs) in different scenarios of human activity, among which that of training, contributes to the design of teaching and learning methodologies based on collaboration among its members. The acquisition of these skills and abilities is of great pertinence for peer interaction and social and cultural development in music. In recent years, one of the main educational goals has been to ensure that students assume a more significant role in the entire educational process and thus become active agents and protagonists of their education (BOVILL et al.,2016; CERNEV, 2015; MATTAR, 2020). Consequently, using motivating and flexible methodologies that integrate different didactic resources and dynamic and interactive content diversifies the communication channels in which students actively participate in their formative itineraries according to their learning styles.Active methodologies are based on student-centered learning, transforming them into engaged agents responsible for their education (CONTRERAS-GASTELUM; LOZANO-RODRIGUEZ, 2012; COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004). Thus, students act as co-creators together with the subject teacher. This is a collaborative and reciprocal process through which participants -namely, teachers, tutors/monitors, and students -can contribute equally, though not necessarily identically, to curricular or pedagogical conceptualization, decision-making, implementation, research, or analysis (BOVILL et al.,2016). Technological mediation occurs through tools and resources that optimize the pursuit of learning, actively contributing to knowledge production.This article discusses active methodologies in teaching and learning music based on reflections from the perspective of music undergraduates in distance higher education. The subject Distance Learning Strategies taught in the first semester of 2020 by the University of Brasília -UnB aimed to develop reflections and practices using digital technologies for musical learning, exploring possibilities that would offer the development of participatory actions based on the assumptions of active methodologies. Thus, I sought to explore how active methodologies and digital technologies could foster more active participation of students in their learning process and suggest possible changes in their pedagogical practices.
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 4The implementation of active methodologies in the classroomICTs have entered our daily lives, providing tools that enable pedagogical interaction and creating a range of possibilities for use in the classroom. However, they are not enough to guarantee innovation and effective learning. Thus, the focus should be onexploring and understanding how such tools can contribute to the music teaching and learning processes: which methods, content, and form of assessment can now be contemplated. Under this aspect, Mattar (2017, p. 6, our translation) reflects:[...] the active methodologies, although they almost always result in greater motivation and involvement of students in activities, do not generate improved learning results when traditional assessments are performed, such as tests that seek to measure immediate knowledge retention. However, when one seeks to assess the development of more complex skills, such as problem-solving and transfer of learning to reality, and even the retention of knowledge in the longer term, the results of students who used active methodologies are generally better than those who used traditional teaching methodologies.Also, Bacich and Moran (2018, p. 77, our translation) point out:The students of the 21st century, inserted in a knowledge society, demand a look from the educator focused on understanding learning processes and promoting these processes through a new conception of how they occur, regardless of who the subject is and their surrounding conditions. In today's world, marked by the acceleration and transience ofinformation, the center of attention becomes the subject that learns, despite the diversity and multiplicity of elements involved in this process.In the distance learning undergraduate course in music at the University of Brasilia, the political, pedagogical project provides in its assumptions and discipline offers active methodologies mediated by ICT (UnB, 2019). We understand that a variety of methodological strategies to be used in the design, planning, and development of classes is an important resource for stimulating reflection on other essential issues, such as the relevance of the use of active methodologies to promote student engagement and the possibilities of integration of these proposals to the curriculum (BACICH; MORAN, 2018).In the distance learning modality, students have different profiles, needs, and interests. The diversity of regions of Brazil reached by the course centers (southeast, midwest, and north) also reveals their singularities, with different cultures and preferred forms of interactions. The same occurs with the ways of learning, distinct, singular, and plural: "the world is hybrid and active, teaching and learning, too, with many paths and itineraries that we need to know,
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 5| 5monitor, evaluate and share in an open, coherent and enterprising way (BACICH; MORAN, 2018, p. 52). Masetto (2010) also points to the importance of training in higher education courses so that students can act in interdisciplinary projects:[...] the performance of the professional currently requires interdisciplinarity. Therefore, the learning process needs to be guided by the same perspective so that knowledge is worked in an interdisciplinary way (MASETTO, 2010, p. 67, our translation).This is the case of the Distance Learning Strategies course, in which different formats were used to stimulate student learning, such as the elaboration of wikis, conceptual slides, creation of short descriptive memorials, production of videos, polls, and quizzes, collective creation activities through digital applications, interdisciplinary activities and collaborative reflections in audio format. To this end, the assumptions of active methodologies and motivational strategies were used based on project-based learning, flipped classrooms, and collaborative learning. As a product of this experience, the students produced a reflective memoir in digital format, using the podcast as a technological resource, in which the students reported the learning process throughout the course. The results of the work madeit possible to understand how the students' different conceptions about active methodologies were assimilated and incorporated, as well as to analyze the potential of these methodologies for use in distance music education.Theoretically based on the basic assumptions of collaborative learning and motivation to learn, dialogue and exposure of ideas are amalgamated into a common goal (BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2012). Such actions involve the student's active participation in the learning process, provide interactivity, stimulation, expression of acceptance of diversities and differences, and involvement and mediation of the teacher (TORRES; IRALA, 2014). In this scenario, collaborative learning recognizes and respects the previous interest of each student, their experience, and their understanding of the world, involving the participation of all in the process of knowledge construction. Moreover, it encourages autonomy and responsibility for one's own learning and that of the group. With this interaction, students develop the capacity for self-regulated learning in the ability to prepare, facilitate and control their own learning, provide feedback, and reflect on their results (CERNEV, 2021).
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 6Methodological PathThe research methodology adopted for this study was action research, outlined from the conception of integral and systemic action research proposed by André Morin (2004). This type of research enriches the knowing-thinking-acting-being of the investigated teacher and the students (CHARBONNEAU, 1987). Thus, the classes were planned to aim for the involvement between students, teachers, and tutors and the physical possibilities of the technological resources offered by the Virtual Learning Environment (moodle) and the interactions offered by cyberspace.The course Distance Learning Strategies, developed during one semester, totalizing 60 hours, was conceived in Units format. The planning of the classes was done collaboratively by the researcher teacher and the subject tutor. Six units were developed with 11 formative activities (6 individual and five collectives). Five are aimed directly at the student's reflection on the resources, strategies, and learning developed in each unit and the course. The proposals varied from reading texts, producing research on the internet, musical productions, productions of audiovisual resources, and formative memorials. As technological tools, the course used the University's resources, such as the VLE (moodle) and Microsoft Teams. Complementing these resources, and because it is a course that involves learning strategies in different formats, other cyberspace possibilities were used, all free applications such as Bandlab, MuseScore, Anchor, Noteflight and Openshot, and the social network WhatsApp. Students were also free to use other resources they had access to and were familiar with.Participants in this study included 142 students enrolled in the course in five centers (Anápolis -GO, Alexânia -GO, Palmas -TO, Franca -SP, and Rio Branco -AC). The data from all the material collected throughout the semester were analyzed and grouped by theme using the Nvivo application. Its use was important to create a large database in which the data collected from different sources (questionnaires, dissertation texts, videos, and audio) were gathered in a single project. For data categorization and presentation, the analysis of these activities was classified in order of their realization, presented nominally from activity 1to activity 5, according to the following table:
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 7| 7Table 1 -Data collection and analysis instrumentsEvaluation ProposalNomenclatureReflective questionsAt. 1Video productionAt. 2Formative memoirAt. 3DissertationAt. 4Audio production (podcast)At. 5Source: Prepared by the authorThe period between activity 1and activity 5was three months. The reflection about the sources made in the different periods allowed us to identify the differences, the changes in conceptions, and the different factors that generated or influenced the choices and reflections of each student, as well as to follow the difficulties faced in each learning situation. In order not to identify the students and according to the research's ethical criteria, the name of the author of each reflection below was replaced by pseudonyms.Reflections on musical learning in the context of active methodologiesThe subject, Distance Learning Strategies, was composed of 142 students from a distance learning undergraduate course in Music at UnB. It is a subject offered in the first semester of the course. Precisely because of the lack of knowledge about the potential of technological tools, the initial experiences with digital technologies in the course were based primarily on the use of the digital platform (moodle) which, besides being used as a repository of material (texts, audio, and videos), quizzes, polls anda presentation of the course were created using the H5P1tool. In the first unit, we learned about the potentialities of the wiki as a way to collaboratively discuss the main terms, uses, and characteristics of this environment and of learning in an online course.About this aspect, the student Cristina comments: a very interesting tool I didn't know about was the wiki. I never imagined that I could write and a colleague could edit directly on the platform, expanding and complementing in real time what we were writing(CRISTINA, at. 1). Ronaldo adds: I found it interesting that, on the wiki, we could share our knowledge 1H5P stands for HTML5 Package. It is a moodle plugin that integrates interactive features. Available at: https://riu.cead.unb.br/images/pdf/h5p.pdf. Access: 10 Jan. 2022.
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 8with classmates and teacher, where everyone helped in the collective construction of knowledge(RONALDO, at. 4). Likewise, Lucca complements:The resources that the teacher has makes all the difference in the learning process of the students, such as the layout of the subject, the introductory texts with images, videos, hypertexts that lead to activities, other texts, the resources of the HP tool are very important to maintain the motivation and interest of the student in the content of the subject. The use of the wiki was very interesting because it allowed interaction in real-time, including answering questions that aroseat the time of the activity (LUCCA, at. 1).The wiki is an interesting content creation tool that can share information as lessons learned and is constantly updated and revisited whenever necessary. After this initial contact with the VLE environment, webegan to develop activities of directed research on the web to confront concepts in the basic texts. The proposal here was to use the flipped classroom so that the students would understand the potential of knowing the subject's theme, content, and initial domain before having contact with the teacher. Thus, both the available material and the web research were encouraged before the synchronous meetings. After this time, the virtual presence of the tutor and the teacher in the synchronous meetings were optimized to answer questions, bring complementary information, and establish bridges between the reflections brought by the authors and the student's experiences, in addition to guiding the activities that would follow. About this aspect, Ana and Zilu report:Our synchronous meetings were great opportunities for us to ask questions, have guidance, deepen our understanding of the texts read, and support the teacher brought for completing tasks, research, and musical productions. All the material was posted beforehand because, in this way, we already had access to the content to be worked on and could discuss it in more depth with the teacher. It was a spectacular strategy! (ANA, at. 5).Being a teacher is an exciting path for professionals. He can never stop; he has to be constantly updated. Imagine you bring a text to your students, they research it from other sources, and in a synchronous meeting, discuss it all? Not just any teacher faces the challenge of working in this way. You need a lot of security, preparation, broad knowledge, and humility to recognize that other knowledge can be added (ZILU, at. 4).In the flipped classroom, the learning design differs from the conventional teaching version. In the traditional method, students usually learn from the explanations and exercises given by the teacher. As a result, this makes the class teacher-centered. In the flipped classroom context, students learn outside the classroom through electronic resources by researching, questioning, and searching for new sources of information. Therefore, in the flipped classroom
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 9| 9model, the teaching-learning process is student-centered and demands a differentiated preparation from the teacher. Paula reflects on this issue:Knowing the content before our lives [synchronous meetings] was great. I always heard that the EaDstudent studied alone and felt distant from the teacher. I found it very different; I could study alone, get to know the material and the content, and perform the requested tasks, but I always felt welcomed by the teacher and the tutor, present whenever Ineeded (PAULA, at. 5).The opportunities in the flipped classroom eventually empower students to grow and expand their horizons, becoming a researcher of their learning. Above the reflections on the various possibilities and technological resources that exist today, it is relevant to see how music learning has been established in this scenario. Marcos reports his reflections on this theme:The strategy that most caught my attention in the course was this new look at learning. I was used to knowing what the teacher had to say and then doing the exercises to apprehend the content. You see, the teacher did all of this in reverse. First, we had a script of what to do, support texts, and activities to be performed that stimulated reflection and complementary research based on the texts; if we needed it, we had direct access to the teacher and the tutor not only through moodle but also through his cell phone in WhatsApp groups. Second, I felt safe doing the course activities because I knew I could follow with autonomy and without fear of making mistakes because the teacher was just a click away from answering my eventual doubts (MARCOS, at. 4).To ensure that the methodology in the flipped classroom context is effective for student learning is important to focus on selecting active learning strategies to be used in the classroom (ARRUABARRENA et al., 2019). In this way, the process needs to be re-signified in musical educational practices beyond the simple reading preceding the lesson; the focus should be on providing paths, searches, and the discovery of new knowledge, as well as the reflections brought in this scenario. Finally, Evaristo highlights this perspective: [...] the cool thing about all this is that you are not restricted to the texts presented, but you also search for new sources of information yourself(EVARISTO, at. 3).The technological advances brought by ICT allow the productionof videos and their viewing at any time and anywhere, contributing to increasing student participation in the learning process. In the specific case of the course, students could easily record and edit their videos on their cell phones, being also video producers in this academic context. According to Arruabarrena et al. (2019), video production allows students to express themselves in a way that puts them more at ease, thus increasing their motivation and stimulating more imaginative creations. Another benefit of students' use of video creation is that it can facilitate
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 10experimentation, active engagement, and reflection using subjective experience as a learning driver. Such a strategy was well accepted by several students, being one of the most cited, mainly because of the distance learning modality:The use of videos is fundamental, both by the teacher and the students. In a distance learning course, the professor must get to know each of his students, and the students get to know more about their professor (DUARTE, at. 4).The video production was one of the activities that most caught my attention. We could express ourselves in a way that we often cannot on paper. The teacher's feedbacks were also very good because she punctuated each of our reflections. This brought the students and the teacher closer together (ERIKA, at. 5).The fact of interaction among students to perform activities in groups is a very important factor in this distance learning modality. It makes us maintain a relationship with our colleagues, even in a virtual environment, but it brings us closer and makes the learning process more enjoyable. The exchange of information in audio and video minimizes the feeling that distance learning is an isolated study (HELLEN, at. 5).Another strategy positively highlighted by the students was the interdisciplinary activity that occurred through project-based learning. The proposal was the musical production of an arrangement, recording, and score, in addition to the critical reflectionof the formative process. To do so, the students had to meet, discuss, elaborate, record, and bring a formative memorial and an evaluation of the whole process critically. To back this up, the students researched the different learning styles in this context. The topics covered in three disciplines culminated in the students' reflection on essential knowledge for professional training. According to Bacich and Moran (2018), student engagement is enhanced when they establish connections directly or indirectly with their daily lives. The interdisciplinary projects helped in this sense, weaving relationships with other contents, subjects, courses, professional training, and with life, as highlighted by Pedro, Cristiano, and Emanuel:It is interesting how one activity can involve so much knowledge and different learning experiences. Making a musical production, something common in our daily life, showed the diversity of knowledge, skills, and interactions that we didn't even think existed. First, the collectivediscussion of the production. Then, the elaboration of the arrangement, the creation of the score, and later the recording. In this process, we saw how each colleague learns differently, some more 'hands-on', while others tried to 'rationalize' what they were doing. This diversity shows the potential for us to think about our future students, who will also have their own choices in how they learn and make music. The teacher's support text was fundamental for us understanding all this theoretically" (PEDRO;CRISTIANO; EMANUEL, at. 3).
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 11| 11Mattar(2020) explains that one of the characteristics of this methodology is the final product -a project that the students deliver. With an interdisciplinary look, the project-based methodology helps students establish connections between disciplines. In the case of this work, the students delivered to the three teachers of the disciplines involved the arrangement of the score, an audio recording of the collaborative recording, and a reflection of the formative memorial. Such a perspective shows integrated andmore critical learning on the part of the students concretely. In addition, active methodologies tend to generate greater retention of learning, which is more evident in long-term evaluations:We believe that interdisciplinary collaborative work is of utmost importance to make the learning process more real to the professional reality that we are and will be inserted. Projects like this showed globally how different learning, resources, and methodologies used by different teachers could culminate in a common result. At first, this process was challenging and a little chaotic; but after we understood the assumptions involved, we saw that it is an excellent strategy to use in our professional activities (THELMA; ROSVALDO; BRUNO, at. 3).One proposal that strengthens the intrinsic connection between music and technology -students and teachers is collaborative learning (KEMCZINSKI et al.,2007; CERNEV, 2015, 2018, 2021). Cernev (2018) points out that bringing out the student's protagonism, as well as their involvement in an active way in all phases of the creative process, never disregards the importance of the teacher's guidance in this journey. It is important to emphasize that the student's protagonism, the autonomy for his development, and his becoming the author of his knowledge no longer replace or invalidate the teacher's presence. On the contrary, it reinforces the need for it. It is an assisted autonomy that supports, assists, mediates, and, most importantly, closely monitors the formative process. The student should never feel alone; on the contrary, they should be closer to the teacher because there are moments for dialogues, reflections, and the search for common understandings.By developing a teaching proposal based on active methodologies such as the flipped classroom, the project-based methodology, and the protagonism of the student facing new ways of mediating knowledge through cyberspace, the students were invited to produce a podcast series on the use of such methodologies. The result culminated in reflecting on being and becoming a music teacher facing the new demands and technological and social realities, as well as evaluating the learning acquired during the semester. In this process, the students were encouraged to create their themes anduse their creativity and criticality in the collaborative
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 12production of this reflection. The results revealed how technological tools could provide new forms of knowledge, as highlighted by the student Fabrícia:The process of creating the podcast, at first, presented an investigative character of the characteristics of the resource because although the term was increasingly present and associated with different contexts, I was unaware of its meaning. Once identified, the activity proposal presented an innovative character and instigated the production on demand. In a second moment, more specifically during the planning and systematization of the thought, the idea of using the comical character in the podcast came up. From this moment on, a whirlwind of ideasgradually selected by the students emerged in the group. The development of the activity became playful and not to be confused with an obligation. The ideas consisted in associating the answer to the activity's demand with the rescue of sounds, vignettes, and others related to the student's experiences. It was no longer about the development of activity to obtain credits, the activity, while meeting the demand, had become the rescue of cultural elements in theform of a podcast (FABRICIA, at. 5).The possibility of sharing, creation, conversations, and interactions enabled by ICTs have also spatially expanded relationships and educational processes, enabling different strategic and methodological possibilities in the classroom (CERNEV, 2017). It isa fact that digital technologies can assist in classroom interaction and collaboration and play a prominent role in distance education. Different teaching methods and educational technologies contribute to music learning today, with interest in consuming media products. One of the technologies accessible in its construction and dissemination is the production of podcasts. Podcastingis a term employed to publish audio content on the web from a series of episodes with a common generating theme. According to Cho, Cosimini, and Espinoza (2017), podcasts are audio broadcasts (or audio with visual complements) distributed over the World Wide Web (popularly known as the Internet), and various digital platforms can consume that.The Podcast has emerged as an alternative technology to be used in education, as it facilitates students' access to content, methodologies, reflections, and information that the teacher can develop in the form of documentaries, classes, interviews, etc. (BOTTENTUIT JUNIOR; COUTINHO, 2007). One facility is that, with this format, the student can access it on their mobile devices, download such content or watch it directly through the streaming platform. Wagner observes this issue well when he points out that [...] until I joined X, I couldn't imagine that evaluation could be done in a format other than written. Nor could it be used in a pedagogical context within the university. Instead, I found the idea of using technological tools that are so common in everyday life as an online teaching and learning methodology gratifying. Besides me learning how to use this tool in its conception and methodologically from the production of a script, I could also learn and get to
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 13| 13know accessible technologies for its realization. Knowing that there are mechanisms such as Anchor makes it much easier to produce these audios, besides being able to easily put them on digital platforms (WAGNER, at. 4).The impressions brought by Fabrícia and Wagner reinforce how the use of technological resources and tools so common in students' daily lives can facilitate and expand learning in the classroom. Likewise, they encourage research, analysis, and reflection and are infinite possibilities for critical and creative music-making. Also, the student's protagonism is evidenced in this scenario, enhanced by using the podcast as a pedagogical strategy. According to Bottentuit Junior and Coutinho (2007), every day, more people study at home, and from there, they can access the cyberspace of training and distance learning, searching outside the school for the information available on computer networks and services available on the Internet, which meet their knowledge requirements. Andreia complements this view: The use of the podcast linked all the learning developed throughout the subject. It is interesting how a single activity gathered so much knowledge into one: research, script creation, vignette and soundtrack composition, recording, editing, and publishing. For that, we had to do good planning, a recording script and bring all the critical reflection of the contents, activities, and strategies brought by the teacher to dialogue and subsidize our evaluation" (ANDREIA, at. 5).Final considerations and reflectionsThe present article brings the reports and records from the reflections on the practice guided in the course Strategies for Distance Learning offered by the University of Brasilia -UnB. The described reports reveal how active methodologies, when used in acollaborative and assisted way, can contribute to the knowledge construction of music students. The growing use of ICT has enabled the emergence of new learning supports that aim to meet the needs of modern society, thus marking an increasingly dominant and indispensable role in education. The study showed that technological mediation provides the sharing of reflections on the developed activities and access to new sources of knowledge and has the potential to assist students in their critical and responsible musical education.The methodology presented in the course was conceived in a set of several approaches that promote the active involvement of students in the learning process: motivation to learn, collaborative learning, learning styles, and active methodologies that were cohesively inserted into various types of content (texts, videos, slides, tutorials, quizzes, polls, formative memorials, etc.) and dialogued with different resources and learning strategies, thanks to its
image/svg+xmlActive methodologies in music education: Conceptions and practices in distance higher educationRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 14flexibility. In all the formats tried out, it was demonstrated how viable these methodologies are, generating a range of content and contributing to professional music education in contemporary times. Furthermore, students expressed high levels of satisfaction with the proposal's implementation. Although not all students could generate new content critically and in-depth, all could appreciate it when their peers did. For the teachers, working with the assumptions of active methodologies means a change in their role, focusing on creating pedagogical, methodological, and motivational strategies for students to feel active, participatory, and autonomous, but always with the direct assistance and support of the teacher. Much has been discussed learning autonomy for a student in distance education, but a large part of the dropout reported in articles and scientific research is due to the feeling of isolation of these students. This study revealed that bringing autonomy and protagonism to the student in an assisted way is possible without them feeling isolated or distant from the teacher. Therefore, the teacher needs to get closer to the students, mediating so that everyone is together, collaboratively, and acting for learning success. Suppose the teacher always keeps in mind that learning is multifaceted and needs interrelations between all these systems that involve the educational process. In that case, they will search for actions and strategies that motivate students to learn music in different social and cultural contexts. Motivation is considered an important aspect of the learning process in the classroom or virtual learning environments because of the intensity and quality of the engagement required to learn intrinsically on it. Also, the assumptions of collaboration reported in this study complement previous studies (CERNEV, 2018, 2021) by highlighting the potential of collective doing in the self-regulation of learning.REFERENCESARRUABARRENA, R. et al. Integration of good practices of active methodologies with the reuse of student-generated content. International Journal of Educational Technology in Higher Education,v.16, n.10, p. 1-20, 2019. Available at: https://link.springer.com/article/10.1186/s41239-019-0140-7. Access: 11 Aug. 2021.BACICH, L.; MORAN, J. (org.). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: Uma abordagem teórico-prática. São Paulo: Penso, 2018.BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (org.). Motivação do Aluno: Contribuições da psicologia contemporânea. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
image/svg+xmlFrancine Kemmer CERNEVRev. Hipótese, Bauru, v. 8, esp. 1, e022022, 2022. e-ISSN: 2446-7154DOI:https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID417| 15| 15BOTTENTUIT JUNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. Podcast em educação: Um contributo para o estado da arte. In: BARCA, A. et al. ed. lit. Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía: Libro de actas. A Coruña: Universidade, 2007.BOVILL, C. et al. Addressing potential challenges in co-creating learning and teaching: Overcoming resistance, navigating institutional norms and ensuring inclusivity in studentstaff partnerships. Higher Education, v. 71, n. 2, p. 195-208, maio 2016. Available at: https://link.springer.com/article/10.1007/s10734-015-9896-4. Access: 16 Oct. 2022.CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: Estratégias de aprendizagem e motivação dos alunos. 2015. Tese (Doutorado em Música) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Available at: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/128932. Access: 23 Jan. 2022.CERNEV, F. K. Ensino, Aprendizagem e Formação: O uso das mídias sociais pelos licenciandos de música. In: CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 2017, Natal. Anais[…]. Natal: ISME; ABEM, 2017.CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: Uma perspectiva metodológica para o ensino de música. Revista da Abem, v. 26, n. 40, p. 23-40, jan./jun. 2018. Available at: http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/718. Access: 18 Oct. 2022.CERNEV, F. K. O estágio supervisionado nos cursos de licenciatura em música: discutindo a aprendizagem colaborativa para a formação docente na contemporaneidade. Orfeu,v. 6, n. 1, p. 1-18, 2021. Available at: https://www.revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/20407. Access: 23 Feb. 2022.CHARBONNEAU, R. Vers une Définition de la Recherche-Action. In: DESLAURIERS, J-P. (ed.). Les méthodes de la recherche qualitative. Québec: Presses Universitaires du Québec, 1987.CHO, D.; COSIMINI, M.; ESPINOZA, J. Podcasting in medical education: a review of the literature. Korean Journal of Medical Education, v. 29, n. 4, p. 229, dez. 2017. Available at: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5717411/. Access: 26 Sept. 2021.COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (org.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: Transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.CONTRERAS-GASTELUM, Y. I.; LOZANO-RODRIGUEZ, A. Aprendizaje auto-regulado como competencia para el aprovechamineto de los estilos de aprendizaje en alumnos de educación superior. Revista Estilos de Aprendizaje, v. 5, n. 10, p. 1-39, out. 2012. Available at: https://revista.ieee.es/index.php/estilosdeaprendizaje/article/view/964. Access: 25 Feb. 2021.DAVIS, A.; LITLLE, P.; STEWART, B. Developing an infrastructure for online learning. Theory and Practice of Online Learning, n. 97, 2008.
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