Análise do perfil da cadeia de produção da indústria de cerâmica vermelha (ICV) quanto às mudanças climáticas na região metropolitana do Cariri, Ceará

Autores

  • Petrônio Silva de Oliveira SEMACE
  • Ulisses Costa de Oliveira SEMACE
  • Carlos Eduardo Linhares Feitosa Universidade Federal do Ceará
  • Maria Magnólia Batista Florêncio Universidade Regional do Cariri

Palavras-chave:

Cerâmicas, Gases de Efeito Estufa, Mudanças Climáticas

Resumo

Este trabalho visou analisar o perfil da cadeia de produção da Indústria de Cerâmica Vermelha (ICV) na região metropolitana do Cariri, Ceará. Para isto, elaborou-se uma coleta de dados a partir do ano de 2011 até 2014 nos empreendimentos que desenvolvem processos produtivos de ICV, abrangendo aspectos de localização e situação das cerâmicas, formação dos tomadores de decisão, conhecimento acerca da Política Nacional de Mudanças Climáticas e Protocolo de Quioto, existência de ações que promoveriam a neutralização de emissões, conhecimento das cerâmicas acerca de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e benefícios que a neutralização das emissões dos GEE traria na visão dos tomadores de decisão. Os resultados obtidos mostraram que as indústrias cerâmicas estão concentradas no município do Crato, que responde por 57,14% do total de cerâmicas licenciadas na região. A maior parte das cerâmicas analisadas está em operação, perfazendo 74,07% com licença de operação válida. A maior parte dos tomadores de decisão possui formação superior, representando 55% do total analisado, possuindo entre graduação e especialização, o que poderia apontar para um bom conhecimento das causas relacionadas ao aquecimento Global e ao agravamento do Efeito Estufa (EE) e desertificação da Caatinga. Em relação ao conhecimento dos tomadores de decisão frente às possíveis ações quanto às mudanças climáticas, verificou-se o desconhecimento por parte de 95% de gestores de empreendimentos acerca da questão. Quanto às ações que promoveriam a neutralização de emissões, 33,33% dos gestores afirmaram que desconhecem e 27,78% não possuía ação, projeto ou programa visando reduzir suas emissões. Quanto ao Protocolo de Quito, 42,86% ainda não o conhecem e outros 28,57% têm apenas uma visão superficial desse importante pacto na mitigação do agravamento do EE. Por fim, na visão dos entrevistados os benefícios estão diretamente relacionados com a questão ecológica (64%), em detrimento de outras questões, como a social (4,00%) e econômica (20%).

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Biografia do Autor

Petrônio Silva de Oliveira, SEMACE

Mestre. Gestor Ambiental da SEMACE.

Ulisses Costa de Oliveira, SEMACE

Mestre. Fiscal Ambiental da SEMACE.

Carlos Eduardo Linhares Feitosa, Universidade Federal do Ceará

Mestre. Universidade Federal do Ceará – UFC.

Maria Magnólia Batista Florêncio, Universidade Regional do Cariri

Especialista. Universidade Regional do Cariri.

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Publicado

2018-01-01

Como Citar

OLIVEIRA, P. S. de; OLIVEIRA, U. C. de; FEITOSA, C. E. L.; FLORÊNCIO, M. M. B. Análise do perfil da cadeia de produção da indústria de cerâmica vermelha (ICV) quanto às mudanças climáticas na região metropolitana do Cariri, Ceará . Revista Hipótese, Bauru, v. 4, n. 2, p. 105–127, 2018. Disponível em: https://revistahipotese.editoraiberoamericana.com/revista/article/view/324. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos

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