Pedagogias de ruptura e o desafio da justiça social sob regimes do neoliberalismo

Resumo

Defendo neste artigo que, apesar de sua importância crucial para o desenvolvimento da cultura formativa necessária para uma democracia de trabalho, a educação superior na América do Norte esta atualmente sob ataque pelos apóstolos do neoliberalismo, ou o que poderia ser chamado de uma forma selvagem de capitalismo. Como não é mais visto como uma fonte de iluminação ou uma esfera pública democrática, o ensino superior é desvalorizado porque é visto como uma ameaça aos regimes neoliberais que temem o seu papel de fornecer conhecimento crítico, habilidades e valores necessários para produzir cidadãos inspirados e críticos. Com a intenção em transformar o ensino superior em uma ramificação da cultura empresarial, os apóstolos do neoliberalismo estão travando uma campanha para minar os princípios da liberdade acadêmica, sacrificar a prática pedagógica crítica em nome do crescimento econômico, e desmantelar a universidade como um bastião da autonomia, de pensamento independente, e questionamentos incorruptos. Em jogo nesta luta está uma tentativa orquestrada por extremistas de direita e interesses corporativos para despojar o professorado de qualquer autoridade, para tratar a pedagogia crítica como meramente uma tarefa instrumental, eliminar proteções para educadores, definir estudantes enquanto consumidores, produzir uma forma de cidadania endividada e remover a razão crítica de qualquer vestígio de coragem cívica, cidadania engajada, e responsabilidade social. O neoliberalismo é o inimigo da justiça social e se é para ser desafiado exige que os educadores de todo o mundo participem no desenvolvimento de um movimento para o desenvolvimento de bens públicos que possam trabalhar para criar alianças para desafiar a política do neoliberalismo em um nível global.