Análise do perfil da cadeia de produção da indústria de cerâmica vermelha (ICV) quanto às mudanças climáticas na região metropolitana do Cariri, Ceará
Palavras-chave:
Cerâmicas, Gases de Efeito Estufa, Mudanças ClimáticasResumo
Este trabalho visou analisar o perfil da cadeia de produção da Indústria de Cerâmica Vermelha (ICV) na região metropolitana do Cariri, Ceará. Para isto, elaborou-se uma coleta de dados a partir do ano de 2011 até 2014 nos empreendimentos que desenvolvem processos produtivos de ICV, abrangendo aspectos de localização e situação das cerâmicas, formação dos tomadores de decisão, conhecimento acerca da Política Nacional de Mudanças Climáticas e Protocolo de Quioto, existência de ações que promoveriam a neutralização de emissões, conhecimento das cerâmicas acerca de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e benefícios que a neutralização das emissões dos GEE traria na visão dos tomadores de decisão. Os resultados obtidos mostraram que as indústrias cerâmicas estão concentradas no município do Crato, que responde por 57,14% do total de cerâmicas licenciadas na região. A maior parte das cerâmicas analisadas está em operação, perfazendo 74,07% com licença de operação válida. A maior parte dos tomadores de decisão possui formação superior, representando 55% do total analisado, possuindo entre graduação e especialização, o que poderia apontar para um bom conhecimento das causas relacionadas ao aquecimento Global e ao agravamento do Efeito Estufa (EE) e desertificação da Caatinga. Em relação ao conhecimento dos tomadores de decisão frente às possíveis ações quanto às mudanças climáticas, verificou-se o desconhecimento por parte de 95% de gestores de empreendimentos acerca da questão. Quanto às ações que promoveriam a neutralização de emissões, 33,33% dos gestores afirmaram que desconhecem e 27,78% não possuía ação, projeto ou programa visando reduzir suas emissões. Quanto ao Protocolo de Quito, 42,86% ainda não o conhecem e outros 28,57% têm apenas uma visão superficial desse importante pacto na mitigação do agravamento do EE. Por fim, na visão dos entrevistados os benefícios estão diretamente relacionados com a questão ecológica (64%), em detrimento de outras questões, como a social (4,00%) e econômica (20%).
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