Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.58980/eiaerh.v10i00.435 1
DESCAMINHOS DO TURISMO NAS CATARATAS DO IGUAÇU: DESTINO
TURÍSTICO BINACIONAL
DESVÍOS TURÍSTICOS EN LAS CATARATAS DEL IGUAZÚ: DESTINO TURÍSTICO
BINACIONAL
DETOURS OF TOURISM IN THE IGUASSU: FALLS BINATIONAL TOURIST
DESTINATION
Simone Maria SANDI1
e-mail: smsandi@gmail.com
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA2
e-mail: malu@pazza.com.br
Como referenciar este artigo:
SANDI, S. M.; BAPTISTA, M. L. C. Descaminhos do turismo nas
Cataratas do Iguaçu destino turístico binacional. Rev. Hipótese,
Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154. DOI:
https://doi.org/10.58980/eiaerh.v10i00.435
| Submetido em: 10/12/2023
| Revisões requeridas em: 23/01/2024
| Aprovado em: 07/02/2024
| Publicado em: 26/03/2024
Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Doutoranda e Mestra em Turismo e
Hospitalidade. Membro do Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo e Autopoiese (CNPq-
UCS). Bolsista CAPES.
Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Coordenadora do Programa de Pós-
Graduação em Turismo e Hospitalidade - Mestrado e Doutorado. Doutorado em Ciências pelas Escola de
Comunicações e Artes (USP). Coordenadora do Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo,
Amorosidade e Autopoiese (CNPq-UCS).
Descaminhos do turismo nas Cataratas do Iguaçu destino turístico binacional
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RESUMO: O artigo objetiva apresentar os diferentes acessos às Cataratas do Iguaçu, pelo lado
brasileiro e argentino, auxiliando na compreensão de singularidades dos percursos e do caráter
ecossistêmicos dos caminhos e descaminhos. E, assim, contribuir para a discussão sobre o
melhor aproveitamento do destino turístico com a preparação prévia necessária para o sucesso
da experiência turística, considerando diversas variáveis. Trata-se de relato parcial de pesquisa
de natureza qualitativa sobre a demanda do perfil e expectativa do turista que deseja visitar a
região. A estratégia metodológica é a Cartografia de Saberes (Baptista; Eme, 2023), proposição
produzida a partir de trilhas investigativas: ‘Entrelaços-Nós da Pesquisa’(palavras-chave);
Saberes Pessoais das autoras decorrentes das experiências com a região; Trama Teórico-
Conceitual-Bibliográfica, envolvendo autores como Baptista (2019), Barretto (2004), Marujo,
(2016), Pezzi e Vianna (2015), Pimentel (2010); Usina de Produção, envolvendo diversos
procedimentos no processo de investigação e Dimensão Intuitiva da Pesquisa que está presente
em todo percurso.
PALAVRAS-CHAVE: Cataratas do Iguaçu. Experiência turística. Turismo.
RESUMEN: El artículo tiene como objetivo presentar los diferentes accesos a las Cataratas
del Iguaçu, a través del lado brasileño y argentino, ayudando en la comprensión de las
singularidades de las vías y el carácter del ecosistema de los caminos y los desvíos. Y así,
contribuya a la discusión sobre el mejor uso del destino turístico con la preparación previa
necesaria para el éxito de la experiencia turística, considerando varias variables. Este es un
informe parcial de investigación cualitativa sobre la demanda del perfil y la expectativa del
turista que quiere visitar la región. La estrategia metodológica es la cartografía del
conocimiento (Baptista; Eme, 2023), una proposición producida a partir de senderos de
investigación: ‘Entretejemos la Investigación’ (palabras clave); Saberes Personales de los
autores resultantes de las experiencias con la región; La trama Teórico-Conceptual-
Bibliográfica que involucra a autores como Baptista (2019), Barretto (2004), Marujo, (2016),
Pezzi y Vianna (2015), Pimentel (2010); Trama de Producción, que involucra varios
procedimientos en el proceso de investigación; Dimensión Intuitiva de la Investigación que
está presente en todos los sentidos.
PALABRAS CLAVE: Cataratas del Iguazú. Experiencia turística. Turismo.
ABSTRACT: The article aims to present the different accesses to the Iguaçu Falls, from both
the Brazilian and Argentine sides, aiding in the understanding of the singularities of the routes
and the ecosystemic nature of the paths and detours. Thus, it contributes to the discussion on
the optimal use of the tourist destination with the necessary prior preparation for the success
of the tourist experience, considering various variables. This is a partial report of qualitative
research on the demand profile and expectations of tourists wishing to visit the region. The
methodological strategy is the Cartography of Knowledge (Baptista; Eme, 2023), a proposition
derived from investigative trails: 'Entrelaços-Nós da Pesquisa' (keywords); Personal
Knowledge of the authors resulting from experiences with the region; Theoretical-Conceptual-
Bibliographic Framework, involving authors such as Baptista (2019), Barretto (2004), Marujo
(2016), Pezzi and Vianna (2015), Pimentel (2010); Production Plant, involving various
procedures in the research process, and the Intuitive Dimension of Research, which is present
throughout the journey.
KEYWORDS: Iguaçu Falls. Tourism. Touristic experience.
Simone Maria SANDI e Maria Luiza Cardinale BAPTISTA
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
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Encontro com as Cataratas do Iguaçu
O presente texto apresenta reflexões decorrentes de estudos conduzidos na Universidade
de Caxias do Sul (UCS), em nível de mestrado e em fase de doutorado, com foco nas Cataratas
do Iguaçu, reconhecidas mundialmente como uma das Sete Maravilhas da Natureza. As
Cataratas do Iguaçu é um grande ecossistema composto por dois universos com características
singulares: de um lado o Parque Nacional do Iguaçu, localizado na cidade de Foz do Iguaçu
(Brasil), e do outro lado o Parque Nacional del Iguazú, localizado em Misiones (Argentina).
Ambos os parques foram reconhecidos pela UNESCO (2024) como Patrimônio Natural da
Humanidade, em 1986 e 1984, respectivamente. Cada um desses universos é um possível acesso
às Cataratas do Iguaçu. Entende-se aqui como universo o conjunto de fatores como a cultura, o
idioma, as regras, as leis, a história, a estrutura física, que estão sendo refletidos a partir da
denominação: caminhos e descaminhos.
É importante deixar claro, de início, que os caminhos correspondem aos modos de
acesso, aos lugares de chegada, aos tipos de transportes e toda a estrutura. E os ‘des-caminhos’
fazem parte de uma complexa variação de acontecimentos que podem desmerecer o caminho e
a experiência turística. Os descaminhos negam os caminhos, negam a experiência turística, uma
vez que parece que tudo acontece para que o objetivo não seja alcançado e, muitas vezes, é por
falta de preparo. Essa discussão está relacionada às Cataratas do Iguaçu, onde tem dois
ecossistemas que parecem espelhados, um de frente do outro, conforme mostra a Figura 1.
Aqueles que percorrem o caminho pelo lado brasileiro desfrutam da visão das quedas
d'água do lado argentino e podem ter a impressão de que quem está do outro lado enxerga o
lado brasileiro da mesma maneira, porém, essa percepção não corresponde à realidade. Os
percursos dos caminhos do lado argentino são totalmente distintos dos do lado brasileiro,
destacando a importância de se familiarizar com o destino turístico de ambos os lados antes da
visita. Essa sensação de espelhamento não é experimentada quando o turista se encontra no lado
argentino.
Na Lingua Portuguesa des-caminhos significa os desvios da caminhada.
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Figura 1 Parque Nacional do Iguaçu à esquerda e Parque Nacional del Iguazú à direita da
foto
Fonte: Portal do Turismo da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu (2021).
Este artigo oferece uma contribuição significativa para a reflexão sobre os percursos
turísticos nos ecossistemas do Parque Nacional do Iguaçu (Brasil) e do Parque Nacional del
Iguazú (Argentina) em direção às Cataratas, apresentando indicações sobre as experiências dos
visitantes. Embora a reflexão se concentre nos ecossistemas mencionados, suas considerações
podem ser aplicadas a qualquer destino turístico. Ao abordar a vivência da experiência turística
nas Cataratas do Iguaçu, é possível destacar:
Ecossistemas Turísticos são tanto os complexos processos e entrelaçamentos
inerentes à ocorrência dos deslocamentos inerentes ao turismo, em si, mas
também os ecossistemas de produção de conhecimento, relativos a esses
deslocamentos e a sua trama de significações, serviços, ocorrências e demais
fatores intervenientes e resultantes” (Baptista, 2018, p. 102).
Como estratégia metodológica em coerência com essa abordagem transdisciplinar e
complexa foi utilizada a Cartografia de Saberes, proposição validada em vários estudos no
Brasil, produzidos a partir de trilhas investigativas: ‘Entrelaços-Nós da Pesquisa’ (palavras-
chave), Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva, Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica,
Usina de Produção ou Trama de Fazeres, Dimensão Intuitiva da Pesquisa (Baptista, 2014;
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Baptista; Eme, 2023). Neste caso, ressaltam-se os Saberes Pessoais das autoras, com os
conhecimentos transdisciplinares, decorrentes de experiência anterior com o destino turístico.
Os Saberes Teóricos estão embasados em autores de Turismo: Baptista (2019), Barretto (2004);
a experiência de turismo: Marujo (2016), Pezzi e Vianna (2015), Pimentel (2010). A Usina de
Produção envolve os diversos procedimentos no processo de investigação, enquanto a
Dimensão Intuitiva está presente em todo percurso da pesquisa.
A seguir, serão apresentados os dois percursos em direção às Cataratas do Iguaçu,
realizados pela autora, tanto pelo lado brasileiro quanto pelo argentino. Em seguida, serão
abordadas as experiências turísticas, incluindo a motivação inicial da viagem, o planejamento
e a vivência da experiência, seguidas por considerações conclusivas e reflexões sobre os
percursos e desafios enfrentados.
Caminhos às Cataratas do Iguaçu
A palavra turismo com frequência é associada à vivência de desconexão com seu
território de origem, desterritorialização, limpeza da mente e novas experiências. Isso demanda
toda uma organização na rotina profissional e familiar, para liberar esse espaço de tempo e
recursos. Por isso, o conceito de turismo lincado à trama de acontecimentos proposto por
Baptista (2019) é o que mais cabe nesse estudo:
Turismo-trama são processos complexos de desterritorializações desejantes,
envolvendo o acionamento e entrelaçamentos de diferentes ecossistemas. [...]
Com o turismo, tudo se movimenta e se transforma, ao mesmo tempo que o
movimento de desterritorialização, em si, autopoietiza (reinventa) sujeitos e
lugares, das dimensões ecossistêmicas envolvidas (Baptista, 2019, p. 70).
As Cataratas do Iguaçu são as maiores do mundo em número de saltos e extensão, é
reconhecida mundialmente como uma das 7 Maravilhas da Natureza, título promovido através
de votação aberta ao público, pela fundação New Seven Wonders (N7W, 2021). Ela está inserida
entre dois parques nacionais que foram reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Natural
da Humanidade: Parque Nacional do Iguaçu, lado brasileiro, e Parque Nacional del Iguazú
(lado argentino) (UNESCO, 2024).
Essas titulações dão visibilidade nos sites turísticos de todo o mundo, apresentando as
Cataratas do Iguaçu e os parques como opção de turismo envolvendo dois países. A seguir será
apresentado o trajeto para chegar às cataratas pelo lado brasileiro e pelo lado argentino. A
apresentação dos trajetos é feita com base em experiência vivenciada por uma das autoras, no
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lócus da pesquisa.
Pelo lado brasileiro Foz do Iguaçu (PR)
Para acessar as Cataratas pelo lado brasileiro, o turista precisa dirigir-se ao centro de
visitantes, onde pode adquirir o ingresso necessário. No centro de visitantes, há disponibilidade
de ônibus estilo double deck com decoração temática, que percorrem uma distância de
aproximadamente 12.000 metros até o Porto Canoas. Nessa área, encontram-se diversos
serviços para atender os turistas, incluindo restaurante, lanchonete, banheiros, ambulatório,
ambulância, lojas de souvenirs e uma área de exposição ambiental. Próximo a essa localidade,
é possível contemplar uma das quedas d'água mais volumosa das Cataratas, acessível por meio
de elevadores panorâmicos ou pela passarela que se estende até aproximadamente o centro do
rio, conforme ilustrado nas Figuras 2 e 3.
Figura 2 Cataratas do Iguaçu Brasil
Fonte: Acervo das autoras.
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Figura 3 Cataratas do Iguaçu Brasil
Fonte: Acervo das autoras.
Para os entusiastas de aventuras, a opção de descer do ônibus (Figura 4) antes do
final da estrada, na parada do Macuco Safari. Além da caminhada pela mata, os guias turísticos
oferecem a oportunidade de explorar as quedas d'água por meio de embarcações bimotor.
Durante o percurso dentro do Parque Nacional do Iguaçu, seja de ônibus, bicicleta ou a pé, os
visitantes podem apreciar a vista e a sensação de estar imerso na Mata Atlântica, avistando
animais selvagens, como os quatis, que frequentemente interagem com os visitantes. O Parque
Nacional do Iguaçu abriga uma grande variedade de vida selvagem, incluindo a onça-pintada,
uma espécie considerada em extinção, que está sendo preservada por meio do Projeto Onças do
Iguaçu, que visa à proteção desse animal.
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Figura 4 Transporte no Parque Nacional do Iguaçu Brasil
Fonte: Acervo das autoras.
O parque possui algumas trilhas dentro da mata, ao longo da estrada e ao longo do rio,
sendo que esta última desemboca na passarela mencionada anteriormente e é a mais utilizada
até o momento. São escadarias que partem da parada da frente do hotel, descem a encosta do
rio, por onde podem ser vistas as várias quedas d’água e serem tiradas fotos de muitos ângulos.
Pelo lado Argentino Misiones
Visitar as Cataratas pelo lado argentino proporciona uma experiência distinta. A partir
do centro de visitantes, que serve como entrada do parque, os visitantes iniciam uma caminhada
que passa por lojas de souvenirs, instalações sanitárias e áreas de alimentação antes de chegar
ao trem ecológico. Este trem, conforme ilustrado na Figura 5, percorre aproximadamente 3.600
metros até alcançar o rmino da linha, onde há um complexo com mais opções de alimentação
e serviços.
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Figura 5 Transporte no Parque Nacional del Iguazú Argentina
Fonte: Acervo das autoras.
A partir desse ponto, os visitantes caminham cerca de 1100 metros por passarelas de
metal fixas sobre o rio até alcançar o destino final, que são as quedas de maior potência e volume
do lado argentino, conhecidas como a famosa “Garganta do Diabo” (Figuras 6 e 7). Devido à
imensa força e volume da queda d'água, é praticamente inevitável não se molhar.
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Figura 6 Passarela de Acesso à vista da ‘Garganta do Diabo’ – Argentina
Fonte: Acervo das autoras.
Figura 7 Quedas d’Água conhecida como ‘Garganta do Diabo’ Argentina
Fonte: Acervo das autoras.
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Ao retornar da estação da "Garganta do Diabo" de trem, a cerca de 2.300 metros de
distância, encontra-se a estação das Cataratas, onde estão localizadas outras trilhas para visitar
as quedas d'água mais de perto. Essas trilhas oferecem uma maior visibilidade e proximidade
com as quedas d'água. Entre as opções disponíveis, há a trilha superior, com extensão de 1.700
metros, e a trilha inferior, com 2.500 metros de extensão. A trilha superior proporciona uma
visão das Cataratas a partir de uma posição mais elevada na encosta, enquanto a inferior permite
uma perspectiva mais próxima da base das quedas.
Experiência Turística
Sobre experiência turística, Marujo (2016) apresenta em seu artigo vários autores que
desenvolveram suas considerações abrangendo diversos elementos, entre eles: os que
falaram de experiências nas áreas sensoriais, afetivas, cognitivas, físicas, comportamentais e de
identidade social; os que separaram as experiências em fases; os que caracterizaram as
experiências envolvendo a emoção, a aprendizagem, as práticas e as transformações.
Nesse sentido, Pezzi e Viana (2015) escrevem sobre a experiência turística e o turismo
de experiência e trazem reflexões indicando que alguns turistas desejam ser o ator principal da
própria viagem, por isso buscam vivenciar acontecimentos inéditos e memoráveis. Experiência
Turística “visa a olhar o indivíduo na interrupção de seu comportamento rotinizado e repetitivo”
e, Turismo de Experiência descreve “uma forma de formatar produtos turísticos, inserindo o
turista como protagonista de sua própria viagem” (Pezzi; Viana, 2015, p. 170). Conforme
mencionado por eles, a atividade turística se inicia no momento do planejamento da viagem e
se encerra no retorno da mesma.
Destaca-se que a adesão à concepção de turismo como uma trama ecossistêmica permite
sugerir a atividade para além do escopo do capital. Essa perspectiva também é observada na
argumentação de Barretto (2004), que propõe a viabilidade de um turismo alternativo baseado
em uma transformação na sociedade, na qual o ser humano assuma maior relevância do que a
simples relação entre produção e consumo.
Nesse sentido, ainda sobre a experiência turística, Pimentel (2010) traz, em sua pesquisa
de mestrado, a intencionalidade do turista ao escolher o destino das Cataratas do Iguaçu,
apresentando alguns diálogos que ele registrou entre os turistas e o lugar. Segundo ele: “A
experiência turística afigura possibilitar o envolvimento nas tramas de diferentes feixes de
relações espaciais. Experimentar-se diante de outra presença. Fruir a oportunidade de
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perceber/ser/estar no mundo desde outro ponto” (Pimentel, 2010, p. 16).
Partindo da concepção de turismo-trama, é possível perceber que, desde a motivação da
viagem, o turista já está envolvido numa espécie de teia complexa de dispositivos, elementos e
transversalizações. A Motivação Inicial da Viagem vai ser discutida na próxima seção, seguida
do Planejamento da Viagem e do Aproveitamento da Experiência.
Motivação Inicial da Viagem
Identificar um destino turístico começa com o desejo de escapar da rotina e explorar
algo novo. As pessoas buscam novas experiências, preferencialmente aquelas que sejam
memoráveis o suficiente para serem registradas em fotografias e compartilhadas como parte de
suas narrativas pessoais.
Entre tantas opções de viagem, dependendo do estado de ânimo, tem a de querer estar
em contato com a natureza, a necessidade de sentir a sua potência através da água, da terra, das
plantas, do ar e absorver suas energias. A opção de destino como as Cataratas do Iguaçu atende
a essa expectativa, além de corresponder a ecossistemas variados e interessantes. Considerando
as titulações atribuídas tanto às Cataratas quanto aos parques nacionais que a circundam,
conforme mencionado anteriormente, visitar esses ecossistemas também atende à curiosidade
pessoal de conhecer um destino visitado por muitos. E isso corresponde a uma experiência de
pertencimento ao grupo de sujeitos turistas que tiveram acesso a ecossistemas que se
destacam.
A singularidade e o diferencial de escolher esse ponto turístico é que as Cataratas estão
localizadas entre dois países, Brasil e Argentina, apresentando a possibilidade de conhecer os
dois lugares. Destaca-se, ainda, que a cidade brasileira de Foz do Iguaçu também faz fronteira
com o Paraguai, com o qual compartilha a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Foz do Iguaçu, além de
ser conhecida pela sua diversidade de cultura e gastronomia proveniente das quase 90 etnias,
que formam a população da cidade, possui outros atrativos turísticos interessantes.
Planejamento da Viagem
Nesse ecossistema, a experiência da visitação às Cataratas é a motivação principal para
a viagem. Por isso, é interessante que haja um planejamento para o melhor aproveitamento da
experiência. Com base nas informações adquiridas pelos sites, blogs e ou mesmo de informação
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de pessoas que foram visitar ambos os Parques Nacionais, do lado brasileiro e argentino, o
viajante pode planejar a experiência.
Primeiro é importante considerar o tempo dispensado para a viagem, se vai ser exclusiva
para vivenciar a experiência nas Cataratas do Iguaçu e se há a intenção de conhecer as cidades
fronteiriças do Paraguai e Argentina. Depois, a avaliação do condicionamento físico e o quanto
se quer explorar a visitação de um ou dos dois parques. Na análise, considerar:
Ambos os parques podem ser visitados de forma rápida: pelo lado brasileiro, o
acesso pode ser feito de ônibus, com uma breve caminhada até as principais quedas; pelo
lado argentino, de trem, seguido por uma caminhada de 2.200 metros de ida e volta até o
principal atrativo, a 'Garganta do Diabo'.
No lado brasileiro, os visitantes têm a opção de percorrer uma trilha de 1200
metros que desce a encosta próxima ao hotel, onde uma das paradas dos ônibus de
transporte, até a passarela que antecede as quedas do rio. Ambos os parques oferecem
oportunidades para exploração adicional por meio de caminhadas e escadarias. É importante
considerar o tempo disponível e o condicionamento físico ao planejar a visita.
A compra dos ingressos para acessar o lado brasileiro deve ser feita através do
site, juntamente com o agendamento de entrada. Alternativamente, é possível adquiri-los
em totens, embora esta opção possa resultar em longas filas de espera, atrasando o passeio.
No lado argentino, os ingressos podem ser adquiridos tanto pelo site quanto no local,
utilizando dinheiro local ou cartão de crédito.
Para ambas as opções de passeio, é recomendável o uso de roupas e calçados
confortáveis, protetor solar, capa de chuva e água. Considerando a presença de uma
fronteira, é importante também verificar os documentos necessários para entrar no outro
país, seja por ônibus ou carro, bem como a moeda local vigente. É prudente ressaltar que,
mesmo que não haja planos de cruzar a fronteira, é aconselhável estar preparado com essa
documentação, pois durante a deslocalização e a interação direta com outros ecossistemas,
podem surgir oportunidades.
Caso a viagem seja realizada em companhia de outra pessoa, é essencial esclarecer
previamente as expectativas de visita de cada um. Com um planejamento adequado, é
possível atender às preferências de todos os integrantes da viagem sem causar frustrações,
considerando que parte do percurso possa ser feito individualmente.
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Tendo a viagem planejada, uma atenção especial deve ser dada a todas as providências
a serem tomadas antes da viagem, para que ela não seja interrompida por questões da rotina
profissional, familiar ou da moradia. A desterritorialização e a abertura para novas experiências
requer um alto percentual de disponibilidade. Para isso, recomenda-se um afastamento também
mental do lugar de origem.
Aproveitamento da Experiência
Independente da escolha de como desfrutar a experiência turística na visitação às
Cataratas do Iguaçu, o importante é aproveitar o momento com calma e intensidade. A escolha
pelo turismo na natureza pode ser um indicativo de desejo íntimo de saída da rotina frenética
urbana e materialista e de um contato maior com o ambiente primitivo. Para atender esse
objetivo é necessário estar aberto para a experiência; portanto, isso implica em vivenciá-la sem
pressa ou ansiedade para chegar ao fim.
É o momento de interagir com os recursos disponíveis no ambiente. Além do cenário,
que inclui vegetação, água, animais, sol e ar, há também a presença de outras pessoas que
compartilham interesses similares. Muitas lembranças significativas podem surgir das
interações com essas pessoas, que ocorrem durante saudações, trocas de sorrisos, gestos de
gentileza como fotografar uns aos outros, conversas espontâneas e sincronismos nos encontros.
O essencial é estar receptivo a essas interações.
Para o melhor aproveitamento da experiência turística, é importante estar conectado
com cada momento vivenciado. Estar atento nas repercussões internas que cada encontro com
o 'outro' acontece, nos insights, nos pensamentos e de onde exatamente vem o bem-estar
adquirido na experiência. O 'outro' aqui se refere a tudo o que se encontra que não sejamos nós
mesmos, material ou imaterial, como é definido por Baptista (2001).
E após ter se permitido vivenciar a experiência turística com tudo o que ela podia
oferecer, é hora de organizar as fotos, renomeando-as se necessário e registrar também os
eventos no caderno de viagem. As fotos e as anotações ajudam a processar os ganhos e as
aprendizagens da desterritorialização e da viagem.
Reflexões sobre Caminhos e Descaminhos
Para as reflexões sobre os caminhos e descaminhos, conforme mencionado
anteriormente, os caminhos referem-se aos trajetos previamente delineados, estabelecidos para
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alcançar o destino, os quais têm potencial para transcorrer de forma satisfatória, desde que
percorridos conforme o planejado. Por outro lado, os descaminhos são compreendidos como a
condição de não estar preparado para percorrer o caminho de maneira suave e satisfatória. A
seguir, são apresentados alguns fatores que podem desencadear esses descaminhos:
Condicionamento físico frágil: enrijecimentos dos músculos e pouca destreza nos
movimentos;
Vestimentas e calçados inadequados: as roupas impedem os movimentos, muito
quentes; os calçados são desconfortáveis, apertam e ou provocam bolhas nos pés;
Queimadura do sol: pele e cabeça expostos no sol sem protetor solar, provocando
sensação de febre e queimação;
Excesso de peso na mochila: o peso da mochila depois de um tempo de caminhada
pode incomodar as costas;
Fome e sede: apesar de ter postos de alimentação à disposição nas estações, a falta de
um lanche e uma garrafa de água na mochila pode atrapalhar a programação planejada;
Desentendimento com a companhia de viagem: é importante planejar a visitação às
Cataratas com a pessoa que acompanha; caso contrário, ela poderá ser a causa do impedimento
de vivenciar a experiência por completo;
Desorientação: distração quanto aos avisos de alerta.
Anteriormente foi comentado que muitas lembranças memoráveis envolvem interação
com pessoas, mas elas também podem não ser tão positivas, colaborando para os
‘descaminhos’. É bom estar em alerta, em qualquer lugar há pessoas com boas e más
intenções. O estudo prévio do lugar da visitação ajuda a perceber a desinformação recebida e
evitar desvios na rota. Podem aparecer pessoas que 'sabem tudo', mas estão desinformados, e
os que têm intenções de roubo e interesses próprios.
Além dos pontos mencionados, é crucial destacar a importância do cuidado com o corpo
para evitar contratempos durante a experiência turística. No caso de o turista optar por passar o
dia visitando a região das Cataratas do Iguaçu, é prudente adotar uma alimentação saudável na
noite anterior e no café da manhã. Dormir e acordar cedo também contribuem para o bom
desempenho ao longo do dia. Pela manhã, o ambiente é mais propício para caminhadas, uma
vez que o sol não está tão intenso, facilitando a visitação. Dessa forma, o turista pode aproveitar
as horas de sol mais forte para descansar à sombra enquanto faz uma refeição leve ou pode
Descaminhos do turismo nas Cataratas do Iguaçu destino turístico binacional
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dirigir-se aos postos de alimentação disponíveis nas estações.
Então, como foi possível observar, para garantir o sucesso da experiência turística, é
necessário o planejamento dela, tendo o conhecimento sobre o lugar de antemão. Considerando
a riqueza de informações e experimentações que se pode obter no ecossistema das Cataratas do
Iguaçu, envolvendo os dois países, com os seus respectivos patrimônios mundial da
humanidade, vale dedicar um pouco de atenção na preparação prévia da viagem e garantir a
imersão nas experiências.
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Descaminhos do turismo nas Cataratas do Iguaçu destino turístico binacional
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Gostaríamos de mencionar e agradecer a transversalização de
contribuições de vários pesquisadores, em ‘com-versas’ nos Encontros Caóticos do
Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese,
vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade PPGTURH da
Universidade de Caxias do Sul UCS, instituição à qual estendemos agradecimentos.
Financiamento: Simone Maria Sandi recebe bolsa de produção de pesquisa de
doutoramento, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
Conflitos de interesse: Declaramos que não há conflitos de interesse de ordem financeira,
comercial, política, acadêmica e pessoal.
Aprovação ética: Declaramos que o artigo não foi submetido ao comitê de ética, pois se
trata de ensaio reflexivo, resultante de experiência pessoal de uma das autoras e das ‘com-
versações’, com autores, orientadora e grupo de pesquisa.
Disponibilidade de dados e material: Declaramos que somos responsáveis pela
construção e formação deste estudo, e assumimos a responsabilidade pública pelo
conteúdo.
Contribuições dos autores: As contribuições das autoras foram transversalizadas ao
longo do estudo. A autora Simone Maria Sandi foi responsável pela vivência e narrativa
da experiência, conceituação e revisão de estudos correlatos, reflexões e proposições
conceituais, estruturação e orientação metodológica, revisão. Maria Luiza Cardinale
Baptista foi responsável por supervisão e orientação ‘com-versada’, a partir das narrativas
de experiências, conceituação e revisão de estudos correlatos, reflexões e proposições
conceituais, estruturação e orientação metodológica, e revisão textual.
Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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DETOURS OF TOURISM IN THE IGUASSU: FALLS BINATIONAL TOURIST
DESTINATION
DESCAMINHOS DO TURISMO NAS CATARATAS DO IGUAÇU: DESTINO
TURÍSTICO BINACIONAL
DESVÍOS TURÍSTICOS EN LAS CATARATAS DEL IGUAZÚ: DESTINO TURÍSTICO
BINACIONAL
Simone Maria SANDI1
e-mail: smsandi@gmail.com
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA2
e-mail: malu@pazza.com.br
How to reference this paper:
SANDI, S. M.; BAPTISTA, M. L. C. Detours of tourism in the
Iguassu: Falls binational tourist destination. Rev. Hipótese, Bauru,
v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154. DOI:
https://doi.org/10.58980/eiaerh.v10i00.435
| Submitted: 10/12/2023
| Revisions required: 23/01/2024
| Approved: 07/02/2024
| Published: 26/03/2024
Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brazil. Doctoral candidate and Master's degree holder
in Tourism and Hospitality. Member of Amorcomtur! Study Group in Communication, Tourism, and Autopoiesis
(CNPq-UCS). CAPES scholarship recipient.
University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brazil. Coordinator of the Graduate Program in
Tourism and Hospitality - Master's and Doctorate. Doctoral degree in Sciences from the School of
Communications and Arts (USP). Coordinator of the Amorcomtur! Study Group in Communication, Tourism,
Loveliness, and Autopoiesis (CNPq-UCS).
Detours of tourism in the Iguassu: Falls binational tourist destination
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
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ABSTRACT: The article aims to present the different accesses to the Iguaçu Falls, from both
the Brazilian and Argentine sides, aiding in the understanding of the singularities of the routes
and the ecosystemic nature of the paths and detours. Thus, it contributes to the discussion on
the optimal use of the tourist destination with the necessary prior preparation for the success of
the tourist experience, considering various variables. This is a partial report of qualitative
research on the demand profile and expectations of tourists wishing to visit the region. The
methodological strategy is the Cartography of Knowledge (Baptista; Eme, 2023), a proposition
derived from investigative trails: 'Entrelaços-Nós da Pesquisa' (keywords); Personal
Knowledge of the authors resulting from experiences with the region; Theoretical-Conceptual-
Bibliographic Framework, involving authors such as Baptista (2019), Barretto (2004), Marujo
(2016), Pezzi and Vianna (2015), Pimentel (2010); Production Plant, involving various
procedures in the research process, and the Intuitive Dimension of Research, which is present
throughout the journey.
KEYWORDS: Iguaçu Falls. Tourism. Touristic experience.
RESUMO: O artigo objetiva apresentar os diferentes acessos às Cataratas do Iguaçu, pelo
lado brasileiro e argentino, auxiliando na compreensão de singularidades dos percursos e do
caráter ecossistêmicos dos caminhos e descaminhos. E, assim, contribuir para a discussão
sobre o melhor aproveitamento do destino turístico com a preparação prévia necessária para
o sucesso da experiência turística, considerando diversas variáveis. Trata-se de relato parcial
de pesquisa de natureza qualitativa sobre a demanda do perfil e expectativa do turista que
deseja visitar a região. A estratégia metodológica é a Cartografia de Saberes (Baptista; Eme,
2023), proposição produzida a partir de trilhas investigativas: ‘Entrelaços-Nós da
Pesquisa’(palavras-chave); Saberes Pessoais das autoras decorrentes das experiências com a
região; Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica, envolvendo autores como Baptista (2019),
Barretto (2004), Marujo, (2016), Pezzi e Vianna (2015), Pimentel (2010); Usina de Produção,
envolvendo diversos procedimentos no processo de investigação e Dimensão Intuitiva da
Pesquisa que está presente em todo percurso.
PALAVRAS-CHAVE: Cataratas do Iguaçu. Experiência turística. Turismo.
RESUMEN: El artículo tiene como objetivo presentar los diferentes accesos a las Cataratas
del Iguazú, a través del lado brasileño y argentino, ayudando en la comprensión de las
singularidades de las vías y el carácter del ecosistema de los caminos y los desvíos. Y así,
contribuya a la discusión sobre el mejor uso del destino turístico con la preparación previa
necesaria para el éxito de la experiencia turística, considerando varias variables. Este es un
informe parcial de investigación cualitativa sobre la demanda del perfil y la expectativa del
turista que quiere visitar la región. La estrategia metodológica es la cartografía del
conocimiento (Baptista; Eme, 2023), una proposición producida a partir de senderos de
investigación: ‘Entretejemos la Investigación’ (palabras clave); Saberes Personales de los
autores resultantes de las experiencias con la región; La trama Teórico-Conceptual-
Bibliográfica que involucra a autores como Baptista (2019), Barretto (2004), Marujo, (2016),
Pezzi y Vianna (2015), Pimentel (2010); Trama de Producción, que involucra varios
procedimientos en el proceso de investigación; Dimensión Intuitiva de la Investigación que
está presente en todos los sentidos.
PALABRAS CLAVE: Cataratas del Iguazú. Experiencia turística. Turismo.
Simone Maria SANDI and Maria Luiza Cardinale BAPTISTA
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
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Encounter with the Iguaçu Falls
This text presents reflections arising from studies conducted at the University of Caxias
do Sul (UCS), at the master's and doctoral levels, focusing on the Iguaçu Falls, globally
recognized as one of the Seven Natural Wonders. The Iguaçu Falls constitute a vast ecosystem
composed of two universes with unique characteristics: on one side, the Parque Nacional do
Iguaçu, located in the city of Foz do Iguaçu (Brazil), and on the other side, the Parque Nacional
del Iguazú, located in Misiones (Argentina). Both parks were recognized by UNESCO (2024)
as World Natural Heritage Sites in 1986 and 1984, respectively. Each of these universes
represents a possible access point to the Iguaçu Falls. Here, the term "universe" refers to a set
of factors such as culture, language, rules, laws, history, and physical structure, all of which are
reflected in the designation of paths and detours.
From the outset, it is essential to clarify that paths correspond to modes of access, arrival
points, types of transportation, and all infrastructure. Conversely, "detours" are part of a
complex array of events that can detract from the path and the tourist experience. Detours negate
paths and the tourist experience, as it seems that everything occurs to prevent the objective from
being achieved, often due to lack of preparation. This discussion is related to the Iguaçu Falls,
where two ecosystems appear mirrored, facing each other, as shown in Figure 1.
Those who traverse the path on the Brazilian side enjoy a view of the waterfalls from
the Argentine side and may have the impression that those on the other side see the Brazilian
side in the same way. However, this perception does not correspond to reality. The pathways
on the Argentine side are entirely different from those on the Brazilian side, underscoring the
importance of becoming familiar with the tourist destination from both sides before visiting.
This sense of mirroring is not experienced when the tourist is on the Argentine side.
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Figure 1 Parque Nacional do Iguaçu on the left and Parque Nacional del Iguazú on the
right in the photo
Source: Tourism Portal of the Municipality of Foz do Iguaçu (2021)
This article offers a significant contribution to the reflection on tourist routes in the
ecosystems of the Parque Nacional do Iguaçu (Brazil) and the Parque Nacional del Iguazú
(Argentina) towards the Falls, providing insights into visitor experiences. Although the
reflection focuses on the mentioned ecosystems, its considerations can be applied to any tourist
destination. When addressing the experience of visiting the Iguaçu Falls, it is possible to
highlight:
Tourist ecosystems encompass both the complex processes and
interconnections inherent in tourism-related movements themselves, as well
as the knowledge production ecosystems related to these movements and their
network of meanings, services, occurrences, and other intervening and
resulting factors (Baptista, 2018, p. 104, our translation).
As a methodological strategy consistent with this transdisciplinary and complex
approach, Knowledge Cartography was employed, a proposition validated in various studies in
Brazil, developed from investigative pathways: 'Entanglements-Knots of Research' (keywords),
Personal Knowledge or Subjective Dimension, Theoretical-Conceptual-Bibliographic
Framework, Production Factory or Weaving of Doings, Intuitive Dimension of Research
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(Baptista, 2014; Baptista; Eme, 2023). In this case, the authors' Personal Knowledge is
highlighted, incorporating interdisciplinary knowledge derived from previous experience with
the tourist destination. The Theoretical Knowledge is grounded in tourism authors: Baptista
(2019), Barretto (2004); tourism experience: Marujo (2016), Pezzi and Vianna (2015), Pimentel
(2010). The Production Factory involves various procedures in the research process, while the
Intuitive Dimension permeates the entire research journey.
Below, the author will present two routes towards the Iguaçu Falls, undertaken both
from the Brazilian and Argentine sides. Subsequently, tourist experiences will be discussed,
including the initial motivation for the trip, planning, and the lived experience, followed by
conclusive considerations and reflections on the routes and challenges faced.
Paths to the Iguaçu Falls
The word tourism is often associated with the experience of disconnection from one's
home territory, deterritorialization, mental cleansing, and new experiences. This demands a
complete reorganization of professional and family routines to free up time and resources.
Therefore, the concept of tourism linked to the web of events proposed by Baptista (2019) is
most fitting for this study:
Tourism-web refers to complex processes of desiring deterritorializations,
involving the activation and intertwining of different ecosystems. [...] With
tourism, everything moves and transforms, while the movement of
deterritorialization autopoietizes (reinvents) subjects and places from the
involved ecosystemic dimensions (Baptista, 2019, p. 70, our translation).
The Iguaçu Falls hold the title of the world's largest in terms of the number of falls and
extension, globally recognized as one of the New Seven Wonders of Nature, a title promoted
through public voting by the New Seven Wonders Foundation (N7W, 2021). It is located
between two national parks recognized by UNESCO as Natural World Heritage Sites: the
Parque Nacional do Iguaçu, on the Brazilian side and the Parque Nacional del Iguazú on the
Argentine side (UNESCO, 2024).
These titles provide visibility on tourism websites worldwide, presenting the Iguaçu
Falls and the parks as a tourism option involving two countries. The following will present the
route to reach the falls from both the Brazilian and Argentine sides, based on the experiences
of one of the authors at the research site.
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From the Brazilian side - Foz do Iguaçu (PR)
To access the falls from the Brazilian side, tourists need to go to the visitor center, where
they can purchase the necessary ticket. At the visitor center, there are double-decker buses with
themed decorations available, which cover a distance of approximately 12,000 meters to Porto
Canoas. In this area, there are various services to cater to tourists, including a restaurant, snack
bar, restrooms, clinic, ambulance, souvenir shops, and an environmental exhibition area. Near
this location, visitors can contemplate one of the most voluminous waterfalls of the Iguaçu
Falls, accessible through panoramic elevators or the walkway that extends to approximately the
center of the river, as illustrated in Figures 2 and 3.
Figure 2 - Iguaçu Falls - Brazil
Source: Authors' collection.
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Figure 3 - Iguaçu Falls - Brazil
Source: Authors' collection.
Adventure enthusiasts have the option to disembark from the bus (Figure 4) before
reaching the end of the road at the Macuco Safari stop. In addition to walking through the forest,
tour guides offer the opportunity to explore the waterfalls by motorboat. During the journey
within the Iguaçu National Park, whether by bus, bicycle, or on foot, visitors can enjoy the view
and the sensation of being immersed in the Atlantic Forest, spotting wild animals such as coatis,
which often interact with visitors. The Iguaçu National Park is home to a wide variety of
wildlife, including the jaguar, a species considered endangered, which is being preserved
through the Jaguar Project of Iguaçu, aimed at protecting this animal.
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Figure 4 - Transportation in Parque Nacional do Iguaçu Brazil
Source: Authors' collection.
The park features several trails within the forest, along the road, and along the river,
with the latter leading to the aforementioned boardwalk and being the most used. Some
staircases depart from the hotel's front stop, descending the riverbank, where various waterfalls
can be seen, and photos can be taken from many angles.
On the Argentinean side Misiones
Visiting the falls from the Argentinean side provides a distinct experience. From the
visitor center, which serves as the park entrance, visitors embark on a walk that passes by
souvenir shops, restroom facilities, and dining areas before reaching the ecological train. As
illustrated in Figure 5, this train travels approximately 3,600 meters to reach the end of the line,
where there is a complex with more dining and service options.
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Figure 5 - Transportation in Parque Nacional del Iguazú Argentina
Source: Authors' collection.
From this point, visitors walk approximately 1100 meters along fixed metal walkways
over the river until reaching the final destination, which are the most powerful and voluminous
falls on the Argentinean side, known as the famous "Devil's Throat" (Figures 6 and 7). Due to
the immense force and volume of the waterfall, it is practically unavoidable not to get wet.
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Figure 6 - Walkway leading to the view of the 'Devil's Throat' - Argentina
Source: Authors' collection.
Figure 7 - Waterfalls known as the 'Devil's Throat' - Argentina
Source: Authors' collection.
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Upon returning from the "Devil's Throat" station by train, about 2,300 meters away,
visitors encounter the Cataratas station, where other trails are located, to visit the waterfalls
more closely. These trails offer greater visibility and proximity to the waterfalls. Among the
available options are the upper trail, with a length of 1,700 meters, and the lower trail, with a
length of 2,500 meters. The upper trail provides a view of the waterfalls from a higher position
on the slope, while the lower trail allows for a closer perspective of the base of the falls.
Touristic Experience
Regarding the tourist experience, Marujo (2016) presents in her article various authors
who have developed their considerations covering different elements, among them: those who
spoke of experiences in sensory, affective, cognitive, physical, behavioral, and social identity
areas; those who separated experiences into phases; those who characterized experiences
involving emotion, learning, practices, and transformations.
In this sense, Pezzi and Viana (2015) write about the tourist experience and experiential
tourism and bring reflections indicating that some tourists want to be the main actors of their
journey, so they seek to experience unique and memorable events. The Touristic Experience
"aims to look at the individual in the interruption of their routinized and repetitive behavior,"
and Experiential Tourism describes "a way of formatting tourist products, inserting the tourist
as the protagonist of their journey" (Pezzi; Viana, 2015, p. 170, our translation). As they
mentioned, tourist activity begins during the planning of a trip and ends upon its return.
It is noteworthy that adherence to the conception of tourism as an ecosystemic
framework suggests the activity beyond the scope of capital. This perspective is also observed
in Barretto's argumentation (2004), which proposes the viability of alternative tourism based
on a transformation in society, where the human being assumes greater relevance than the
simple relationship between production and consumption.
In this sense, still regarding the tourist experience, Pimentel (2010) brings, in his
master's research, the intentionality of the tourist when choosing the destination of the Iguaçu
Falls, presenting some dialogues he recorded between tourists and the place. According to him:
"The tourist experience appears to enable involvement in the plots of different bundles of spatial
relations. Experiencing oneself in the face of another presence. Enjoying the opportunity to
perceive/be/be in the world from another point" (Pimentel, 2010, p. 16, our translation).
Based on the concept of tourism-framework, it is possible to perceive that, from the
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motivation of the trip, the tourist is already involved in a kind of complex web of devices,
elements, and cross-cuttings. The Initial Travel Motivation will be discussed in the next section,
followed by Trip Planning and Experience Utilization.
Initial Travel Motivation
Identifying a tourist destination begins with the desire to escape routine and explore
something new. People seek new experiences, preferably those memorable enough to be
captured in photographs and shared as part of their personal narratives.
Among the many travel options, depending on the mood, there is a desire to be in contact
with nature, the need to feel its power through water, earth, plants, air, and absorb its energies.
Choosing a destination like Iguaçu Falls meets this expectation, as well as corresponding to
varied and interesting ecosystems. Considering the titles attributed to both the Falls and the
surrounding national parks, as mentioned earlier, visiting these ecosystems also satisfies the
personal curiosity of knowing a destination visited by many. This corresponds to an experience
of belonging to a group of tourist subjects who have already had access to standout ecosystems.
The uniqueness and difference in choosing this tourist spot is that the Falls are located
between two countries, Brazil and Argentina, offering the possibility to explore both places. It
is also noteworthy that the Brazilian city of Foz do Iguaçu also borders Paraguay, which shares
the Itaipu Hydroelectric Power Plant. Foz do Iguaçu, besides being known for its cultural
diversity and gastronomy stemming from nearly 90 ethnicities that form the city's population,
boasts other interesting tourist attractions.
Travel Planning
In this ecosystem, the experience of visiting the Falls is the main motivation for the trip.
Therefore, it is interesting to plan for the best possible experience. Based on information
gathered from websites, blogs, or even from people who have visited both National Parks on
the Brazilian and Argentine sides, travelers can plan their experience.
Firstly, it is important to consider the time allocated for the trip, whether it will be
exclusively for experiencing Iguaçu Falls, and if there is an intention to explore the bordering
cities of Paraguay and Argentina. Then, physical fitness is assessed, and how much one wants
to explore visiting one or both parks. In the analysis, consider:
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Both parks can be visited quickly: on the Brazilian side, access can be done by
bus, with a short walk to the main falls; on the Argentine side, by train, followed by a 2,200-
meter round trip walk to the main attraction, the 'Devil's Throat'.
On the Brazilian side, visitors have the option to follow a 1200-meter trail that
descends the slope near the hotel, where one of the bus stops is located, to the boardwalk
that precedes the river falls. Both parks offer opportunities for further exploration through
walks and staircases. It is important to consider the available time and physical fitness when
planning the visit.
Purchasing tickets to access the Brazilian side must be done through the website,
along with entry scheduling. Alternatively, they can be purchased at kiosks, although this
option may result in long waiting lines, delaying the tour. On the Argentine side, tickets can
be purchased both online and on-site, using local currency or credit card.
For both tour options, it is advisable to wear comfortable clothing and shoes,
sunscreen, a raincoat, and bring water. Considering the presence of a border, it is also
important to check the necessary documents to enter the other country, whether by bus or
car, as well as the current local currency. It is prudent to emphasize that even if there are no
plans to cross the border, it is advisable to be prepared with this documentation, as
opportunities may arise during relocation and direct interaction with other ecosystems.
If the trip is taken in the company of another person, it is essential to clarify each
other's visit expectations beforehand. Proper planning makes it possible to meet all trip
participants' preferences without causing frustrations, considering that part of the journey
may be done individually.
With the trip planned, special attention should be given to all arrangements to be made
before the journey, so that it is not interrupted by professional, family, or housing routine issues.
Deterritorialization and openness to new experiences require a high percentage of availability.
For this, it is recommended to distance oneself from the place of origin mentally.
Detours of tourism in the Iguassu: Falls binational tourist destination
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.58980/eiaerh.v10i00.435 14
Enjoyment of the Experience
Regardless of how one chooses to enjoy the tourist experience when visiting the Iguaçu
Falls, the important thing is to savor the moment calmly and intensely. Opting for nature
tourism may indicate an intimate desire to escape the frenetic urban and materialistic routine
and to have greater contact with the primitive environment. To achieve this goal, one must be
open to the experience; therefore, this implies experiencing it without haste or anxiety to reach
the end.
It is the time to interact with the resources available in the environment. In addition to
the scenery, which includes vegetation, water, animals, sun, and air, there is also the presence
of other people who share similar interests. Many significant memories can arise from
interactions with these people, which occur during greetings, exchanges of smiles, gestures of
kindness such as taking photos of each other, spontaneous conversations, and synchronicities
in encounters. The essential thing is to be receptive to these interactions.
For the optimal enjoyment of the tourist experience, it is important to be connected with
each moment experienced. Paying attention to the internal repercussions that each encounter
with the 'other' brings, to insights, thoughts, and where exactly the well-being acquired in the
experience comes from. The 'other' here refers to everything encountered that is not ourselves,
material or immaterial, as defined by Baptista (2001).
And after allowing oneself to experience the tourist experience with everything it could
offer, it's time to organize the photos, renaming them if necessary, and also recording events in
the travel journal. Photos and notes help process the gains and learnings from
deterritorialization and travel.
Reflections on Paths and Missteps
For reflections on paths and missteps, as mentioned earlier, paths refer to the previously
outlined routes, established to reach the destination, which have the potential to proceed
satisfactorily when traversed as planned. On the other hand, missteps are understood as the
condition of not being prepared to traverse the path smoothly and satisfactorily. Below are
presented some factors that may trigger these missteps:
Fragile physical conditioning: muscle stiffness and little agility in movements;
Inappropriate clothing and footwear: clothes that hinder movements, too hot;
Simone Maria SANDI and Maria Luiza Cardinale BAPTISTA
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footwear that is uncomfortable, tight, or causes blisters on the feet;
Sunburn: skin and head exposed to the sun without sunscreen, causing a feverish
sensation and burning;
Excessive weight in the backpack: The weight of the backpack after a period of
walking can cause discomfort to the back;
Hunger and thirst: Despite having food outlets available at the stations, the lack of a
snack and a water bottle in the backpack can disrupt the planned itinerary;
Misunderstanding with travel companions: It is important to plan the visit to the
waterfalls with the person accompanying you; otherwise, they may hinder the full experience;
Disorientation: Distraction regarding warning signs.
Previously, it was mentioned that many memorable experiences involve interaction with
people, but they may not always be positive, contributing to 'missteps'. It is prudent to remain
alert, as there are individuals with both good and bad intentions everywhere. Pre-studying the
visiting place helps to discern misinformation received and avoid deviations from the route.
Individuals who 'know everything' but are misinformed and those with intentions of theft and
self-interest may appear.
In addition to the points mentioned, it is crucial to highlight the importance of caring for
the body to avoid setbacks during the tourist experience. In the case of tourists opting to spend
the day visiting the region of the Iguaçu Falls, it is wise to adopt healthy eating habits the night
before and at breakfast. Sleeping and waking up early also contribute to optimal performance
throughout the day. In the morning, the environment is more conducive to walks, as the sun is
not as intense, facilitating visitation. Thus, tourists can take advantage of the stronger sunlight
hours to rest in the shade while having a light meal or can head to the food outlets available at
the stations.
As observed, to ensure the success of the tourist experience, planning is necessary, with
prior knowledge about the place. Considering the wealth of information and experiences that
can be obtained in the ecosystem of the Iguaçu Falls, involving both countries with their
respective World Heritage sites, it is worth dedicating some attention to the preparation of the
trip and ensuring immersion in the experiences.
Detours of tourism in the Iguassu: Falls binational tourist destination
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
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Simone Maria SANDI and Maria Luiza Cardinale BAPTISTA
Rev. Hipótese, Bauru, v. 10, n. 00, e024002, 2024. e-ISSN: 2446-7154
DOI: https://doi.org/10.58980/eiaerh.v10i00.435 17
CRediT Author Statement
Acknowledgements: We would like to mention and thank the cross-cutting contributions
of several researchers, in 'com-versas' at the Chaotic Encounters of Amorcomtur! Study
Group in Communication, Tourism, Loveliness, and Autopoiesis, linked to the Graduate
Program in Tourism and Hospitality - PPGTURH of the University of Caxias do Sul -
UCS, to which we extend our thanks.
Funding: Simone Maria Sandi receives a doctoral research production scholarship from
the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES).
Conflicts of interest: We declare that there are no conflicts of interest of a financial,
commercial, political, academic, or personal nature.
Ethical approval: We declare that the article has not been submitted to the ethics
committee, as it is a reflective essay resulting from the personal experience of one of the
authors and from the 'com-versações', with the authors, advisor, and research group.
Data and material availability: We declare that we are responsible for the construction
and development of this study, and we assume public responsibility for the content.
Authors' contributions: The authors' contributions were cross-cut throughout the study.
Author Simone Maria Sandi was responsible for experiencing and narrating the
experience, conceptualization, and review of related studies, reflections and conceptual
propositions, methodological structuring and guidance, and review. Maria Luiza Cardinale
Baptista was responsible for the supervision and 'com-versada' guidance, based on
experience narratives, conceptualization and review of related studies, reflections and
conceptual propositions, methodological structuring and guidance, and textual review.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.