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Bauru,
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esp. 1,
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6
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2
.
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ISSN: 2446
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7154
DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
|
1
O CANTO CORAL NO NOVO NORMAL
EL CANTAR CORAL EN LA NUEVA NORMALIDAD
CHORAL SINGING IN THE NEW NORMALITY
Paula
MOLINARI
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e
-
mail:
paula.molinari@ufma.br
Erik Gabriel Cunha
LINHARES
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e
-
mail:
linhareserikgabriel@gmail.com
Henrique
LISBÔA
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
e
-
mail:
henriquelisboa.educ@gmail.com
Kédma Cruz
SANTOS
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e
-
mail:
kedma.santos@discente.ufma.br
Fernanda Lima
ALVES
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e
-
mail:
fl.alves@discente.ufma.br
Como referenciar este artigo
MOLINARI, P.; LINHARES, E. G. C.; LISBÔA, H.; SANTOS, K. C.; ALVES, F. L.
O canto
coral no
novo normal
.
Revista Hipótese
, Bauru, v. 8, esp. 1, e02202
6
, 2022. e
-
ISSN: 2446
-
7154. DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
Submetido em
:
10/03/2022
Revisões requeridas em
:
05/05/2022
Aprovado em
:
01/07/2022
Publicado em
:
01/12/2022
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
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ISSN: 2446
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RESUMO
:
Os coros foram muito impactados pela pandemia da Covid
-
19, no entanto, o uso
das tecnologias digitais possibilitou a continuidade das atividades artísticas e sociais. Este artigo
identifica os desafios que o coral UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO encontrou nesta nova
modalidade e aponta as adaptações que foram necessárias para sua performance musical nas
diversas plataformas digitais disponíveis. A metodologia adotada foi a Artistic Research
(COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), aliad
a à etnografia digital, realização de análise
do discurso, composição coral para o ambiente GMeet, planificação e reorganização de
estratégias de ensaios da peça, registro de cada etapa, performance e autoavaliação seguida de
análise dos resultados. Atravé
s dos dados coletados e resultados artísticos alcançados se
considerou a importância de uma equipe multidisciplinar e a necessidade de conhecimento mais
aprofundado sobre acústica musical e práticas criativas para os novos regentes
.
PALAVRAS
-
CHAVES
: Ensin
o de canto coral. Composição para coral. Artistic
research
.
RESUMEN
:
Los coros se vieron muy afectados por la pandemia del covid
-
19, sin embargo el
uso de las tecnologías digitales permitió continuar con las actividades artísticas y sociales.
Este artícu
lo identifica los desafíos que encontró el coro escénico
UFMA CANTa
-
CORAL
CÊNICO
en esta nueva modalidad y señala las adaptaciones que fueron necesarias para su
desempeño musical en las diversas plataformas digitales disponibles. La metodología adoptada
fue la Investigación Artística (COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), combinada con
e
tnografía digital, realización de análisis de discurso, composición coral para el ambiente
GMeet, planificación y reorganización de estrategias de ensayo de la obra, grabación de cada
escenario, performance y realización de autoevaluación seguida del análi
sis de los resultados.
A través de los datos recopilados y los resultados artísticos alcanzados, se consideró la
importancia de un equipo multidisciplinario y la necesidad de un conocimiento más profundo
sobre acústica musical y prácticas creativas para lo
s nuevos directores.
PALABRAS CLAVE
: Enseñanza del canto coral. Composición para corales. Investigación
artística
.
ABSTRACT
:
The covid
-
19 pandemic significantly impacted the choirs, however, the use of
digital technologies made it possible to continue artistic and social activities. This article
identifies the challenges the scenic choir UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO encountered in
this
new modality and identifies the adaptations necessary for its musical performance on the
various digital platforms available. The methodology adopted was Artistic Research
(COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), combined with digital ethnography, conducti
ng
discourse analysis, choral composition for the GMeet environment, planning and
reorganization of rehearsal strategies for the play, recording each stage, performance, and
self
-
assessment followed by an analysis of the results. Through the data collected
and the
artistic results achieved, were considered the importance of a multidisciplinary team and the
need for more knowledge about musical acoustics and creative practices for the new conductors
.
KEYWORDS
: Choir singing teaching. Composition for coral.
Artistic
research
.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
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Kédma Cruz SANTOS
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Fernanda Lima ALVES
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Rev. Hipótese,
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Introdução
As constantes adaptações às dinâmicas sócioculturais
fazem parte da vida. Em maior ou
menor intensidade, vivemos constantes transformações, porém, a exigência imposta pela
pandemia
-
COVID
-
19
-
impôs adaptações radicais em um curto espaço de tempo. Os coros
foram muito impactados pela pandemia, no entanto,
o uso das tecnologias digitais possibilitou
a continuidade das atividades artísticas e sociais. Este artigo identifica os desafios que o UFMA
CANTa
-
CORAL CÊNICO encontrou e aponta as adequações que foram necessárias para sua
performance musical nas diver
sas plataformas digitais disponíveis.
UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO é fruto das atividades que ocorrem na disciplina
obrigatória Canto Coral e Técnica Vocal I e II e no projeto de extensão que leva o nome no
coral. O número de integrantes vária de 20 a 60, de
pendendo da participação, mais ou menos
assídua, da comunidade. Partindo da proposta de ser uma disciplina obrigatória e também
extensão universitária, o coral serve de lugar de vivência musical e laboratório de regência para
os alunos do Curso de Licencia
tura em Linguagens e Códigos
-
Música, da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA), do Centro de Ciências de São Bernardo.
Para vislumbrarmos um estudo que pudesse considerar o rigor científico e a
maleabilidade própria da arte, sem dicotomizar Ciência e Ar
te, mas, sim, unindo os caminhos
para a produção de conhecimento partilhável, optamos pela Artistic Research, que traduzimos,
literalmente, como Pesquisa Artística e que se constitui uma forma de pesquisa própria das
Artes, fruto de um movimento europeu in
iciado desde a Declaração de Bolonha (1999), sobre
a unificação do ensino superior. Com isso, ao falarmos em Pesquisa Artística, o termo virá em
maiúscula por se referir a um tipo específico de pesquisa, com características próprias e que, na
nossa compree
nsão, está em consonância com Coessens, Crispin e Douglas (2009).
A metodologia inclui a pesquisa
-
ação crítico
-
colaborativa (PIMENTA, 2005), a
etnografia digital, onde a observação participante é o principal instrumento de coleta de dados
(HORST; MILLER, 2
012), sem descartar alguns elementos da análise do discurso e a prática
artística como elemento essencial de onde surgem sendo respondidas às perguntas de pesquisa.
Ressaltamos que na Pesquisa Artística temos inúmeras perguntas de pesquisa que devem guiar
o artista
-
pesquisador durante o processo. Ainda assim, nossa pergunta inicial foi: o que, de fato,
caracteriza a atividade coral nos diferentes contextos e ambientes
-
presencial e on
-
line? Desta
pergunta, muitas outras surgiram, nos levando aos resultados
apresentados neste texto e dizem
respeito ao objetivo de verificar as problemáticas do fazer musical coral no domínio das
plataformas digitais, o que, também, envolveu realizar a testagem de múltiplas plataformas
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O canto coral no novo normal
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(
Google Meet, Bandlab, Whatsapp, Cleanfeed
), elencar as especificidades do contato dos
alunos com as plataformas no manuseio das mesmas, propor possíveis resolutivas mediante os
desafios encontrados e verificar a aplicabilidade das soluções propostas mediantes as situações
específicas
.
Ambiente
e aprendizagem
-
contexto e relações
Tratamos de um grupo coral com atividade no interior do estado do Maranhão, nordeste
brasileiro e num curso de licenciatura que considera que a formação do músico inclui a voz
como elemento indissociável do processo d
e escuta. De maneira geral, a voz ocupa vários
lugares na formação e talvez, o mais representativo seja o da entonação de sons. A prática do
solfejo é a mais usual, na área, além da utilização nas práticas criativas que envolvem
improvisação livre, imitaçã
o de sons da natureza, por exemplo
.
A formação musical, no ensino superior, no Maranhão, existe em duas instituições,
Universidade Federal do Maranhão, contando com dois
campi
, um em São Luís (capital) e outro
em São Bernardo (interior)
-
ambos inseridos n
a modalidade presencial
-
e a Universidade
Estadual do Maranhão, com um curso, também na modalidade presencial, na capital do estado
e está presente em vários municípios do estado, na modalidade EAD
-
Ensino à Distância, em
licenciatura
.
Os
campi
/polos do
s cursos de música no Maranhão não contam, em totalidade, com
estudantes que são cantores, ou seja, fala
-
se de discentes que são violinistas, saxofonistas,
tecladistas, pianistas, violinistas, entre outros, ou pessoas que não tiveram uma formação
musical f
ormal ou informal e esperam aprender durante a graduação. Tal realidade torna a
prática coral uma vivência acessível a todos, nos diferentes níveis, portanto, importante para a
experiência do fazer musical.
Na capital, em São Luís, temos a Escola de Música
do Estado do Maranhão “Lilah
Lisboa de Araújo
”
, esta é de nível técnico e atua no ensino de instrumentos há mais tempo que
as universidades. Durante a pandemia, as aulas individuais de canto lírico foram ofertadas
remotamente, mas o canto coral não, apesa
r de ser um componente curricular obrigatório para
todos os cursos da escola
.
Tratando
-
se da efetividade da comunicação remota através das redes de internet, a
qualidade depende de uma diversidade de fatores que determinam os limites comunicativos de
deter
minadas ferramentas digitais e de sua funcionalidade dentro desse domínio. O fluxo de
dados estabelecido na conexão entre sistemas e servidores depende de uma estrutura física
-
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Erik Gabriel Cunha LINHARES
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Kédma Cruz SANTOS
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tecnológica funcional, que coordena a comunicação entre as plataformas. Proble
mas como a
transmissibilidade de dados entre dispositivos conectados a uma rede e de limitações estruturais
da maior parte dos
softwares
de videoconferência, tais como, limitações na interface, limitações
na gestão dos dados e limitações de otimização, com
plicam ainda mais o cenário
.
Dentro dos domínios da comunicação através de recursos remotos
-
digitais, a sincronia
em tempo real é uma das grandes barreiras que delimita muitos dos limites dessa experiência.
A impossibilidade de uma prática simultânea e d
e uma sincronia sonora satisfatória entre os
usuários, engendra severos desdobramentos em diversas camadas educativas da performance e
do ensino do canto coral, por exemplo, a articulação de uma percepção sonora coletiva, a escuta
coletiva do grupo musical
, dinâmica e recíproca entre todos que abarca uma série de relações
sensoriais essenciais para a prática artística
.
São vários aspectos da prática coral estando em estudo, mas, o fazer individual e o fazer
que se dá com e em resposta ao outro é o que mais
parece estar comprometido, admitindo
-
se
que a escuta do grupo, em grupo e com o grupo é a matriz geradora das diversas possibilidades
de condução da interpretação que a regência busca determinar. Não se trata de uma escuta
somente técnica. Trata
-
se do des
envolvimento de uma escuta ativa, participativa e grupal. Foi
hipótese nossa que prescindir dessa condição seria o mesmo que criar a ilusão de um coral sem,
no entanto, propiciar a experiência coral como um acontecimento sonoro resultante de um
processo de
escuta característico. Com isso, o acontecimento musical coral, que conhecíamos
antes do chamado novo normal, passaria a ser um privilégio de músicos experientes, por meio
da escuta interna, incorporada e que, por sua vez, é resultado da experiência de ca
ntar num
espaço comum, compartilhando da mesma acústica do ambiente em que se realiz
a
.
Afirmar ser indispensável a experiência sensorial do canto em conjunto num mesmo
ambiente físico para a boa formação do futuro educador musical seria uma percepção excl
usiva
nossa, na condução do UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO ou, de fato, outros educadores
musicais, regentes e coralistas tinham a mesma percepção? Para isso passamos a levar a
discussão a grupos de pesquisa e a estudarmos as conversas, transcrevendo diálogos e
analisando os discursos que, mais a frente, apresentamos
.
Sobre a alfabetização digital, estar inserido no meio tecnológico tem sido, em nosso
cotidiano, uma demanda constante desde as exigências impostas pela COVID
-
19, pois é um
contexto em que o fluxo de informação, de comunicação, as ações diárias e os planeja
mentos
são realizados, quase que exclusivamente, por meios tecnológicos, tais como, como
whatsapp
,
telegram
, jornais online e plataformas de cursos. No nosso contexto, na educação musical
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mediada por tecnologia, significou uma grande mudança, requerendo do
s docentes e discentes
a urgência no manejo dos recursos para a continuidade do processo de aprendizagem.
Aplicativos e plataformas como
Zoom
,
Google Meet
, Plataforma
Teams
permitem o
ensino de música focado em aulas expositivas que envolvam explanação e
debate coletivo de
conteúdos teóricos, porém, no canto coral estes aplicativos não atendiam a expectativa da escuta
coletiva sincronizada. O
Cleanfeed
1
prometia a sincronização mas, quando estávamos em aula,
não tínhamos sucesso em nenhuma das tentativas.
Quanto à aprendizagem, o fato de ser uma disciplina de canto coral num curso de
formação de professores de música, viver uma experiência coral no âmbito do curso de
licenciatura, pelo endereçamento próprio da formação, pressupõe aprender a conduzir uma
p
rática grupa
l
de experimentação musical, inclusive, práticas vocais
de
canto em conjunto.
Sendo assim, não se podia prescindir de propiciar uma experiência significativa que, a nosso
entender, os meios e recursos à mão não contemplavam.
A prática
resolvendo as questões
-
ou o caminho se faz caminhando
Guiados pela premissa da Pesquisa Artística
,
onde a prática deve responder às perguntas,
retomamos a prática coral somente com os alunos da licenciatura, sem a participação da
comunidade para, durant
e o caminho, decidir como e para onde ir.
Em uma das abordagens efetuadas, optamos pela utilização da plataforma
Cakewalk
Bandlab
como principal ferramenta para a efetivação do canto coral no âmbito virtual. É um
software Digital Audio Workstations
-
DAW
-
para armazenamento e gerenciamento de áudio.
Entre as diversas dificuldades impostas pelas plataformas de teleconferência testadas, as
limitações em ouvir os demais membros em uma atividade musical síncrona, os problemas de
sincronia adequada e condições
de escuta indesejáveis nas plataformas
g
oogle
meet
e
cleanfeed
aparecem. Uma das possíveis abordagens alternativas
consistiu na eliminação do canto coral
síncrono para dar lugar ao desenvolvimento individual, de cada coralista. O resultado musical
desejado
foi a produção de um arquivo de áudio que pudesse ser enviado via
email
ou
whatsApp
e mixado aos demais, posteriormente.
Essa atividade consistiu em cada aluno gravar individualmente um arquivo de áudio
onde este performa sua linha melódica utilizando os
dispositivos disponíveis, celular,
computador ou
tablet
, baseado em uma referência de sincronia. Esse principal ponto de
1
Cleanfeed
-
trata
-
se de uma plataforma de estúdio on
-
line para
interações ao
-
vivo e gravações em áudio. Promete
a sincronização do áudio, das várias vozes, em tempo real.
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referência consiste em gravações das partes separadas SATB
-
soprano, contralto, tenor e baixo
-
sintetizadas digitalmente por computad
or através da linguagem
midi
, muito utilizada em
programas de notação
-
acompanhadas de um metrônomo. A isso chamamos guia. Esta guia é
a principal referência para o estudo na precisão das alturas correspondentes às partes individuais
de cada coralista e t
ambém serve de referência métrica para a precisão rítmica, facilitando a
junção e mixagem posterior, com os demais áudios.
Similar ao nosso, Eren e Öztug (2020) desenvolveram um estudo sobre a aplicabilidade
de
samples
gerados por computador como ferrament
a auxiliar na aprendizagem do canto coral.
Tal prática é denominada como o coral virtual.
Durante os estágios iniciais do período de isolamento, lidar com a turma do
coral foi particularmente desafiador para os professores; plataformas online
como ‘‘Google Meet’’ ou ‘‘Zoom’’ não podiam fornecer um ambiente em
tempo real no qual várias pessoas p
udessem cantar juntas. Para garantir que
uma aula tão importante continuasse com o mínimo de impedimentos durante
o ensino
à
distância, foi idealizada uma ferramenta complementar para os
alunos do curso de coral: o coral virtual (EREN
;
ÖZTUG, 2020, p. 1118
,
tradução nossa)
.
2
Entre os diversos desafios encontrados
—
além de elaborar um plano pedagógico
consistente
—
, nos deparamos com as dificuldades que circundam a relação dos alunos com as
plataformas utilizadas. Pelo fato do processo ser muito mais cent
rado na individualidade
—
devido ao manuseio das ferramentas virtuais disponíveis e do estudo isolado
—
a afinidade e
domínio técnico do aluno no ambiente virtual, foi essencial no processo.
No início da pandemia
-
COVID
-
19
-
surgiu a necessidade do isolam
ento social. As
diversas transformações sociais no ambiente educacional exigiram do aluno e do professor o
domínio das ferramentas digitais para atender às novas possibilidades de contato. Tal realidade
pode ser observada como um fenômeno que impõe profund
as transformações, tanto para os
alunos
-
coralistas
-
como para os regentes
-
professores. Vemos no relato de Grushka
et al.
(2021,
p .7) ao afirmarem que “este era um território desconhecido e minha identidade profissional
estava prestes a experimentar uma
significativa adaptação social e tecnológica” que não era
uma exclusividade nossa, a necessidade de refazer o trajeto do ensino e da aprendizagem.
2
During the initial stages of the isolation period, handling the choir class has been particularly challenging for
teachers; online platforms such
as ‘‘Google Meet’’ or ‘‘Zoom’’ could not provide a real
-
time environment in
which multiple people could sing together. To ensure that such an important class continued with minimum
hindrance during distance learning, a supplementary tool was devised for st
udents taking the choir course: the
virtual choir.
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De início, como parte do planejamento, elencamos algumas considerações acerca das
problemáticas que havíamo
s vivenciado com as atividades anteriores de performance musical
em ambientes virtuais, com foco no canto coletivo. Chegamos ao consenso de que algumas
dessas práticas em alguns ambientes tornou
-
se muito frequente, e em outros, quase que
predominante. Pode
mos destacar como a principal: o exagero nos processos de edição de áudio
posterior às atividades, geralmente feita pelo professor devido ao caráter meticuloso e
perfeccionista que tal procedimento exige. Nos opusemos a essa linha de raciocínio e de
trabal
ho considerando essencial que, a qualidade do produto da aula de coral seja um reflexo
do percurso de aprendizagem do coralista, dado o nosso contexto de ensino, um curso de
licenciatura interdisciplinar em música, ou dizendo de outro modo, um curso de for
mação de
professores de música.
Notadamente, a abordagem de edição mais frequente consiste na seleção de pequenos
fragmentos de trilha gravada pelo coralista e/ou sincronização artificial de determinados trechos
do áudio, ao tempo da música, criando
outro
tipo de performance, agora mediada e com
interferência direta daquilo que passamos a chamar de regência virtual, ou seja, agora o regente,
ou como aqui escolhemos dizer, o regente
-
professor, toma as decisões no momento da edição.
Para nós, duas
considerações, daquele momento da pesquisa, foram determinantes para
a continuidade do processo. A primeira é a constatação da desconfiguração da performance
original por meio da edição do áudio que, por sua vez, remonta um resultado irreal e não
desejado
do ponto de vista do ensino
-
aprendizagem
,
pois, o produto final resultante da atividade
do coralista, não corresponde à realidade de seu acontecimento e tampouco reflete as
habilidades desenvolvidas por ele ou ela, ao longo do percurso de aprendizagem e, a segunda,
sobre o resultado sonoro das at
ividades que, deve almejar um resultado satisfatório, sim, mas
que, independente de suas pequenas imperfeições, reflita uma performance real e completa do
coralista, registrada em áudio.
Devido
à
atividade centrada no coralista, consideramos o resultado c
omo um
instrumento preciso para a avaliação por parte do docente e de autoavaliação para o aluno. Esse
instrumento avaliativo, apesar de suas limitações,
—
principalmente no que se refere a perda
da qualidade do áudio, a depender do dispositivo em que foi
realizada a captação, dificulta o
ensino da técnica no canto coral. Neste caso, o parâmetro sonoro mais prejudicado foi o timbre,
junto à projeção da voz, limitando os níveis de orientação que poderiam ser compartilhados em
um ensaio presencial, principalm
ente no que se refere à técnica vocal. Contudo, a gravação
preserva os elementos que tomamos como básicos da performance vocal, a precisão na afinação,
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o fraseado e a precisão rítmica. Partimos da análise desses elementos básicos fornecidos pelos
áudios pa
ra conhecer as dificuldades e aprimorarmos nossa percepção sobre a condição musical
real de cada coralista.
Ao todo foram realizadas as gravações de três peças corais:
Per Crucem
-
do
Cancioneiro de Taizé,
Noite de Oração
-
uma adaptação de um canto natali
no e
O Coração
-
uma composição feita pelo compositor Francisco Silva, aluno egresso do nosso curso de
licenciatura. Cada peça possui características e desafios musicais variados, contudo, é possível
perceber a curva de aprendizagem no resultado de cada pr
ocesso. Seguindo a ordem cronológica,
apresentamos os links para audição dos resultados:
a)
Per crucem
3
.
b)
Noite de Oração
4
.
c)
O Coração
5
.
De fato, a utilização das guias foi o instrumento que possibilitou a sincronia dentro desse
ambiente. Possibilitou també
m um resultado a partir de um percurso de aprendizagem que
oferece novidades quanto às ferramentas de estudo que são complementares ao fazer coral.
Nesse aspecto podemos compreender que a utilização das guias é uma ferramenta de estudo
individual flexível
para o estudante, que desenvolve habilidades individuais apesar da ausência
do contato com o coral presencial. Eren e Öztug (2020) chamam de coro virtual, em sua
denominação, aquilo que chamamos aqui de guias. Sobre os resultados esperados e das
hipóteses
que o treino com as guias pode oferecer para o estudante, na visão deles:
Espera
-
se que os alunos tenham sessões práticas eficientes com sons de coro
virtual; com a oportunidade de praticar a qualquer hora, em qualquer lugar,
eles terão mais tempo para ap
rimorar suas habilidades em comparação com os
ensaios da
realidade
, que são em número limitado (EREN
;
ÖZTUG, 2020, p.
1119, tradução nossa)
.
6
Ao observar a guia como principal ferramenta norteadora, concluímos que esta é um
ponto de referência exato e preciso no que diz respeito a entoação das notas, a disposição rítmica
e a articulação das vozes
entre si
. Eren e Öztug (2020) fortalecem esse arg
umento ao afirmar
que:
3
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jhqcjnEBCuI.
Acesso em: 10 jan. 2022.
4
Disponível em
: https://www.youtube.com/watch?v=IdTzwcK_Wm4
.
Acesso em: 10 jan. 2022.
5
Disponível em
:
https://www.youtube.com/watch?v=6SnwSlDqxCI
.
Acesso em: 10 jan. 2022.
6
A series of assumptions are put together regarding the usability of virtual choir recordings during distance
education. It is expected that students will have efficient practice sessions with virtual choir sounds; with the
opportunity to practice anytime,
anywhere, they will have more time to enhance their skills compared to real
-
life
rehearsals, which are limited in number.
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As gravações virtuais do coral, geradas por computador, são impecáveis no
que diz respeito à precisão das alturas, pelo que se assume que proporcionarão
um ambiente áudio adequado para os alunos trabalharem nas suas entonações
(uma s
ubcategoria da musicalidade). Um som de metrônomo é fornecido para
cada gravação virtual e espera
-
se que esse recurso ajude os alunos a
acompanhar seu tempo na ausência de um maestro (EREN
;
ÖZTUG, 2020, p.
1119
-
1120, tradução nossa)
.
7
Grushka
et al.
(2021) denominam coral virtual, o fazer coral dentro do ambiente virtual,
que difere da denominação sugerida no estudo
de
Eren e Öztug
(2020) que tratam o termo coral
virtual como amostras artificiais geradas por computador para recurso de aprendizagem e
referências de estudo, as guias. Dentro da perspectiva de Grushka
et al.
(2021) podemos
complementar nosso argumento em direção a nossa
s observações e insights pedagógicos
perante as relações que permeiam o fazer coral no ambiente virtual e partilhar da ideia de que
os “coros virtuais performam dentro de sua própria ecologia a partir do acesso ao pessoal, o
biológico e o tecnológico”
8
(G
RUSHKA
et al.,
2021, p. 4) e, a partir disso, crer que a realidade
constitutiva do ambiente virtual impõe uma ecologia que lhe é própria. Isso se dá, contornando
e regendo os limites da comunicação e a forma como os indivíduos se interrelacionam dentro
des
te ambiente. Essas relações possuem inúmeras variáveis que tendem a mudar conforme o
ambiente virtual, o
software
ou a plataforma.
A constatação de que a pandemia gerou um
novo normal
, como foi denominado o
tempo posterior ao isolamento social estrito, no
s fez olhar para as condutas de outra maneira.
Não era mais uma situação temporária
. D
efinir como vivenciar características próprias do canto
coral no novo ambiente e tomar decisões sobre quais seriam as características indispensáveis
para a manutenção da
prática coral visando sua permanência era imprescindível.
No nosso entendimento, a escuta coletiva era o ponto mais crítico. Conversando em
grupo de pesquisa, refletindo sobre o assunto, transcrevendo a conversa e analisando o discurso,
pudemos perceber q
ue a escuta era o ponto
-
chave para muitos regentes corais.
No
G
-
PEM
-
Grupo de Estudos em Educação Musical/UNESP e
no
Laboratório/Ateliê de Pesquisa Artística
-
UFMA/SB regentes profissionais discutiram a questão e algumas afirmações merecem ser
ressaltada
s.
Afirmações dos regentes
que
recorreram a
softwares de edição, gravação e mixagem
musical multipistas em experiências docentes vividas nas atividades corais,
após
serem
7
Moreover, the virtual choir recordings, being computer generated, are impeccable with respect to the accuracy
of pitches, and so it
is assumed they will provide a suitable audio environment for students to work on their
intonations (a sub
-
category of musicality). A metronome sound is provided for each virtual recording, and this
feature is expected to help students keep track of their
timing in the absence of a conductor.
8
Virtual choirs perform within their own ecology accessing the personal, the biological, and the technological.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
e
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
e
-
ISSN: 2446
-
7154
DOI:
https://doi.org/
10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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transcritas, foram selecionadas e estão apresentadas a seguir. Foi utilizado o negrit
o nas
expressões que traziam, direta ou indiretamente, a escuta como característica essencial.
Quadro
1
–
Análise 1
Regente 1
—
Como educadora, para mim, foi muito bacana no sentido de descobrir novas maneiras de
podermos afinar as pessoas, de ajudar nessa questão da escuta, porque eu acho que afinação está mais na escuta
e a
escuta dentro do canto coral, dentro da aula
é tão pouca. É tão pouco o tempo que a gente tem
.
Regente 2
—
Trabalhar com a escuta não tem sido fácil
, tem sido possível criar o coral e manter o
fazer coral!!
M
as aí, decidi que eu não vou oferecer Coral II porque eles só tem
dois semestres de coral no curso
inteiro. Eu estou pensando o seguinte
—
Eu quero que vocês me convençam do contrário, porque isso é que é
legal e é isso que a gente vai fazer com certeza
[
...
]
Quando eu estou decidindo isso (não oferecer o Coral II) é
por
que se eu oferecer Coral II, este grupo que vai fazer Coral II, viverá o Coral
,
mas não viverá a proposta de
trabalhar escuta do ponto de vista de ser o professor!!
Regente 3
—
Então, o que foi bacana para mim esse ano, não foi conhecer a voz dos cantores,
—
muito
pelo contrário
—
foi fazer com que eles se conhecessem!!. Porque, as coisas que eu vinha trabalhando e falando
para eles, se revelaram de
outra forma, mais c
oncreta. Então
para mim funcionou ao contrário
,
disso de que os
regentes não conheciam as vozes dos cantores. Eu acredito nisso, mas não é a minha vivência justamente porque
eu trabalho com corais pequenos. Então, eu conheço muito bem as limitações das pes
soas e eu pude presenciar
o crescimento deles
,
porque
eles fizeram outro trabalho vocal, que era o de reconhecer a própria voz
.
Fonte: Arquivo Pessoal
Tal processo, de transcrição e análise de marcadores do discurso relativos à escuta,
corrobora nossa hipótese e, naquele momento, foi o que nos permitiu seguir. Sem isso, o novo
normal imposto pela pandemia teria passado sem nos trazer o desafio de pensar sobre a
possibilidade de novas soluções.
Vimos que cada um dos regentes citados, apes
ar de terem elencado os aspectos positivos
das experiências, em maior ou menor medida, deixaram transparecer a fragilidade do trabalho
da escuta coletiva que tanto nos parecia faltar. A análise dos discursos confirmou nossa hipótese
de que o desenvolviment
o da escuta seguia presente como uma das características fundamentais
do trabalho coral.
Mudando a rota para encontrar outros caminhos
Este tópico trata do processo criativo que envolveu a composição de miniaturas para o
novo normal do canto
coral. Por se tratar de conhecimento partilhável a partir da relação direta
com o processo, será redigido em primeira pessoa, na voz da pesquisadora responsável pela
pesquisa e compositora da miniatura. Saliente
-
se que tal especificidade é parte da estrutu
ra
característica da Pesquisa Artística para dar voz ao conhecimento incorporado.
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
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ISSN: 2446
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10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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Movida pela necessidade de conexão com o novo normal, passei a pensar como eu
poderia criar condições para o desenvolvimento da escuta coletiva no ambiente virtual que os
cor
alistas tinham à disposição. O próprio conceito de coro de leigos necessitava ampliação para
o fato do termo leigos se referir
,
também, ao desconhecimento de como usar as plataformas e
aplicativos específicos da área da música.
O coral é uma atividade voca
l, portanto, qual voz temos no
GMeet
ou no
Zoom
? Da
mesma forma que ao cantarmos num teatro, numa igreja, numa praça ou numa sala de concerto,
precisamos nos adaptar para buscarmos um resultado acústico específico e da mesma forma
que determinadas composiç
ões são pensadas para ambientes específicos, pensei que eu
precisava pensar em como eu poderia criar miniaturas que ajudassem o coral a existir
coletivamente no ambiente virtual, em tempo real, fazendo música junto, no mesmo tempo
-
espaço, assumindo a voz p
ossível no
GMeet
ou no
Zoom
, brindando aquele grupo de professores
em formação com a experiência mínima necessária para criar seus próprios grupos vocais, seus
corais. Não era apenas a preocupação
de
viver a experiência coral
,
mas, de apreender
,
por meio
d
a prática
e
do conhecimento incorporado
,
a vivenciar uma escuta e vocalização em naipes
,
num novo ambiente.
É importante frisar a grande influência dos pressupostos levantados por Murray Schafer
(2011) tanto em sua obra escrita como composicional, em espec
ial em A Afinação do Mundo
e a
o
trabalho da pesquisadora Marisa Fonterrada, educadora musical, notadamente no trabalho
O Lobo
Labirinto
-
(
FONTERRADA
,
2004
). Tais influências me levaram a conhecer um novo,
bem recente, campo de estudo, a Arte Sonora
Ambiental.
A Arte Sonora Ambiental
-
tradução de
Environmental Sound Art
-
é uma arte com o
objetivo claro de provocar o ouvinte a refletir sobre as questões ambientais, no seu sentido mais
amplo. No entendimento de Gilmurray (BIANCHI; MANZO, 2016) a
sound
art
carrega uma
forte conexão com a utilização de diferentes mídias e com a música experimental e que,
atualmente, a compreensão depende muito de como cada um interpreta a terminologia. Os
caminhos da Arte Sonora Ambiental são traçados nesse território fl
uido, que admite a
experimentação e, ao mesmo tempo, a tradição musical.
Foi nessa mescla de influência que a primeira miniatura, denominada
INter
foi proposta.
O nome sugere a interdisciplinaridade, a interconexão, a interiorização da escuta
-
ou a escuta
interior, a interculturalidade e todos os processos que acontecem internamente, quando
enfrentamos situações
-
limite que nos desafiam. No caso específico da criação de
INter
, o que
fez eclodir o impulso criativo foi a percepção de que o ambiente virtual er
a esse novo lugar que
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
e
Fernanda Lima ALVES
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Rev. Hipótese,
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eu, como compositora, cantora, regente, professora e pesquisadora, passava habitar. O espaço
virtual me imputou a consciência de mais uma voz possível
,
portanto, graças ao aporte que as
ideias e pressupostos dos autores citados foram
apreendidas por mim ao longo de anos de
contato, o ambiente virtual passou a ser mais uma dimensão do meu entendimento de presença
no mundo, sem dicotomizar o virtual e o não
-
virtual e sim, integrando
-
os ao meu ser e viver o
mundo, no momento presente. Sob
re tal aspecto, outros estudos precisam ocorrer para melhor
aprofundar.
Sobre o material composicional escolhido, partindo do território fluído propiciado pela
Arte Sonora Ambient
al
, foi: dó, ré bemol e mi com diferentes estruturas fixas que se repetiam
em
cada naipe.
A divisão foi feita em 3 vozes: Voz 1, Voz 2 e Voz 3, sendo:
Quadro
2
–
Material Composicional
Naipe
Estrutura
Voz 1
mi, ré bemol, dó, ré bemol, mi
Voz 2
dó, ré bemol, mi
Voz 3
ré bemol, mi, dó
Fonte:
Arquivo Pessoal
A escolha do
uso da partitura gráfica, para indicar o movimento das vozes, ocorreu para
tirar o foco da leitura musical convencional e toda a carga de tensão que os estudantes de música
carregam em relação ao solfejo, no intuito de privilegiar a entrada no novo ambient
e e sua
fruição.
Os movimentos das vozes foram determinados assim:
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
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Figura
1
–
Partitura Gráfica
Fonte:
Arquivo Pessoal
As decisões criativas visavam o resultado sonoro ocorrido no jogo de tensões e
resoluções que a sobreposição das vozes geraria, acusticamente falando. O
delay
-
aquele atraso
costumeiro do
Gmeet
e do
Zoom
, passou a integrar o jogo e, com ele, o desafio da
escuta atenta
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se intensificava. A atenção ao movimento de cada voz era imprescindível e, por isso, a presença
naquele ambiente também era conclamada. Não era mais possível estar à margem do que
ocorria
,
mas, era preciso estar
no
ambiente virtual por inteiro para que o resultado surgisse.
Foi com tais consignas que a primeira miniatura
-
INter
-
foi interpretada. Abaixo, segue
o manuscrito e o link
9
de acesso à gravação bem sucedida:
Figura
2
–
Partitura Manuscrita
Fonte:
Arquivo Pessoal
Parada para analisar o processo
Todo o trabalho desenvolvido ficaria sem a possibilidade de uma análise de resultados
se uma autoavaliação não fosse propiciada. Organizamos uma entrevista aberta
com
duas
coralistas e
,
também
,
a an
álise da observação
-
participante, fruto da etnografia digital que nos
levou a uma discussão dos resultados.
Apresentamos, inicialmente, a autoavaliação do ponto de vista da observação
-
participante. Elaboramos cinco questões norteadoras que
direcionaram o diálogo com duas
participantes imersas na vivência musical foco deste estudo. O primeiro questionamento se deu
para compreender como havia sido a receptividade da prática coral no contexto online, assim,
em ambos os diálogos se notou uma boa
receptividade ao ambiente para a prática vocal.
9
Disponível em
:
https://drive.google.com/file/d/1wiymQQJSudJDclrx433cnVgQa7WiTEE9/view?usp=sharing
.
Ace
sso em: 10 jan. 2022.
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
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10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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No segundo questionamento buscamos conhecer a percepção das coralistas referente à
algo que foi mais marcante nas aulas, em resposta a isto uma delas disse: “a condução das aulas
–
os professores não ensinav
am a gente a decorar um
a
voz simplesmente
,
mas
,
a entender o que
estávamos cantando, como corrigir erros e isso foi de bastante contribuição para um melhor
aprendizado”, isto demonstra que o trabalho desenvolvido instigou a(s) participante(s) a
compreender a linha melódica do naipe, o contexto harmônic
o, além de aprender a solucionar
e dar atenção a pontos que, corriqueiramente, não daria tempo presencialmente.
No terceiro questionamento averiguou
-
se se havia compreensão sobre esses dois
universos de prática musical (presencial e online)
. Em
explicação
a isto, as coralistas
endossaram que o contato físico entre os componentes do coral foi a maior carência nesse
momento, visto que a conexão de internet, geralmente, não contribu
í
a e não propiciava uma
resposta rápida ao que estava sendo proposto. Relataram
que, especificamente, na peça
contemporânea houve maiores dificuldades por não ouvirem com precisão as trocas de notas.
Na quarta pergunta
se quis
conhecer as dificuldades enfrentadas por estas. Neste ponto
foi apontado que a escuta sendo o maior desafio
, além da compreensão da partitura não
convencional, uma vez que a partitura não definia uma duração para as trocas de notas, os
participantes ficavam totalmente dependentes da atenção auditiva à outra linha melódica em
desenvolvimento.
Por fim, perguntou
-
se sobre algo que as havia marcado significativamente e que poderia
impulsionar a sua prática profissional/musical. Ambas responderam que desde os informes
iniciais sobre as peças, o aquecimento vocal direcionado ao repertório e/ou para a solução de
dificu
ldades de algum integrante da turma, as leituras do repertório, os
kits
de ensaio até a
prática pedagógica aplicada pelos docentes
foram
pontos que influenciarão na prática musical
destas.
Aqui apresentamos o ponto de vista dos três regentes
-
professores
da disciplina:
Quadro
3
–
Análise 2
Regente
-
professor 1
Como docentes e discentes estamos inseridos totalitariamente num contexto social presencial onde o
contato físico, a percepção sonora, a instantaneidade de respostas as propostas se dão de maneira mais efetiva,
talvez, o ponto mais desafiador tenha sido a
atenção àquilo que era desenvolvido em aula ou posteriormente
a
est
á
pelos participantes, com zelo e cuidado, buscando algo significativo para o processo de aprendizagem
musical.
Assim, instigar os estudantes a se manterem participativos e integrados a pr
oposta foi um desafio, visto
que num primeiro momento estes não estariam cantando juntos como num coral tradicional, mas estudando a
linha melódica do seu naipe, fazendo uma gravação e postando no BandLab para análise dos docentes.
Num momento concomitant
e, aconteciam os “aquecimentos vocais” que contemplavam o repertório
outrora estudado ou aspectos técnicos que ajustasse a afinação, consciência muscular/corporal do cantor, entre
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Paula MOLINARI
;
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;
Henrique LISBÔA
;
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e
Fernanda Lima ALVES
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outros, assim como a análise, leitura e compreensão harmônica da condução de
vozes.
Como mencionado anteriormente, a escuta foi um desafio não apenas para os cantores, mas para os
regentes, devido às limitações da plataforma e/ou da conexão de internet entre os participantes. Em especial à
última peça do repertório, que se desenv
olveu em tr
i
o, essa escuta se intensificou, pois mesmo com as limitações
deste contexto, tínhamos que instigar os estudantes a compreender (escutar) a linha melódica do outro naipe
para que houvesse harmonia entre as vozes e uma prática coral eficiente.
P
arcialmente, no contexto coral presencial tais ajustes se dão de maneira auditiva ou intuitivamente
pela harmonia, se tornando mais “fácil” ou corriqueiro por ser algo mais rápido devido
à
convivência,
entretanto, o que difere da prática coral remotamente,
é que nem sempre se terá uma boa conexão de internet
e/ou equipamentos (notebook, fones de ouvido, tablet, Ipad) de ótima qualidade para o desenvolvimento desta
de maneira benéfica.
Regente
-
professor 2
Concluo que as atividades
desenvolvidas surtiram efeitos consideráveis no ensino e na aprendizagem
dos alunos, principalmente no que se refere às estratégias de estudo pessoal. Embora a prática coral presencial
seja a atividade ideal para a performance musical vocal coletiva, posso
perceber que esta possui seus limites,
também. Principalmente no que se refere a valorização da dimensão acentuada do desenvolvimento pessoal do
coralista, e, no processo de autoconhecimento de suas próprias habilidades e fragilidades.
Ao longo do estudo
foi possível vislumbrar a utilidade que as ferramentas digitais podem fornecer para
o desenvolvimento musical e pedagógico em ambientes físicos e digitais do canto coral.
A partir disso, podemos vislumbrar insights para o futuro da prática Coral. Neste F
uturo, deve
-
se
conciliar o melhor que esses dois mundos podem oferecer, e, propiciar a renovação de estudos musicais e
aproveitar o melhor que esses dois ambientes de convivência podem engendrar.
Regente
-
professor 3
Todas as fases do processo foram angu
stiantes em alguma medida… primeiro eu tive que trabalhar
minha rejeição à correção do que faltava na escuta coletiva através da edição das pistas dos áudios gravados
individualmente. Eu me sentia enganando as pessoas.
Diferiria
, penso eu, se fosse um cora
l reunido apenas para
cantar pelo prazer que cantar propicia. Só que eu tinha sob minha responsabilidade, um grupo de
futuros
professores que, com toda certeza, ao adentrarem o espaço escolar precisariam muito das habilidades aprendidas
no ser e fazer cora
l.
Depois, durante os ensaios da miniatura
INter
, a angústia era causada pela incerteza sobre a real
eficiência e eficácia da proposta.
Pensar uma nova música para um novo tempo, num novo ambiente, criando condições para dinamizar
os ensaios e envolver o
grupo foram momentos de excitação, angústia e de ansiedade.
Com os resultados gravados e com a autoavaliação das coralistas, veio a certeza de que o trabalho abriu
novas perspectivas e pede continuidade.
Penso que é preciso repensar a regência no ambiente
virtual e a própria prática coral em muitos
aspectos.
Fonte: Arquivo Pessoal
Vemos que são três perspectivas que apontam para aspectos complementares. Regente
-
professor 1
-
a questão da técnica vocal; Regente
-
professor 2
-
a percepção da regência
musical
por meio da edição via recursos digitais e Regente
-
professor 3
-
o objetivo de aprendizagem
para a realização musical nos novos tempos incertos que geraram o novo normal.
Juntando tudo isso
,
é possível apontar que o fato da atividade coral ter sido
desenvolvida
com três regentes
-
professores focados em aspectos fundamentais para uma prática exitosa em
canto coral poderia ser tomada como uma premissa para um estudo futuro.
Na autoavaliação de todos se percebeu o compromisso com a busca de resultados d
e
qualidade que contenham processos bem construídos e significativos.
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
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Considerações finais
Olhar para o futuro é o que parece preciso ressaltar nestas considerações finais.
Percebeu
-
se, através do percurso da pesquisa, seus resultados e
desafios enfrentados que uma
nova música pode surgir e que é uma música que ocorre num ambiente real de interação
comunicacional com características que conceituam um novo paradigma musical para o
ambiente virtual em que os tempos atuais nos colocam; que a
regência musical também se refaz,
encontra novo espaço e novos códigos, sem a interação em tempo real
,
mas, ainda definitiva
para o resultado do acontecimento musical que chega ou chegará, aos ouvintes; que novos
conceitos de aprendizagem musical parecem
surgir, como
,
por exemplo, assumir a voz virtual
como uma das vozes possíveis da voz do coralista; que o ambiente virtual é um ambiente; que
estudos subsequentes a este, com o mesmo coral precisam ser desenvolvidos para maior
profundidade da discussão e a
disseminação de práticas criativas que envolvam o ambiente
virtual que hoje utilizamos são urgentes.
Conclui
-
se que, certamente, a escuta coletiva é um dos elementos indispensáveis e
inegociáveis do canto coral
,
portanto, uma das características desse faze
r musical. Também,
aponta
-
se como necessidade para os novos currículos a intensificação dos conteúdos de acústica
musical e práticas criativas na formação dos novos professores
-
regentes corais.
REFERÊNCIAS
BIANCHI, F.; MANZO, V. J. (
ed
.).
Environmental Sound Artists:
In their own words
.
New
York:
Oxford University Press, 2016.
COESSENS, K.; CRISPIN, D.; DOUGLAS, A.
The artistic turn: a manifesto
. Leuven,
Bélgica: Leuven University Press, 2009.
DECLARAÇÃO
de bolonha
.
1999.
Disponível em: http://www.abc.org.br/wp
-
content/uploads/2009/09/www.ufabc_.edu_.br_images_stories_pdfs_declaracaodebolonhaport
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EREN, H. C.; ÖZTUG, E. K. The Implementation of Virtual Choir Recordings during
Distance Lear
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Cypriot Journal of Educational Sciences
, v. 15, n. 5, p. 1117
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2020. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=EJ1274034.
Acesso em: 09 set. 2021.
FONTERRADA, M. T. O.
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Uma incursão à obra de Murray Schafer.
São Paulo:
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GRUSHKA, K.
et al
. A Virtual Choir Ecology and the Zoom
-
machinic: Visual Technologies
as a Panacea for Social Isolation.
Video Journal of Education and Pedagogy
, v. 5, n. 1, p.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
e
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
e
-
ISSN: 2446
-
7154
DOI:
https://doi.org/
10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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19
1
-
16, 2021. Disponível em: https://brill.com/view/journals/vjep/5
/1/article
-
p1_8.xml. Acesso
em: 25 fev. 2022.
HORST, H. A.; MILLER, D. (
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Digital anthropology
. New York
:
Berg, 2012.
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O canto coral no novo normal
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
e
-
ISSN: 2446
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7154
DOI:
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10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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20
SOBRE OS AUTORES
Paula MOLINARI
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
,
São Bernardo
–
MA
–
Brasil. Professora efetiva
do Curso de Licenciatura em Linguagens e Códigos
-
Música.
Pós
-
doutora em Música
(IA/UNESP).
Erik Gabriel Cunha LINHARES
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
. Graduando
CLLC/M
úsica.
Henrique LISBÔA
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador
–
BA
–
Brasil. Mestrando em Música
.
Kédma Cruz SANTOS
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
. Graduando
CLLC/Música.
Fernanda Lima ALVES
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
. Graduando
CLLC/Música.
Processamento e edição: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xml
Re
v.
Hipótese,
Bauru,
v.
8
,
esp. 1,
e02202
6
, 202
2
.
e
-
ISSN: 2446
-
7154
DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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1
CHORAL SINGING IN THE NEW NORMALITY
O CANTO CORAL NO NOVO NORMAL
EL CANTAR CORAL EN LA NUEVA NORMALIDAD
Paula
MOLINARI
Federal University of Maranhão
(UFMA)
e
-
mail:
paula.molinari@ufma.br
Erik Gabriel Cunha
LINHARES
Federal University of Maranhão
(UFMA)
e
-
mail:
linhareserikgabriel@gmail.com
Henrique
LISBÔA
Federal University of Bahia
(UFBA)
e
-
mail:
henriquelisboa.educ@gmail.com
Kédma Cruz
SANTOS
Federal University of Maranhão
(UFMA)
e
-
mail:
kedma.santos@discente.ufma.br
Fernanda Lima
ALVES
Federal University of Maranhão
(UFMA)
e
-
mail:
fl.alves@discente.ufma.br
How to refer to this article
MOLINARI, P.; LINHARES, E. G. C.; LISBÔA, H.; SANTOS, K. C.; ALVES, F. L.
Choral
singing in
the new normality
.
Revista Hipótese
, Bauru, v. 8, esp. 1, e02202
6
, 2022. e
-
ISSN:
2446
-
7154. DOI:
https://doi.org/10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
Submitted
:
10/03/2022
Revisions required
:
05/05/2022
Approved
:
01/07/2022
Published
:
01/12/2022
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Choral
singing in the new normality
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
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ISSN: 2446
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2
ABSTRACT
:
The covid
-
19 pandemic significantly impacted the choirs,
however, the use of
digital technologies made it possible to continue artistic and social activities. This article
identifies the challenges the scenic choir UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO encountered in
this new modality and identifies the adaptations necessa
ry for its musical performance on the
various digital platforms available. The methodology adopted was Artistic Research
(COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), combined with digital ethnography, conducting
discourse analysis, choral composition for the GMeet
environment, planning and reorganization
of rehearsal strategies for the play, recording each stage, performance, and self
-
assessment
followed by an analysis of the results. Through the data collected and the artistic results
achieved, were considered the
importance of a multidisciplinary team and the need for more
knowledge about musical acoustics and creative practices for the new conductors
.
KEYWORDS
: Choir singing teaching. Composition for coral.
Artistic research.
RESUMO
:
Os coros foram muito impactados pela pandemia da Covid
-
19, no entanto, o uso
das tecnologias digitais possibilitou a continuidade das atividades artísticas e sociais. Este
artigo identifica os desafios que o coral UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO encontrou nesta
nova modalidade e aponta as adaptações que foram necessárias para sua performance musical
nas diversas plataformas digitais disponíveis. A metodologia adotada foi a Artistic Research
(COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), aliada à etnografia digital, realizaç
ão de análise
do discurso, composição coral para o ambiente GMeet, planificação e reorganização de
estratégias de ensaios da peça, registro de cada etapa, performance e autoavaliação seguida
de análise dos resultados. Através dos dados coletados e resultad
os artísticos alcançados se
considerou a importância de uma equipe multidisciplinar e a necessidade de conhecimento
mais aprofundado sobre acústica musical e práticas criativas para os novos regentes.
PALAVRAS
-
CHAVES
: Ensino de canto coral. Composição para coral. Artistic
research
.
RESUMEN
:
Los coros se vieron muy afectados por la pandemia del covid
-
19, sin embargo el
uso de las tecnologías digitales permitió continuar con las actividades artísticas y sociales.
Este artículo identifica los desafíos que encontró el coro escénico
UFMA CANTa
-
C
ORAL
CÊNICO
en esta nueva modalidad y señala las adaptaciones que fueron necesarias para su
desempeño musical en las diversas plataformas digitales disponibles. La metodología adoptada
fue la Investigación Artística (COESSENS; CRISPIN; DOUGLAS, 2009), comb
inada con
etnografía digital, realización de análisis de discurso, composición coral para el ambiente
GMeet, planificación y reorganización de estrategias de ensayo de la obra, grabación de cada
escenario, performance y realización de autoevaluación seguid
a del análisis de los resultados.
A través de los datos recopilados y los resultados artísticos alcanzados, se consideró la
importancia de un equipo multidisciplinario y la necesidad de un conocimiento más profundo
sobre acústica musical y prácticas creati
vas para los nuevos directores.
PALABRAS CLAVE
: Enseñanza del canto coral. Composición para corales. Investigación
artística
.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
and
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
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3
Introdu
cion
Constant adaptations to socio
-
cultural dynamics are part of life. To a greater or lesser
extent, we live in continuous transformations, but the demands imposed by the pandemic
-
COVID
-
19
-
imposed radical adaptations in a short period. The pandemic greatly
impacted
choirs, however, the use of digital technologies made it possible to continue artistic and social
activities. This article identifies the challenges UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO encountered
and identifies the adaptations necessary for its musical pe
rformance in the various digital
platforms available.
UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO is the result of activities in the mandatory discipline
Choral Singing and Vocal Technique I and II and in the extension project that takes the name
of the choir. The number o
f members varies from 20 to 60, depending on the community's
participation, more or less assiduous. Based on the proposal of being a compulsory discipline
and also a university extension, the choir serves as a place of musical experience and a
conducting l
aboratory for the students of the Degree in Languages and Codes
-
Music, from the
Federal University of Maranhão (UFMA), in the São Bernardo Science Center.
To envisage a study that could consider the scientific rigor and the malleability of art
without di
chotomizing Science and Art but rather uniting the paths for the production of
shareable knowledge, we opted for Artistic Research, which we translate, literally, as Artistic
Research, and which is a form of research proper to the Arts, the result of a Eur
opean movement
initiated since the Bologna Declaration (1999), on the unification of higher education. Thus,
when we talk about Artistic Research, the term will be capitalized because it refers to a specific
type of research with its characteristics, which
, in our understanding, is in line with Coessens,
Crispin, and Douglas (2009).
The methodology includes critical
-
collaborative action research (PIMENTA, 2005) and
digital ethnography, where participant observation is the main instrument of data collection
(HORST; MILLER, 2012), without discarding some elements of discourse analysis and artistic
practice as an essential element from which the research questions emerge being answered. We
emphasize that in Artistic Research, we have numerous research questions
that should guide
the artist
-
researcher during the process. Even so, our initial question was: what characterizes
choral activity in different contexts and environments
-
in person and online? From this question,
many others arose, leading us to the resul
ts presented in this text and are related to the objective
of verifying the problems of choral music
-
making in the domain of digital platforms, which
also involved testing multiple platforms (Google Meet, Bandlab, Whatsapp, Cleanfeed), listing
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singing in the new normality
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the specific
ities of the student's contact with the platforms, proposing possible solutions to the
challenges found, and verifying the applicability of the solutions proposed according to specific
situations.
Environment and learning
-
context and
relationships
We are dealing with a choral group operating in the countryside of the state of Maranhão,
northeastern Brazil, and in a degree course that considers that the musician's education includes
the voice as an inseparable element of the
listening process. In general, the voice occupies
several places in the training, and perhaps the most representative is the intonation of sounds.
The practice of solfeggio is the most common in the area, besides the use in creative practices
that involve
free improvisation, and imitation of sounds of nature, for example.
In Maranhão, musical education in higher education is provided by two institutions, the
Federal University of Maranhão, with two campuses, one in São Luís (the capital city) and the
other
in São Bernardo (the countryside)
-
both in the on
-
site modality
-
and the State University
of Maranhão, with one course, also in the on
-
site modality, in the state capital and is present in
several cities in the state, in the distance learning modality, i
n degree courses.
The camp/poles of the music courses in Maranhão do not count, in totality, with students
who are singers, that is, we talk about students who are violinists, saxophonists, keyboard
players, pianists, violinists, among others, or people w
ho did not have a formal or informal
musical education and hope to learn during graduation. This reality makes choral practice an
experience accessible to all at different levels and, therefore, important for the experience of
making music.
In the capital,
São Luís, we have the Music School of the State of Maranhão
“
Lilah
Lisboa de Araújo
”
, which has a technical level and has been teaching instruments for longer
than the universities. During the pandemic, individual lyric singing lessons were offered
remote
ly, but choral singing was not, despite being a mandatory curricular component for all
the school's courses.
When it comes to the effectiveness of remote communication over Internet networks,
the quality depends on various factors that determine the commun
icative limits of certain digital
tools and their functionality within this domain. For example, the data flow established in the
connection between systems and servers depends on a functional physical
-
technological
structure that coordinates the communica
tion between platforms. Problems such as data
transmissibility between devices connected to a network and structural limitations of most
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Erik Gabriel Cunha LINHARES
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Henrique LISBÔA
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Kédma Cruz SANTOS
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Fernanda Lima ALVES
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videoconferencing software, such as interface limitations, data management limitations, and
optimization limitations, f
urther complicate the scenario.
Within the realms of communication through remote
-
digital resources, real
-
time
synchrony is one of the major barriers that delimits this experience's limits. The impossibility
of a simultaneous practice and satisfactory sound synchrony among the users enge
nders severe
unfoldings in several educational layers of the performance and of the teaching of choral singing,
for example, the articulation of collective sound perception, the collective listening of the
musical group, dynamic and reciprocal among all th
at embraces a series of sensorial relations
essential to the artistic practice.
Several aspects of the choral practice are being studied, but the individual performance
and the performance that takes place with and in response to the other is the one that
seems to
be compromised, admitting that the group's listening, in the group and with the group is the
generating matrix of the several possibilities of conducting the interpretation that the conducting
seeks to determine. It is not only a matter of techni
cal listening. It is about the development of
active, participative, and group listening. We hypothesized that to do without this condition
would be the same as creating the illusion of a choir without, however, providing the choral
experience as a sound e
vent resulting from a characteristic listening process. With this, the
choral musical event that we knew before the so
-
called new normal would become a privilege
for experienced musicians using internal, incorporated listening that, in turn, is the result
of the
experience of singing in a common space, sharing the same acoustics of the environment in
which it is performed.
To affirm that the sensorial experience of singing together in the same physical
environment is indispensable for the proper formation
of the future music educator, would this
be our exclusive perception while conducting the UFMA CANTa
-
CORAL CÊNICO or, in
fact, did other music educators, conductors, and choir singers have the same perception? For
this, we started to take the discussion
to research groups and study the conversations,
transcribing dialogues and analyzing the speeches that, later on, we present
.
Digital literacy, being inserted in the technological environment, has been, in our daily
lives, a constant demand since the requi
rements imposed by COVID
-
19 because it is a context
in which the flow of information, communication, daily actions, and planning are performed,
almost exclusively, by technological means, such as WhatsApp, Telegram, online newspapers,
and course platforms.
In our context, music education, mediated by technology, has meant a
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Bauru, v. 8,
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great change, requiring teachers and students urgency in managing resources to maintain the
learning process.
Applications and platforms such as Zoom, Google Meet, and Teams Platform al
low
music education focused on expository lessons that involve explanation and collective debate
of theoretical content, however, in choral singing, these applications did not meet the
expectation of synchronized collective listening. Cleanfeed
1
promised synchronization, but
when we were in class, we were not successful in any of the attempts.
As for learning, the fact of being a discipline of choral singing in a music teacher training
course, living a choral experience in the context of a degree
course, by the very address of
training, presupposes learning how to conduct a group practice of musical experimentation,
including vocal practices of singing together. Therefore, we could not do without providing a
meaningful experience that, in our opin
ion, the means and resources at hand did not contemplate
.
The practice of resolving the questions
-
or the path is made by walking
Guided by the premise of Artistic Research, where practice must answer questions, we
resumed choral practice only with und
ergraduate students, without the participation of the
community to, along the way, decide how and where to go.
In one of the approaches taken, we chose to use the Cakewalk Bandlab platform as the
main tool for choral singing in the virtual environment. It
is a Digital Audio Workstation
-
DAW
-
software for storing and managing audio. Among the various difficulties imposed by
the teleconferencing platforms tested, the limitations in listening to other members in a
synchronous musical activity, the problems o
f proper synchronization, and undesirable
listening conditions in the google meet and clean feed platforms appear. One possible
alternative approach was eliminating synchronous choral singing to make way for individual,
individual choir member development.
The desired musical result was producing an audio file
that could be sent via email or Whatsapp and mixed with others later.
This activity consisted of each student recording an audio file where they perform their
melody line using the available devices, cell phone, computer, or tablet, based on a synchrony
reference. This main reference point consists of recordings of the separ
ate SATB parts
-
soprano,
contralto, tenor, and bass
-
digitally synthesized by computer using the midi language, widely
used in notation programs
-
accompanied by a metronome. We call this a guide. This guide is
1
Cleanfeed
-
It is an online studio platform for live interaction and audio
recording and promises to synchronize
audio, from multiple voices, in real time.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
and
Fernanda Lima ALVES
.
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the main reference for studying the precisi
on of the heights corresponding to the individual
parts of each choir member and also serves as a metric reference for rhythmic precision,
facilitating later joining and mixing with the other audios.
Like ours, Eren and Öztug
(2020) developed a study on the applicability of computer
-
generated samples as an auxiliary tool in learning choral singing.
This practice is called a virtual
choir
.
During the initial stages of the isolation period, handling the choir class has
been par
ticularly challenging for teachers; online platforms such as ‘‘Google
Meet’’ or ‘‘Zoom’’ could not provide a real
-
time environment in which
multiple people could sing together. To ensure that such an important class
continued with minimum hindrance during
distance learning, a supplementary
tool was devised for students taking the choir course: the virtual choir.
(EREN;
ÖZTUG, 2020, p. 1118)
.
Among the many challenges encountered
-
in addition to developing a consistent
pedagogical plan
-
we faced
difficulties surrounding the relationship between the students and
the platforms used. Because the process was much more focused on individuality
-
due to the
handling of the virtual tools available and the isolated study
-
the affinity and technical maste
ry
of the student in the virtual environment was essential in the process.
At the beginning of the pandemic
-
COVID
-
19
-
the need for social isolation emerged.
The various social transformations in the educational environment demanded from the student
and
the teacher the mastery of digital tools to meet the new possibilities of contact. Such a
reality can be observed as a phenomenon that imposes profound transformations for the students
-
choir members
-
and the conductor
-
teachers. We see in the account of
Grushka et al. (2021,
p .7) when they state that "this was uncharted territory and my professional identity was about
to experience a significant social and technological adaptation" that it was not exclusive to us,
the need to retrace the path of teaching
and learning.
At first, as part of the planning, we listed some considerations about the problems we
had experienced with the previous activities of musical performance in virtual environments,
with a focus on collective singing. We concluded that some o
f these practices in some
environments had become very frequent and, in others, almost predominant. We can highlight
the main one: the exaggeration in the audio editing processes after the activities, usually done
by the teacher due to the meticulous and p
erfectionist character that such a procedure requires.
We opposed this line of reasoning and work, considering it essential that the quality of the
product of the choir class is a reflection of the learning path of the choir student, given our
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teaching con
text, an interdisciplinary degree course in music, or other words, a training course
for music teachers.
Notably, the most frequent editing approach consists of selecting small fragments of the
track recorded by the choir and artificially synchronizing cer
tain excerpts of the audio at the
tempo of the music, creating another type of performance, now mediated and with direct
interference of what we call virtual regency, that is, now the conductor, or as we chose to say
here, the conductor
-
teacher, makes the
decisions at the time of editing.
For us, two considerations at that moment of the research were crucial for the continuity
of the process. The first one is the verification of the deconfiguration of the original
performance through the editing of the audi
o, which, in turn, resembles an unreal and undesired
result from the teaching
-
learning point of view, for the final product resulting from the choir's
activity does not correspond to the reality of its happening, nor does it reflect the skills
developed by
them, The second, about the sound result of the activities, which should aim for
a satisfactory result, yes, but one that, regardless of its small imperfections, reflects a real and
complete performance by the choir member, recorded on audio.
Because the
activity is centered on the choir member, we consider the result a precise
instrument for the teacher's evaluation and the student's self
-
evaluation. Despite its limitations
-
especially in regards to the loss of audio quality
-
this evaluative instrument
depends on the
device in which the recording was made, and it is not easy to teach choral singing techniques.
In this case, the sound parameter most affected was the timbre and the voice projection, limiting
the levels of guidance that could be shared in a
live rehearsal, especially about vocal technique.
However, the recording preserves the elements we take as basic to vocal performance, precision
in pitch, phrasing, and rhythmic accuracy. Finally, we started by analyzing these basic elements
provided by t
he audio to know the difficulties and improve our perception of the real musical
condition of each choir member.
Altogether, we recorded three choral pieces: Per Crucem
-
from the Song of Taizé, Night
of Prayer
-
an adaptation of a Christmas song, and The
Heart
-
a composition by the composer
Francisco Silva, a student that graduated from our undergraduate course. Each piece has
different characteristics and musical challenges; however, it is possible to perceive the learning
curve in the result of each pro
cess. Following the chronological order, we present the links for
listening to the results:
a)
Per crucem
2
.
2
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=jhqcjnEBCuI
.
Access: 10 jan. 2022.
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b)
Night of Prayer
3
.
c)
The Heart
4
.
The use of the guides was the instrument that made synchrony possible within this
environment. It also made possible a result from a learning path that offers novelty as to the
study tools that are complementary to the choral work. In this aspect, the guid
es are a flexible
individual study tool for the student, who develops individual skills despite the absence of
contact with the choir in person. Eren and Öztug (2020) call virtual choir, in their denomination,
what we call here the guides. About the expect
ed results and chances that training with the
guides can offer for the student, in their view
:
A series of assumptions are put together regarding the usability of virtual choir
recordings during distance education. It is expected that students will have
e
fficient practice sessions with virtual choir sounds; with the opportunity to
practice anytime, anywhere, they will have more time to enhance their skills
compared to real
-
life rehearsals, which are limited in number
(EREN;
ÖZTUG, 2020, p. 1119
).
Looking at the guide as the main guiding tool, it is an exact reference point for the
intonation of notes, the rhythmic arrangement, and the articulation of voices with each other.
Eren and Öztug (2020) strengthen this argument by stating that:
Moreover,
the virtual choir recordings, being computer generated, are
impeccable with respect to the accuracy of pitches, and so it is assumed they
will provide a suitable audio environment for students to work on their
intonations (a sub
-
category of musicality). A
metronome sound is provided
for each virtual recording, and this feature is expected to help students keep
track of their timing in the absence of a conductor
(EREN; ÖZTUG, 2020, p.
1119
-
1120
)
.
Grushka
et al.
(2021) term virtual choir, choral making within the virtual environment,
which differs from the name suggested in the study by Eren and Öztug (2020), who treat the
term virtual choir as computer
-
generated artificial samples for learning resources and stud
y
references, the guides. Within the perspective of Grushka et al. (2021), we can complement our
argument with our observations and pedagogical insights in the face of the relationships that
permeate choral performance in the virtual environment and share
the idea that
“
virtual choirs
perform within their ecology from access to the personal, the biological, and the technologica
”
5
(GRUSHKA et al., 2021, p. 4) and, from this, believe that the constitutive reality of the virtual
3
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IdTzwcK_Wm4.
Access: 10 jan. 2022.
4
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6SnwSlDqxCI.
Access: 10 jan. 2022.
5
Virtual choirs perform within their own ecology accessing the personal, the biological, and the technol
ogical.
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environment imposes an ecology
of its own. This happens, bypassing and governing the limits
of communication and the way individuals interrelate within this environment. These
relationships have countless variables that tend to change according to the virtual environment,
the software,
or the platform.
The realization that the pandemic generated a
new normal
, as the time after strict social
isolation was called, made us look at conduct differently. It was no longer a temporary situation.
Instead, it was indispensable to define how to experience the characteristics of choral singing
in the new environment and
decide which characteristics would be indispensable to maintain
the choral practice aiming at its permanence.
In our understanding, collective listening was the most critical point. Talking in a
research group, reflecting on the subject, transcribing the
conversation, and analyzing the
discourse showed that listening was the key point for many choral conductors. In G
-
PEM
-
Grupo de Estudos em Educação Musical/UNESP and in the Laboratório/Ateliê de Pesquisa
Artística
-
UFMA/SB professional conductors discus
sed the issue, and some statements deserve
to be highlighted.
Statements made by conductors who used multitrack music editing, recording, and
mixing software in teaching experiences lived in choral activities, after being transcribed, were
selected and are
presented below. The expressions that brought, directly or indirectly, listening
as an essential characteristic were bold.
Table 1
-
Analysis
1
Conductor 1
-
As an educator, it was very nice to discover new ways to tune people and to help with
this question of listening because tuning is
more in listening, and listening in choral singing in class, is so
tiny.
We have a little time
.
Conductor 2
-
Working with listening has not been easy
, it has been possible to create the choir and keep the
choral work going! But then, I decided I won't offer Choral II because they only have two semesters of Choral
in the whole course. So I want you to convince me
otherwise because this is what is cool and what we will do
for sure [...] I'm deciding this (not to offer Choral II) because if I offer Choral II, this group that will do Choral
II will live the Choral but will not live the proposal of working listening f
rom the point of view of being the
teacher!
Conductor 3
-
So, what was good for me this year, was not to know the voice of the singers,
-
on the
contrary
-
was to make them know each other! Because the things that I had been working on and talking to
them
about revealed themselves differently, more concretely. So it worked the other way around, that the
conductors didn't know the singers' voices. It's not my experience precisely because I work with small choirs.
So, I know the limitations of people very we
ll, and I could witness their growth because
they did another vocal
work, which was to recognize their voices
.
Source: Personal Archive
Such a process of transcription and analysis of discourse markers related to listening
corroborated our hypothesis and, at that moment, allowed us to move forward. Without it, the
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Bauru, v. 8,
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new normal imposed by the pandemic would have passed without bringing us the
challenge of
thinking about the possibility of new solutions.
We saw that each of the regents mentioned, despite having listed the positive aspects of
the experiences, to a greater or lesser extent, made transparent the fragility of the work of
collective
listening that we felt was so lacking. The analysis of the speeches confirmed our
hypothesis that the development of listening was still present as one of the fundamental
characteristics of choral work.
Changing course to find other paths
This
topic deals with the creative process that involved the composition of miniatures
for the new normal of choral singing. Since this knowledge can be shared directly with the
process, it will be written in the first person, in the voice of the researcher res
ponsible for the
research and composer of the miniature. However, it must be emphasized that such specificity
is part of the characteristic structure of Artistic Research to give voice to the incorporated
knowledge.
Driven by the need to connect with the n
ew normal, I started thinking about how to
create conditions for the development of collective listening in the virtual environment the choir
members had at their disposal. The concept of a lay choir needed amplification because the
term layman also refers
to the unfamiliarity of how to use the platforms and applications
specific to the area of music.
Choir is a vocal activity, so which voice do we have on GMeet or Zoom? In the same
way that when we sing in a theater, a church, a square, or a concert hall,
we need to adapt
ourselves to search for a specific acoustic result. In the same way that certain compositions are
designed for particular environments, I needed to think about how I could create miniatures that
would help the choir to exist collectively i
n the virtual environment, in real
-
time, making music
together in the same time
-
space, assuming the possible voice in GMeet or Zoom, providing that
group of teachers in formation with the minimum experience necessary to create their vocal
groups, their cho
irs. It was not only the concern of living the choral experience but of learning,
through practice and incorporated knowledge, to experience listening and vocalization in suits
in a new environment
.
It is essential to emphasize the great influence of the a
ssumptions raised by Murray
Schafer (2011) both in his written and compositional work, especially in The Tuning of the
World and the work of the researcher Marisa Fonterrada, music educator, notably in work The
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singing in the new normality
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Labyrinth Wolf
-
(
FONTERRADA
, 2004). Such inf
luences led me to a new, very recent field
of study, Environmental Sound Art.
Environmental Sound Art is an art with the clear goal of provoking the listener to reflect
on environmental issues in its broadest sense. In Gilmurray's understanding (BIANCHI;
M
ANZO, 2016), sound art strongly connects with using different media and experimental
music. The understanding depends a lot on how each one interprets the terminology. For
example, the paths of Environmental Sound Art are traced in this fluid territory, wh
ich admits
experimentation and, at the same time, musical tradition.
In this mixture of influences, the first miniature called INter
was proposed. The name
suggests interdisciplinarity, interconnection, the interiorization of listening
-
or inner listening,
interculturality, and all the internal processes when we face limiting situations that challenge
us. In the specific case of the c
reation of INter, what triggered the creative impulse was the
perception that the virtual environment was this new place that I, as a composer, singer,
conductor, teacher, and researcher, was inhabiting. The virtual space gave me the consciousness
of one m
ore possible voice, therefore, thanks to the contribution that I apprehended the ideas
and assumptions of the mentioned authors over the years of contact, the virtual environment
became one more dimension of my understanding of presence in the world, witho
ut
dichotomizing the virtual and the non
-
virtual, but integrating them to my being and living the
world in the present moment. Other studies need to take place about this aspect to deepen it
.
The compositional material chosen, starting from the fluid terri
tory provided by
Environmental Sound Art, was: C, D flat, and E with different fixed structures repeated in each
suit.
The division was made into three voices: Voice 1, Voice 2, and Voice 3:
Table 2
-
Compositional Material
Suit
Structure
Voice 1
E, Db, C, Db, E
Voice 2
C, Db, E
Voice 3
Db, E, C
Source: Personal Archive
The choice of using a graphic score to indicate the movement of the voices was made
to take the focus off the conventional music reading and all the tension that
music students carry
about solfège to favor the entry into the new environment and its enjoyment.
The movements of the voices were determined thus
:
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
and
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
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Figure
1
-
Graphic score
Source: Personal
Archive
The creative decisions aimed at the sonic result that occurred in the game of tensions
and resolutions that overlapping voices would generate, acoustically speaking. The delay
-
that
E
Voice 1
Voice
2
Voice
3
Db
C
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singing in the new normality
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usual Gmeet and Zoom delay
-
became part of the game, and the ch
allenge of attentive listening
intensified. The attention to each voice's movement was indispensable, so the presence in that
environment was also demanded. It was no longer possible to be on the sidelines of what was
happening, but it was necessary to be
in the virtual environment as a whole for the result to
emerge
.
It was with these consignments that the first miniature
-
INter
-
was interpreted. Below
is the manuscript and the link
6
to access the successful recording
:
Figure
2
-
Manuscript Score
Source: Personal Archive
Stop to analyze the process
All the work developed would be without the possibility of an analysis of results if a
self
-
evaluation were not provided. Instead, we organized an open interview with two chorus
girls and the analysis of the participant observation, the fruit of the digita
l ethnography that led
us to a discussion of the results.
Initially, we present the self
-
assessment from the participant
-
observation point of view.
We elaborated five guiding questions that directed the dialog with two participants immersed
in the musical
experience that is the focus of this study. The first question was asked to
6
Available at
:
https://drive.google.com/file/d/1wiymQQJSudJDclrx433cnVgQa7WiTEE9/view?usp=sharing
.
Access: 10 Jan. 2022.
Uncertain times
-
A new music must
emerge?
What remains? How? Why?
The
N
ew
L
istening
The
N
ew
Song
In
creation
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
and
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
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understand how the choral practice had been received in the online context; in both dialogues,
a good receptivity to the environment for vocal practice was noticed.
In the second
question, we sought to know the perception of the choralists regarding
something that was most remarkable in the classes:
“
the way the classes were conducted
-
the
teachers didn't teach us to memorize a voice simply but to understand what we were singing,
how to correct mistakes, and this contributed a lot to a better learning process
”
, this shows that
the work developed instigated the participant(s) to understand the melodic line of the suit, the
harmonic context, besides learning to solve and pay attentio
n to points that, normally, they
wouldn't have time to do in person.
The third question asked if there was an understanding of these two universes of musical
practice (in person and online). In explanation, the chorale endorsed that the physical contact
be
tween the choir members was the greatest need since the internet connection, in general, did
not contribute and did not provide a quick response to what was being proposed. They reported
that, specifically in the contemporary piece, there were greater diff
iculties because they could
not precisely hear the changes in notes.
In the fourth question, we wanted to know the difficulties they faced. At this point, it
was pointed out that listening was the biggest challenge, besides understanding the
unconventiona
l score, since the score did not define a duration for the note changes, the
participants depended on the auditory attention to the other melodic line in development
.
Finally, they were asked about something that had marked them significantly and could
boost their professional/musical practice. Both answered that the initial information about the
pieces, the vocal warm
-
ups aimed at the repertoire and to solve the diffic
ulties of a class member,
the repertoire readings, the rehearsal kits, and the pedagogical practice applied by the teachers
were points that would influence their musical practice.
Here we present the point of view of the three conductors
-
discipline tea
chers
:
Table
3
-
Analysis 2
Conductor
-
teacher 1
As teachers and students, we are inserted in a face
-
to
-
face social context where physical contact, sound
perception, and instantaneous responses to proposals happen more effectively. Perhaps the most challenging
point was the participants' attention to wha
t was developed in class or after class, with zeal and care, seeking
something meaningful to the musical learning process.
Thus, instigating the students to remain participative and integrated into the proposal was a challenge
since, at first, they would
not be singing together as in a traditional choir, but studying the melodic line of their
group, making a recording, and posting it in BandLab for the teachers' analysis.
At the same time, the “vocal warm
-
ups” took place, which contemplated the repertoire
previously
studied or technical aspects that adjusted the singer's tuning, muscular/body awareness, among others, as well
as the analysis, reading, and harmonic understanding of the conducting of voices.
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Choral
singing in the new normality
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As mentioned earlier, listening was a challenge no
t only for the singers but for the conductors due to
the limitations of the platform and the internet connection among the participants. In particular, in the last piece
of the repertoire, which was developed in the trio, this listening intensified because
even with the limitations of
this context, we had to instigate the students to understand (listen) to the melodic line of the other suit so that
there was harmony between the voices and efficient choral practice.
Partially, in the face
-
to
-
face choral con
text, such adjustments happen in an auditory way or intuitively
through harmony, becoming easier or more commonplace for being something faster due to the interaction,
however, what differs from the choral practice remotely is that not always there will be
a good internet
connection and equipment (notebook, headphones, tablet, Ipad) of great quality for the development of this in
a beneficial way
.
Regent
-
Teacher 2
The developed activities greatly affected the students' teaching and learning, especially regarding the
self
-
study strategies. Although in
-
person choral practice is the ideal activity for collective vocal musical
performance, it has its limits, too. Mainly
in what concerns the valorization of the accentuated dimension of the
choir's personal development and the process of self
-
knowledge of their abilities and weaknesses.
Throughout the study, it was possible to glimpse the digital usefulness of tools for m
usical and
pedagogical development in physical and digital environments of choral singing.
From this, we can glimpse insights into the future of the choral practice. In this future, one should
reconcile the best that these two worlds can offer, provide th
e renewal of musical studies and take advantage of
the best that these two environments can engender
.
Regent
-
teacher 3
All phases of the process were distressing to some extent. First, I had to work on my rejection of
correcting what was missing in the collective listening by editing the tracks of the individually recorded audios.
I felt like I was cheating people. It woul
d be different, I think, if it were a choir gathered to sing for the pleasure
of singing. But I had under my responsibility a group of future teachers that, when entering the school space,
would need the skills learned in being and doing choir.
Then, duri
ng the INter miniature rehearsals, the anguish was caused by the uncertainty about the real
efficiency and effectiveness of the proposal.
Thinking of new music for a new time, in a new environment, and creating conditions to make the
rehearsals more dynam
ic and involving the group were moments of excitement, anguish, and anxiety.
With the recorded results and the self
-
assessment of the choir members, the certainty came that the
work opened new perspectives and required continuity.
It is necessary to rethin
k conducting in the virtual environment and choral practice itself in many
aspects.
Source: Personal Archive
Three perspectives point to complementary aspects. Conductor
-
teacher 1
-
the question
of vocal technique; Conductor
-
teacher 2
-
the
perception of musical regency through editing
via digital resources and Conductor
-
teacher 3
-
the learning objective for musical
accomplishment in the new uncertain times that generated the new normal.
Putting all this together, it is possible to point out
that the choral activity was developed
with three teacher
-
riders focused on fundamental aspects for a successful practice in choral
singing could be taken as a premise for a future study.
In everyone's self
-
assessment, it was possible to perceive the comm
itment to the search
for quality results that contain well
-
constructed and meaningful processes
.
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Paula MOLINARI
;
Erik Gabriel Cunha LINHARES
;
Henrique LISBÔA
;
Kédma Cruz SANTOS
and
Fernanda Lima ALVES
.
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
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Final Considerations
Looking to the future seems necessary to emphasize these final considerations. It was
perceived, through the course of the
research, its results, and challenges faced, that new music
can emerge and that it is music that occurs in a real environment of communicational interaction
with characteristics that conceptualize a new musical paradigm for the virtual environment in
which
the present times place us; that the musical regency also remakes itself, finds new space
and new codes, without the interaction in real
-
time, but, still definitive for the result of the
musical event that reaches or will reach the listeners; that new con
cepts of musical learning
seem to arise, such as, for example, assuming the virtual voice as one of the possible voices of
the choir voice; that the virtual environment is an environment; that subsequent studies to this
one, with the same choir, need to be
developed for a deeper discussion and the dissemination
of creative practices that involve the virtual environment we use today are urgent.
We conclude that collective listening is one of the indispensable and non
-
negotiable
elements of choral singing, th
erefore, one of the characteristics of this musical practice. It is
also pointed out as a necessity for the new curricula to intensify the contents of musical
acoustics and creative practices in training new choral teacher
-
regents
.
REFERENCES
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Environmental Sound Artists:
In their own words
.
New
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. Leuven,
Bélgica: Leuven University Press, 2009.
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1
-
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: https://brill.com/view/journals/vjep/5/1/article
-
p1_8
.xml.
Access
: 25
fev. 2022.
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Choral
singing in the new normality
Rev. Hipótese,
Bauru, v. 8,
esp. 1,
e02202
6
, 2022.
e
-
ISSN: 2446
-
7154
DOI:
https://doi.org/
10.47519/eiaerh.v8.2022.ID421
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18
HORST, H. A.; MILLER, D. (
ed
.).
Digital anthropology
. New York
:
Berg, 2012.
ABOUT THE AUTHORS
Paula MOLINARI
Federal University of Maranhão
(UFMA)
,
São Bernardo
–
MA
–
Brasil.
Full professor of the
Language and Codes
degree course
-
Music
.
Post
-
doctoral in Music
(IA/UNESP).
Erik Gabriel Cunha LINHARES
Federal University of Maranhão
(UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
.
Undergraduate
CLLC/Music student.
Henrique LISBÔA
Federal University of Bahia
(UFBA)
, Salvador
–
BA
–
Brasil.
Master degree of Music
.
Kédma Cruz SANTOS
Federal University of Maranhão
(UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
.
Undergraduate
CLLC/Music student.
Fernanda Lima ALVES
Federal University of Maranhão
(UFMA), São Bernardo
–
MA
–
Brasil
.
Undergraduate
CLLC/Music student.
Processamento e edição: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.